quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Na terra de Emanoel Néri.

Cidade do RN lança o dinheiro "gostoso" para bombar economia local

Carlos Madeiro
Do UOL, em Maceió
Os moradores do município de São Miguel do Gostoso (no litoral do Rio Grande do Norte, a 134 km de Natal) passaram a contar com uma nova moeda, que está circulando há um mês nas ruas da cidade. O gostoso é uma moeda social criada pelo banco comunitário e aceito em vários estabelecimentos da cidade.

A ideia de criar o banco comunitário veio das próprias associações do pequeno município no litoral potiguar. Com o dinheiro próprio, a meta é estimular o consumo e fortalecer a economia local.

Conheça as notas de gostoso, moeda social no RN

Foto 1 de 5 - O gostoso é uma moeda social criada por um banco comunitário de São Miguel do Gostoso (a 134 km de Natal) e aceito em vários estabelecimentos da cidade. Na imagem, reprodução da nota de 50 centavos da moeda Reprodução
O projeto foi realizado com a Incubadora Tecnológica de Economia Solidária (Ites), da Universidade Federal da Bahia.

Em setembro de 2011, técnicos do órgão participaram de uma reunião do Fórum de Políticas Públicas na cidade e apresentaram o projeto Rede Nordeste de Bancos Comunitários de Desenvolvimento. Os líderes locais gostaram da ideia e levaram o projeto à frente.

Antes de o novo dinheiro circular foram realizadas reuniões e oficinas para escolher, entre outros detalhes, o nome do banco e da moeda.

O Banco Solidário do Gostoso foi criado em homenagem ao nome da cidade. Ficou decidido que a gestão seria da Associação de Mulheres, Jovens e Produtores de Tabua (AMJPT), com integração de diversas outras entidades da cidade.

Empréstimos vão até 150 gostosos para pequenos projetos

Com a ideia e detalhes fechados, os responsáveis partiram em busca dos recursos para capitalizar o banco, já que, para cada gostoso emitido é necessário R$ 1 em caixa.

Com o banco, os moradores têm acesso a pequenos créditos de até 150 gostosos. O valor pode ser pago em até três vezes, sem nenhuma cobrança de juros.

Os recursos do banco ajudam a fomentar compras e pequenos investimentos. "Mas nem tudo é gostoso. Há também empréstimos em real, que podem ser feitos para quem vai comprar em outra cidade", diz Diogo Ferreira Rêgo, integrante da Ites e que apoiou a criação do banco social potiguar.

A capitalização inicial foi feita por doações de sindicatos, cooperativas e organizações parceiras. Uma rifa também foi organizada pelo conselho gestor para arrecadar fundos.

Segundo a AMJPT, 1.000 gostosos estão em circulação na cidade. Cada nota tem um símbolo municipal: o Boi de Reis (na nota de dez gostosos), o pescador na praia de Tourinhos (cinco gostosos), o pé de cajazeira (2 gostosos), a feira agroecológica (1 gostoso) e o cajueiro (50 centavos).

Moeda é aceita por estabelecimentos que assinaram convênio

Conforme as regras definidas no estatuto, cada gostoso vale R$ 1. A moeda é aceita por estabelecimentos que assinaram um convênio e passaram a receber  a moeda como forma de pagamento por compras e serviços.

As moedas sociais são reconhecidas pelo Banco Central como complementares ao real.

Brasil tem mais de 80 moedas sociais

Foto 1 de 13 - Os bancos comunitários criaram mais de 80 moedas alternativas ao real. Elas são reconhecidas pelo Banco Central como complementares ao real e usadas para estimular a economia local das comunidades. Na foto, Sabiá, moeda social usada pelo banco Sertanejo, no Ceará Mais Divulgação/ Instituto Palmas

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013


Seca tira produtor do Vale do Açu

Tribuna do Norte - Publicação: 23 de Janeiro de 2013 às 00:00
Andrielle Mendes - Repórter

O agravamento da seca e as limitações no Perímetro Irrigado do Baixo Açu no Rio Grande do Norte levaram a Agrícola Famosa, maior empresa exportadora de frutas frescas do Brasil e maior produtora de melão do mundo, a transferir 30% de sua produção no RN para o Perímetro Irrigado do Baixo Acaraú, no Ceará. Segundo Luiz Roberto Barcelos, sócio-diretor da Agrícola, com a transferência, entre 300 e 400 famílias foram demitidas, o que equivale a 10% do total de funcionários que a empresa mantinha no RN. 
DivulgaçãoLuiz Roberto: poços salinizados no Vale do Açu e água de qualidade e em abundância no CearáLuiz Roberto: poços salinizados no Vale do Açu e água de qualidade e em abundância no Ceará

Para aumentar a produção no Estado vizinho, a Agrícola investiu, de início, R$ 8 milhões. O valor poderia ter ficado no RN e não considera o investido no custeio das atividades no Ceará. Antes de pensar em transferir parte da produção, a empresa havia investido cerca de R$ 20 milhões em galpões para embalar frutas no RN. "Tive que fazer tudo de novo no Ceará", afirma Barcelos. A área de plantio, na região Oeste, foi reduzida em 23,3%, passando de 3 mil hectares para 2,3 mil. No Ceará, a área cresceu na mesma proporção. 

A empresa, que produz 60 mil toneladas de frutas no Ceará e 120 mil toneladas no Rio Grande do Norte, já admite novas transferências, caso a oferta de água para irrigação no estado não seja ampliada. "O Perímetro Irrigado do Ceará tem água com qualidade e em abundância, por isso acabamos nos deslocando para lá. Este é o primeiro grande problema estrutural do RN: a falta de recursos hídricos suficientes em tempo de seca", justificou o empresário. Os poços da Agrícola no RN ou secaram ou salinizaram, com a seca.     

A Agrícola Famosa, admite o empresário, poderia ter transferido parte da produção para o Perímetro Irrigado do Baixo Açu, na região Central potiguar, concebido para o desenvolvimento da fruticultura irrigada, mas quase 30 anos depois de ter sido implantado - ao menos em parte, menos da metade do projeto inicial foi executado. Dos seis mil hectares que seriam distribuídos entre pequenos agricultores e empresas, apenas três mil foram distribuídos desde a década de 80. 

O Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) e o Governo do estado não realizaram a licitação para escolher as empresas destinadas a iniciar a produção. O projeto prevê a captação de água na barragem Armando Ribeiro para irrigar parte da região, extremamente dependente de chuvas. A TRIBUNA DO NORTE esteve na região na última semana e constatou que alguns dos canais não passam hoje de um amontoado de pedras e buracos repletos de areia e galhos. 

"Vamos aguardar como vai se comportar o inverno. Se for bom, vamos voltar para o RN. Se o inverno for fraco e não houver reposição da água, vamos transferir uma parte ainda maior da produção", afirmou Barcelos. 

A equipe de reportagem tentou entrar em contato com o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Rogério Marinho, mas ele estava em reunião, e não atendeu as ligações. Na última semana, Rogério reuniu-se com outros dois empresários que também decidiram transferir parte da produção para outros estados do Nordeste, por razões diferentes.

Volume exportado cai ao pior nível desde 2002

A transferência de parte da produção da Agrícola Famosa para o Ceará deve impactar ainda mais nas exportações do Rio Grande do Norte, que não anda muito bem neste quesito. O volume exportado pelo Estado no ano passado (379.341.419 quilos) foi o menor desde 2002, quando o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) passou a disponibilizar a série histórica. O RN, que registrou queda de 64,7% no volume exportado no período, seguiu na contramão do país, que registrou alta de 84,2% no volume exportado entre 2002 e 2012.     

Segundo o economista e chefe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no RN, Aldemir Freire, o reflexo direto da retração é a queda na geração de emprego e renda no estado e a redução do ritmo de crescimento.     

"Enfrentamos alguns problemas, principalmente depois de 2007. A crise econômica freou a exportação de melão, nosso carro-chefe; as chuvas reduziram a produção e exportação de banana; e a concorrência chinesa impactou a exportação dos produtos têxteis", esclarece Aldemir. O fato do RN ter reduzido a exportação de petróleo contribuiu para a queda, completa. 

De acordo com o coordenador de Desenvolvimento Comercial da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Otomar Lopes Cardoso Júnior, a saída do camarão da pauta de exportações potiguar também impactou nos números do RN. "Tirando o petróleo, cuja exportação foi passageira, o item que mais contribuiu para esta queda foi o camarão, que chegou a ser o principal item exportado pelo estado em 2003 e desapareceu da pauta de exportações em 2011", explica Otomar.

O desempenho do estado em 2012 também não foi dos melhores. O RN encerrou o ano  exportando 7,10% menos do que exportava em 2011, em termos de valores. O valor exportado no último ano caiu de US$ 281,18 milhões para US$ 261,22 milhões. Quando considerado o volume enviado para o exterior, a queda é ainda mais acentuada (-42,46%). O recuo só não foi maior, porque produtos como atum, camisas masculinas de algodão, e energia - que entrou para a lista dos dez mais exportados pelo RN no ano passado - registraram aumento de até 994,6% nas exportações. Embora a crise na Europa seja a principal causa para a queda na exportação de frutas, problemas na infraestrutura e logística no RN tem interferido no comércio exterior. 

Os produtores de melão, por exemplo, chegam a escoar boa parte da produção do estado pelo porto de Pecém, no Ceará. O frete onera o produto final, mas ainda assim compensa. O volume escoado pelo Porto de Natal até subiu, afirma Francisco de Paula Segundo, fruticultor e presidente do Comitê Executivo de Fitossanidade (Coex) do RN, que reúne fruticultores potiguares e cearenses. Mas ainda há limitações, afirma. O porto de Natal, de acordo com ele, não consegue escoar tudo o que é produzido no estado.

Porto é essencial para impulsionar as exportações 

Uma saída para melhorar o escoamento da produção seria a ampliação do Porto de Natal. A Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern) detalhou em agosto o projeto de ampliação, prometeu para novembro do ano passado o início das obras, mas ainda não concluiu o processo licitatório. Algumas das empresas interessadas entraram com recurso, questionando a experiência técnica das concorrentes, atrasando a licitação. 

A expectativa agora é que o vencedor da licitação seja apresentado no dia 15 de fevereiro. Cinco consórcios e empresas estão no páreo: o consórcio Potiguar, composto pela Construtora Ramalho Moreira Ltda. e A. Gaspar S.A; o consórcio Redram-Aterpa M. Martins; a Serveng Carioca; o consórcio formado pela Marquise e Ivaí e o consórcio Ribeira, formado pela Constran e Constremac - esta última ganhou as licitações do Terminal Pesqueiro de Natal, do Terminal Marítimo de Passageiros e já executou várias obras no Porto de Natal e Terminal Salineiro de Areia Branca. 

A ampliação do porto está orçada em R$ 113,1 milhões e contará com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), do governo federal. A empresa que vencer o processo licitatório terá 20 meses para entregar o novo trecho. 

Apesar do esforço para iniciar a obra que pretende duplicar a capacidade atual do porto ainda no primeiro trimestre de 2013, a companhia já admitiu que a obra não atingirá os efeitos esperados. A falta de proteção dos pilares da Ponte Newton Navarro, justificou Pedro Terceiro de Melo, presidente da Codern, limita a entrada de navios maiores e de navios de todos os portes no período noturno. 

Em visita ao RN no ano passado, o ministro dos Portos, Leônidas Cristino, prometeu ajuda, mas a Codern não tocou mais no assunto. 

Do miolo do sertão.

È o título da terceira edição do livro lançado pela Sotaque Norte Editora, em dezembro passado, sobre a história de Francisco Matias Rolim, o Chico Rolim a contada a Sebastião Moreira Duarte. È uma história bonita de um homem pobre que lutou pela vida, andando a pé, de bicicleta, de carro e de ônibus pelo Brasil afora e que chegou a ser prefeito de Cajazeiras, na Paraíba. Hoje, aos 90 anos, o sertanejo Chico Rolim tem a consciência tranquila e limpa do dever cumprido com a família, povo e a pátria.
Sênio Silva escreveu na orelha do livro o seguinte trecho: " Na convergência próxima das fronteiras de quatro estados - Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco - está o miolo do Sertão, ou, pelo menos, um dos muitos miolos do Sertão, morada do silêncio e do imenso, onde está o sol parece tremer de medo, tão dura e difícil é a terra e a vida.
Desse mundo marcado na geografia das lutas históricas e das ambições humanas no Nordeste brasileiro, vem a crônica de Chico Rolim, contada na forma simples da gente sertaneja, mas com destemor de quem se desnuda por dentro para mostrar as marcas do tempo e do chão percorrido, desde os passos primeiros da infância em orfandade, até as passeatas vitoriosas, as batalhas da política, mostrada, com toda nordestina franqueza, em suas variações de tons claros e escuros".
Endereço da editora Sotaque Norte: Rua da Boa União, 25A - Turu/Matões - 65065-810 - São Luís -
MA
Tel. (98) 3226.0556
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João Paraibano, poeta popular.

Estou ficando cansado
 O corpo sem energia
 Jesus pintou meu cabelo
 No final da boemia
 Esqueceu de perguntar
 Qual a cor que eu queria".

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Tirania financeira
Adriano Benayon * - 14 de janeiro de 2013

Michael Hudson, professor da Universidade Misouri-Kansas, escreveu  excelente artigo, “O enganoso abismo fiscal dos EUA em 2012”.  A enganação diz respeito a  que o déficit orçamentário não precisaria existir (mas existe) e às suas reais causas.

2. Ele está em US$ 14 trilhões, o equivalente a quase um PIB anual dos EUA e menos que seu governo gastou para salvar os bancos. Nouriel Roubini aponta que o recente acordo entre Obama e parlamentares do partido “republicano” prenuncia novo colapso, pois prevê reduções fiscais, e não há como abrir mão de receitas tendo que cobrir um déficit dessa magnitude.

3. Os economistas do sistema clamam que, para reduzir os déficits públicos, há que: 1) cortar despesas sociais, obrigando os trabalhadores a financiarem seus planos de saúde e aposentadorias; 2) fazer que o Estado deixe de investir nas infra-estruturas econômicas e sociais; 3) demitir servidores; 4) privatizar as propriedades e os serviços públicos.

4. O Brasil seguiu, mais de uma vez,  esse caminho, o que intensificou os malefícios da desnacionalização, encetada em 1954, e causa primordial de o País estar muito atrás de países, antes, muito mais pobres.  O serviço da dívida e as privatizações acabaram de inviabilizar o desenvolvimento, de modo irreversível até que sejam substituídas as atuais estruturas econômicas e políticas.

5. A Europa - desprovida de soberania -  pois o Banco Central não emite moeda para  financiar os países membros, arruína-se através das políticas de “austeridade”, que agravam a depressão a pretexto de reduzir os déficits públicos gerados pelo colapso dos derivativos. 

6. Os EUA só não estão de todo afundados, por empregarem a força para obrigar produtores de petróleo a vendê-lo em dólares e por emitirem-nos à vontade para pagar importações e o serviço da dívida.

7. Os analistas não submissos mostram que os déficits não provêm das despesas sociais nem dos investimentos públicos nas infra-estruturas. Na verdade, os orçamentos do Estado foram onerados pelas operações de socorro aos grandes bancos, que ficaram em dificuldades quando os derivativos se revelaram títulos podres, após terem gerado lucros fantásticos para seus controladores.

8. Em suma, a oligarquia financeira, dona desses bancos e de outras indústrias dominantes, comanda, através de títeres políticos, os governos das “democracias”, bem como os formadores de opinião em  cátedras e nos meios de comunicação.

9. Ela subordina a todos, por meio das  políticas fiscal e monetária. Os 0,01% da oligarquia (incluindo executivos) são privilegiados por isenções fiscais e como credores, com o endividamento do Estado e de mais de 90% da população.

10. Por isso não admitem que os Tesouros nacionais emitam moeda para financiar o de que precisa a economia. Criou-se a mentira – aceita como verdade – que isso seria inflacionário. O sistema exige que o próprio o Estado, endividado por ter socorrido os bancos, dependa do crédito deles.

11. O cartel dos bancos, nos EUA, recebe dinheiro emitido pela Reserva “Federal” a juros de 0,25% aa, muito abaixo da taxa da inflação, e aplica em títulos especulativos e nos de países, como o Brasil e a Austrália, que se deixam tosquiar pagando juros elevados nos títulos públicos.
12. Como assinalei em artigo, “No Limiar de 2013”, não interessa à oligarquia acabar com a depressão, que dela se serve para quebrar o poder e a resistência de quantos pretendam equilibrar a sociedade e promover seu bem-estar.

13. O orçamento equilibrado é um dos instrumentos ideológicos para arranjar depressões. Falam da economia como se esta devesse ser gerida por quitandeiros ou políticos demagogos, na linha de Cícero (século I AC): “não gaste mais do que arrecada”.

14. Michael Hudson recorda que as depressões coincidiram com períodos de superávit orçamentário. Este precedeu e/ou acompanhou as seis  depressões iniciadas em 1819, 1837, 1857, 1873, 1893 e 1929.  A atual, iniciada em 2007, é efeito retardado dos superávits de Clinton (1998/2001), postergada  em consequência das bolhas da internet e dos imóveis residenciais, com  inusitada explosão do crédito.
15. Quanto mais obtém maior concentração de riqueza – reduzindo assim o poder relativo inclusive dos ricos fora do topo da pirâmide – mais a oligarquia se converte em tirania.

16.  Discordo de  Hudson quando conclui que isso é não é capitalismo, mas sim feudalismo. Na verdade, o capitalismo converte-se em algo pior que o feudalismo,  porque nele não há limites à concentração.

17. Quanto ao Brasil, lembrou, há pouco, Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES:  "Não estamos sequer reproduzindo a República Velha. Esta República atual praticamente universalizou a desnacionalização."

18.  Enquanto isso,  o  sugado povo brasileiro é distraído pelo “combate à corrupção”, como se essa não fosse sistêmica. Milhões indignaram-se com o mensalão e aplaudem o STF.

19. Entretanto, até hoje, dormem, engavetados nos tribunais superiores, os processos em foi provada a colossal roubalheira das privatizações (Vale Rio Doce, elétricas, telecomunicações,  siderúrgicas,  bancos estaduais), após  terem esses tribunais cassado as liminares concedidas para sustá-las. Elas já completaram, impunes e consolidadas, quinze anos em média.

20. Mais tragicômico:  os atuais “governantes”, além de nada terem feito para mudar a triste estrutura formada conforme o  Consenso de Washington,  usam o BNDES e a política fiscal para cevar ainda mais os concentradores, principalmente transnacionais, que desviam  renda nacional, em quantias crescentes, para o exterior.

21. Isso é pouco para a mídia e demais alienados -  antinacionais, desde antes do primeiro golpe contra Getúlio Vargas, 1945. Trabalham pela volta dos perpetradores do desastre em mega-doses.  Mais:  mesmo fora dos dois partidos ocupantes do Planalto nos últimos 18 anos, falta espaço, sob as instituições presentes, para lideranças capazes de oferecer alternativa real. 

* - Adriano Benayon é doutor em economia e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.

        Fechaspas.

domingo, 13 de janeiro de 2013


Família culpa MIT por morte de fundador do Reddit aos 26 anos

13 de Janeiro de 2013  16h40  atualizado às 18h14
O ativista de internet Aaron Swartz morreu aos 26 anos Foto: Fred Benenson/Wikimedia Commons / Divulgação
O ativista de internet Aaron Swartz morreu aos 26 anos
Foto: Fred Benenson/Wikimedia Commons / Divulgação
O mundo da internet homenageava neste domingo o "extraordinário hacker" Aaron Swartz, gênio da informática e cofundador da rede social Reddit, que se suicidou aos 26 anos e cuja morte é atribuida em parte à pressão da Justiça americana, segundo seus amigos e parentes. A família e os amigos do militante morto acusam a Justiça e o Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), que abriu a denúncia, de serem responsáveis em parte pelo suicídio do jovem.
"Adeus a Aaron Swartz, hacker e extraordinário militante", publicou neste domingo em sua página na internet a Electronic Frontier Foundation, associação em defesa dos direitos no mundo digital, saudando a memória de seu "amigo e colaborador".
Cofundador da rede social de informação Reddit, muito famosa nos Estados Unidos, e militante em favor do acesso livre à internet, Swartz foi encontrado enforcado na noite de sexta-feira em sua casa no Brooklyn, segundo os serviços médicos de Nova York. Swartz também ajudou a criar, aos 14 anos, a tecnologia para compartilhar conteúdos online RSS.
O empreendedor enfrentava um julgamento por acusações de roubo de milhões de artigos científicos do serviço por assinatura JSTOR e poderia ser condenado a 35 anos de prisão e multas de cerca de US$ 1 milhão.
Um de seus amigos, Larry Lessing, disse no site Boingboing.net que "Aaron jamais fez nada em sua vida para 'fazer dinheiro', apenas trabalhava pelo interesse geral. Era brilhante, engraçado, era um rapaz genial".
Há dois anos, o FBI abriu uma investigação contra o jovem que havia publicado gratuitamente documentos da corte federal americana, os quais eram cobrados, em 2008, oito centavos pelo acesso por página.
Em menos de três semanas, ele tinha conseguido carregar mais de 18 milhões de páginas, somando um valor estimado em US$ 1,5 milhão. Amigos, no entanto, lembram que o rapaz sofria de depressão e, em 2007, Swartz falou publicamente sobre a ideia de suicídio, destacou no domingo o jornal The New York Times.
"Sair, respirar um pouco de ar puro, abraçar alguém querido e não se sentir melhor, pior ainda, se sentir incapaz de compartilhar a alegria dos demais. Tudo está cheio de tristeza", escreveu em seu blog na época.

Potiguar quer informações sobre os Pebas do Seridó.


Ola Luiz,
 
Meu nome é Fabio Franciolly Fonseca e nasci no rn. Sou Fonseca chamado de Pebas por serem ruivos cheios de sardas e olhos claros... pelo menos os mais antigos. Gostaria de saber se tenho como descobrir mais coisas sobre os pebas do seridó. Pois eramos cristãos novos .... posso te contar detalhes interessantes. Eu e minha familia vivemos hoje como judeus, ou seja resgatei a fé antepassada... fui até a Israel.
 
Abraços
 
Fabio
 

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

A seca em viagem de 2 mil quilômetros.



Fonte: Diário de Pernambuco - 09.01.2013.

Fotógrafo retrata seca em jornada de 2 mil km pela Bahia


O fotógrafo Flavio Forner esteve entre 2 e 19 de dezembro viajando pelo sertão da Bahia, documentando o drama humano da seca e o seu impacto na economia e na paisagem da região.