sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Cronograma de saques do PIS/Pasep será divulgado nesta quinta-feira (ontem)

Expectativa do governo é injetar R$ 15,9 bilhões na economia, destravando o consumo das famílias

José Cruz/Agencia Brasil
O ministro Dyogo Oliveira já antecipou que medida beneficiará 7,8 milhões de idosos
O cronograma dos saques das contas inativas do Programa Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) será divulgado nesta quinta-feira (28/9). A ação é mais uma medida no intuito de destravar o consumo. A expectativa é de que sejam injetados R$ 15,9 bilhões, que serão pagos para 7,8 milhões de idosos. Os resgates deverão começar até a primeira quinzena de outubro.
A previsão dos saques estava definido desde o último mês, quando o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, antecipou os objetivos do governo em liberar os recursos. Hoje, ele participa de reunião ministerial no Palácio do Planalto com os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, e com o presidente da República, Michel Temer. Também estarão presentes o presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, e o líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR).
No encontro, será definido todo o processo de resgate dos recursos e o calendário para os saques. Jucá, Occhi, os auxiliares de Temer e o chefe do Executivo Federal estudam, ainda, a possibilidade de que os pagamentos sejam creditados diretamente na conta dos beneficiários. A ideia é que os depósitos sejam realizados não somente para os correntistas da Caixa e do Banco do Brasil, mas de quaisquer outras instituições financeiras. 
Terão direito ao saque apenas cotistas que contribuíram para o PIS ou Pasep até 4 de outubro de 1988, e que não tenham resgatado todos os recursos. Para trabalhadores do setor privado, os saques serão realizados pela Caixa. Os pagamentos para servidores públicos serão realizados pelo BB. Poderão sacar homens acima de 65 anos e mulheres com mais de 62 anos.

domingo, 17 de setembro de 2017

Compre e pague sózinho.

Sorveteria sem funcionários na PB permite que clientes paguem e peguem troco

Clientes servem o próprio sorvete, pesam, pagam e pegam o troco, se necessário. Local também não tem câmeras de segurança.

Por G1 PB
 
Sorveteria deixa clientes pagarem como querem em Areia, no Brejo da Paraíba (Foto: Dilene Marques/ Divulgação )Sorveteria deixa clientes pagarem como querem em Areia, no Brejo da Paraíba (Foto: Dilene Marques/ Divulgação )
Sorveteria deixa clientes pagarem como querem em Areia, no Brejo da Paraíba (Foto: Dilene Marques/ Divulgação )
Uma sorveteria na cidade de Areia, no Brejo da Paraíba, aposta na honestidade ao deixar clientes pagarem como querem os sorvetes consumidos. O sistema adotado pela proprietária Dilene Marques funciona da seguinte maneira: o cliente coloca a própria porção, pesa, paga e pega o troco, caso seja necessário.
Na sorveteria existem duas caixinhas. Uma onde para depositar o dinheiro do pagamento e a outra para retirar o troco. Uma balança ao lado serve para o cliente pesar o próprio sorvete. No local também não tem câmeras de segurança.
"O nosso negócio é voltado para o lado da honestidade do ser humano. Estamos passando um momento muito difícil no nosso país e quando as pessoas chegam e vêem essa ideia ficam todas surpresas", declarou Dilene.
Segundo a proprietária, até o momento eles não tiveram prejuízo. "As contas estão sempre batendo, graças a Deus. O pessoal não está usando de má fé", disse.
Bruna Darlyn, que é vendedora na cidade de Areia, conheceu o empreendimento e disse que além de achar a ideia bastante interessante, o sorvete é muito gostoso. "Isso é algo que deve ser copiado. Achei o picolé e o sorvete uma delícia. Além de tudo, fiquei sabendo que eles são fabricados aqui mesmo na cidade", revelou

domingo, 3 de setembro de 2017

Por que conseguimos sentir quando alguém nos está observando fixamente?

Homem olhando para um grupo de mulheresDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionPodemos realmente sentir que alguém está nos observando?
Qualquer uma já passou por essa perturbadora situação: concentrado s em alguma tarefa, percebemos, subitamente, uma alteração no ambiente. Uma energia vindo de outro lugar.
Levantamos a cabeça e vemos alguém nos olhando fixamente.
Como soubemos?
Apesar de que o olhar pode ser de intimidação, admiração ou compaixão, detectá-lo é algo surpreendente, e a ciência tenta encontrar respostas para o que parece ser uma espécie de sexto sentido.
Os resultados, pelo menos até agora, sugerem que pode se tratar de uma habilidade sustentada por uma complexa rede neurológica.
Há vários fatores combinados, como a evolução do olho do humano, a evolução da comunicação humana e mesmo nossos instintos de defesa e sobrevivência.

Olhos humanos

Em contraste com outros animais, o homem tem a parte brancas dos olhos consideravelmente maior. Na maioria das espécies, a pupila toma conta de quase todo o olhos.
Isso é útil tanto para não chamar a atenção de predadores, mas também serve para que presas não saibam que predadores as têm na mira.
Image captionAs pupilas dos animais tomam quase toda a área do olho
Em humanos, porém, o branco dos olhos permite rapidamente determinar a direção do olhar de outra pessoa ou animal. Podemos definir com bastante precisão se ela está olhando à direita, esquerda, acima, abaixo ou diretamente para nós.
E não precisamos necessariamente estar de frente: podemos, por exemplo, avaliar, ainda que de forma menos precisa, a direção de um olhar com nossa visão periférica.
Ou sequer precisamos olhar os olhos alheios: a visão periférica leva em consideração a posição da cabeça e o ângulo do corpo para saber se uma pessoa está olhando ou não para nós.
Mas se não estamos certos, nosso cérebro presume que somos alvo do olhar.
Colin Clifford, professor de Psicologia da Universidad de Sidney , na Austrália, explica que um indivíduo vai querer prestar atenção ao que pode ser uma ameaça.
"Simplesmente presumir que a outra pessoa está olhando para nós pode ser a melhor estratégia", diz Clifford.

A linguagem dos olhos

Humanos são muito sensíveis aos olhares alheios. Isso porque a sobrevivência humana ao longo do tempo dependeu muito de nossa cooperação e coordenação com outros indivíduos.
Image captionNossa visão periférica permite detectar a direção para a qual outras pessoas olham, mesmo quando não estamos de frente
Biólogos sugerem que o branco de nossos olhos evoluiu para melhorar nossas habilidades de comunicação.
Ainda que tenhamos desenvolvido uma complexa linguagem falada, um olhar ainda pode expressar muitas coisas que o idioma não consegue. E também comunicar conceitos de forma rápida e mais discreta.
O contato visual direto com outra pessoa é o mais frequente e poderoso sinal não-verbal que temos em nosso repertório. É um fator crucial em situações de intimidade, intimidação e influência social.
Por isso é que é difícil para humanos esconder emoções: olhares expressam uma gama de sentimentos.
Image captionOlhadelas podem expressar toda uma gama de sentimentos
É daí que surgem expressões como "mentiu com os olhos", ou "olhar gélido".
E também explica porque estamos sempre conscientes de que alguém nos olha.

Predisposição

E há várias situações que derrubam o mito de um sexto sentido: um estudo publicado pela revista científica Current Biology, em 2013, diz que estamos predispostos a pensar que alguém nos olha. Mesmo que nada o sugira.
Image captionHá alguém olhando para nós?
Olhar para alguém é um sinal social que, normalmente, significar que queremos iniciar uma conversa. Mas o fenômeno também poder ser resultado de informações que registramos no nosso entorno.
Uma das primeiras coisas que detectamos em outra pessoa é a posição de sua cabeça e seu corpo. Se algum deles está posicionado em nossa direção e, particularmente, de forma pouco natural, isso é motivo para alerta.
O caso mais óbvio é quando o corpo de alguém está na direção contrária, mas sua cabeça está voltada para nós. Isso faz que prestemos mais atenção aos olhos.
Image captionQuem olhou primeiro?
Só que, quando pressentimos essa espiada, levantamos a cabeçca na direção de onde acreditamos estar vindo. E esse movimento pode fazer com que a outra pessoa dirija seu olhar para nós.
Quando os olhos de encontrarem, cada pessoa vai supor que a outra a estava olhando.
Outra situação vem do que chamamos de viés de confirmação: somente lembramo-nos das vezes em que realmente encontramos alguém nos olhando, não das vezes que isso não acontece.
E essa sensação perturbadora que sentimos é psicológica.