domingo, 13 de janeiro de 2013


Família culpa MIT por morte de fundador do Reddit aos 26 anos

13 de Janeiro de 2013  16h40  atualizado às 18h14
O ativista de internet Aaron Swartz morreu aos 26 anos Foto: Fred Benenson/Wikimedia Commons / Divulgação
O ativista de internet Aaron Swartz morreu aos 26 anos
Foto: Fred Benenson/Wikimedia Commons / Divulgação
O mundo da internet homenageava neste domingo o "extraordinário hacker" Aaron Swartz, gênio da informática e cofundador da rede social Reddit, que se suicidou aos 26 anos e cuja morte é atribuida em parte à pressão da Justiça americana, segundo seus amigos e parentes. A família e os amigos do militante morto acusam a Justiça e o Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), que abriu a denúncia, de serem responsáveis em parte pelo suicídio do jovem.
"Adeus a Aaron Swartz, hacker e extraordinário militante", publicou neste domingo em sua página na internet a Electronic Frontier Foundation, associação em defesa dos direitos no mundo digital, saudando a memória de seu "amigo e colaborador".
Cofundador da rede social de informação Reddit, muito famosa nos Estados Unidos, e militante em favor do acesso livre à internet, Swartz foi encontrado enforcado na noite de sexta-feira em sua casa no Brooklyn, segundo os serviços médicos de Nova York. Swartz também ajudou a criar, aos 14 anos, a tecnologia para compartilhar conteúdos online RSS.
O empreendedor enfrentava um julgamento por acusações de roubo de milhões de artigos científicos do serviço por assinatura JSTOR e poderia ser condenado a 35 anos de prisão e multas de cerca de US$ 1 milhão.
Um de seus amigos, Larry Lessing, disse no site Boingboing.net que "Aaron jamais fez nada em sua vida para 'fazer dinheiro', apenas trabalhava pelo interesse geral. Era brilhante, engraçado, era um rapaz genial".
Há dois anos, o FBI abriu uma investigação contra o jovem que havia publicado gratuitamente documentos da corte federal americana, os quais eram cobrados, em 2008, oito centavos pelo acesso por página.
Em menos de três semanas, ele tinha conseguido carregar mais de 18 milhões de páginas, somando um valor estimado em US$ 1,5 milhão. Amigos, no entanto, lembram que o rapaz sofria de depressão e, em 2007, Swartz falou publicamente sobre a ideia de suicídio, destacou no domingo o jornal The New York Times.
"Sair, respirar um pouco de ar puro, abraçar alguém querido e não se sentir melhor, pior ainda, se sentir incapaz de compartilhar a alegria dos demais. Tudo está cheio de tristeza", escreveu em seu blog na época.

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