terça-feira, 11 de março de 2014

Uma viagem a malta
Robin tinha me instigado várias vezes a uma viagem à ilha de Malta, mas eu tinha recusado por um motivo ou outro. Recentemente ele viu um anúncio no jornal oferecendo um pacote a preço bem reduzido. Como eu não tinha mais argumentos para não ir, fomos lá no final de novembro passado. Boa decisão, pois esta ilha mediterrânea, situada entre o sul da Itália e o norte da África, surpreende.
Colonisada no passado por fenícios, árabes, romanos, espanhóis, franceses, normandos e ingleses, a ilha, que engloba outra ilha menor chamada Gozo, foi palco de dramáticos eventos ao longo de sua história. Tudo isso por conta de sua posição estratégica entre dois continentes.
No século XVI aí se estabeleceram os Cavaleiros de São João, ordem criada em Jerusalém, cujos membros de várias nacionalidades ostentavam uma cruz com oito pontas, a famosa Cruz de Malta, muito confundida com a Cruz Patada. Para defender Malta de uma grande invasão turca, estes Cavaleiros construiram uma enorme fortificação que existe até hoje na capital Valetta. Outro fato ocorrido foi a invasão em 1798 das tropas napoleônicas, que foi rechaçada pela chegada dos ingleses em 1800 que permaneceram aí até a independência em 1964. Malta faz parte da Comunidade Européia desde 1 de maio de 2003.
1000 anos antes da construção da pirâmide de Cheops no Egito, o povo de Malta eregiu elaborados monumentos megalíticos que pesavam cerca de 50 toneladas. Hoje estes constituem as estruturas mais antigas do mundo. Estão localizadas em vários pontos da ilha, como Hagar Kim e Ggantija em Gozo.
 Apesar de ser uma pequena ilha, fiquei surpreendida com o número de atrações que ela oferece. Vivendo só do turismo, ela teve que maximisá-las. Minha experiência no hotel não foi tão boa. Pela primeira vez na minha vida, vi um hotel cobrando pelo uso da TV. Contudo, o passeio de barco foi excelente, passando por todos os cantinhos desta entrecortada ilha. A comida foi boa, cheia de toques ingleses e italianos. A língua de Malta é bizarra. Aqui e acolá se ouve sons árabes, franceses, ingleses, italianos e deus sabe lá o que mais, relíquia de seu passado conturbado.

Maria English – Portsmouth - 11-03-2014 14:46

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