[AssessoRN.com] Caminhos do Frio segue com programação diversificada nesta quarta na cidade de Bananeiras |
Marcos Romualdo Costa - Professor Adjunto da UFRN
A revelação da existência de um grande programa de espionagem, organizado pela agência de segurança americana (NSA), feita por um de seus ex-agentes, Edward Snowden, reacendeu a discussão sobre o acesso de informações na internet. As raízes desta questão, no entanto, são bem mais antigas e remetem a grandes interesses econômicos.
O armazenamento de grandes quantidades de dados, que em tecnologia da informação é denominado Big Data, e a subsequente análise destes dados, já vem sendo utilizada por empresas e órgãos governamentais há alguns anos, com o intuito de balizar investimentos, buscar mercados ou melhor coordenar ações públicas, entre outros.
Obter informações em larga escala se tornou uma tarefa extremamente simples com a internet. Livremente, as pessoas fornecem todas as suas informações pessoais em sítios eletrônicos como o Google, Facebook ou Foursquare. Uma rápida observação do Facebook, onde instantaneamente aparecem os perfis de pessoas que “você pode conhecer”, já indica que os dados fornecidos nestes sítios serão de alguma forma armazenados e processados a fim de encontrar suas “preferências”.
Do ponto de vista econômico, o Big Data já é oficialmente reconhecido como um novo ativo econômico, ao lado de moedas e ouro. A comprovação desta afirmação pode ser obtida, por exemplo, no documento intitulado “Big Data, Big Impact: New Possibilities for International Development”, publicado durante o Fórum Econômico Mundial, realizado no ano passado em Davos, Suíça.
De fato, empresas como Google e IBM já oferecem “serviços analíticos para auxiliar organizações no desenvolvimento de ações para captura, manutenção e satisfação de consumidores, pacientes e cidadãos” (veja por exemplo: http://www.ibm.com/analytics/us/en/services/index.html).
Ou seja, as informações sobre os nossos hábitos que estão de alguma forma disponíveis na internet, tais como sítios eletrônicos visitados, compras realizadas, locais visitados, sexo, idade, contatos, entre outros, já estão sendo armazenados por empresas que utilizam, ou podem vir a utilizar, essas informações para traçar perfis de consumo e vendê-las para outras empresas.
A era do Big Data já chegou e certamente terá impactos positivos e negativos na sociedade. É preciso se discutir maneiras legais de regular o acesso às informações fornecidas voluntariamente pelas pessoas na internet. Sem isso, nossos dados continuarão alimentando imensos bancos de dados à disposição de organizações interessadas apenas em garantir seus lucros.
A revelação da existência de um grande programa de espionagem, organizado pela agência de segurança americana (NSA), feita por um de seus ex-agentes, Edward Snowden, reacendeu a discussão sobre o acesso de informações na internet. As raízes desta questão, no entanto, são bem mais antigas e remetem a grandes interesses econômicos.
O armazenamento de grandes quantidades de dados, que em tecnologia da informação é denominado Big Data, e a subsequente análise destes dados, já vem sendo utilizada por empresas e órgãos governamentais há alguns anos, com o intuito de balizar investimentos, buscar mercados ou melhor coordenar ações públicas, entre outros.
Obter informações em larga escala se tornou uma tarefa extremamente simples com a internet. Livremente, as pessoas fornecem todas as suas informações pessoais em sítios eletrônicos como o Google, Facebook ou Foursquare. Uma rápida observação do Facebook, onde instantaneamente aparecem os perfis de pessoas que “você pode conhecer”, já indica que os dados fornecidos nestes sítios serão de alguma forma armazenados e processados a fim de encontrar suas “preferências”.
Do ponto de vista econômico, o Big Data já é oficialmente reconhecido como um novo ativo econômico, ao lado de moedas e ouro. A comprovação desta afirmação pode ser obtida, por exemplo, no documento intitulado “Big Data, Big Impact: New Possibilities for International Development”, publicado durante o Fórum Econômico Mundial, realizado no ano passado em Davos, Suíça.
De fato, empresas como Google e IBM já oferecem “serviços analíticos para auxiliar organizações no desenvolvimento de ações para captura, manutenção e satisfação de consumidores, pacientes e cidadãos” (veja por exemplo: http://www.ibm.com/analytics/us/en/services/index.html).
Ou seja, as informações sobre os nossos hábitos que estão de alguma forma disponíveis na internet, tais como sítios eletrônicos visitados, compras realizadas, locais visitados, sexo, idade, contatos, entre outros, já estão sendo armazenados por empresas que utilizam, ou podem vir a utilizar, essas informações para traçar perfis de consumo e vendê-las para outras empresas.
A era do Big Data já chegou e certamente terá impactos positivos e negativos na sociedade. É preciso se discutir maneiras legais de regular o acesso às informações fornecidas voluntariamente pelas pessoas na internet. Sem isso, nossos dados continuarão alimentando imensos bancos de dados à disposição de organizações interessadas apenas em garantir seus lucros.