quarta-feira, 24 de julho de 2013

[AssessoRN.com] Caminhos do Frio segue com programação diversificada nesta quarta na cidade de Bananeiras

  

24 de julho de 2013 10:44

Foto: Divulgação
Espetáculo “Boi Encantado” será encenado às 19h30. Alunos da rede pública de ensino participam de city tour pela cidade. Clínica de golf com o instrutor Renato Lopes encerra atividade com estudantes.
 
A programação desta quarta-feira (24) da Rota Cultural Caminhos do Frio 2013 conta com apresentação teatral, city tour, clínica de golf e Encontro Regional de Economia Criativa. As atividades acontecem até o próximo dia 28 na cidade de Bananeiras, no Brejo da Paraíba. Todas as atividades são gratuitas.
 
A partir das 8h30 tem início as inscrições para o Encontro Regional de Economia Criativa de Bananeiras. Às 9h30 é abertura e logo em seguida o público confere a palestra “Economia Criativa como ação para o desenvolvimento regional”, com o professor André Piva. Já às 11h, terá a palestra “Localidades interioranas como territórios criativos”, com a professora Fabiane Nagabe.  Atividade acontece no Espaço Cultural Oscar de Castro. Ainda está previsto às 14h uma atividade com os grupos de trabalho e às 16h30, plenária para apresentar e discutir resultados dos grupos de trabalho.
 
Trinta alunos da rede pública de ensino, que se destacaram por conta das notas altas nas escolas, participam a partir das 10h de um city tour pelo Centro de Bananeiras. O turismólogo Manuel Netto vai apresentar aos estudantes pontos turísticos de Bananeiras e explicar sobre a história da cidade. “Eles vão conhecer mais sobre a história da cidade com as explicações que darei sobre alguns pontos turísticos de Bananeiras como, por exemplo, a igreja matriz, a antiga estação de trem, o túnel da viração (túnel que integrava o percurso do trem), o museu Simeão Cananéa e o campus III da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O passeio termina com a prática de golf no Águas da Serra Golf Club com o instrutor Renato Lopes”, disse Manuel Netto.
 
Já às 19h30, será apresentado o espetáculo “Boi Encantado”, da Cia Boca de Cena. Apresentação gratuita acontece no Teatro Ivaldo Lucena, localizado no Espaço Cultural Oscar de Castro. Para encerrar a programação desta quarta-feira, a Dupla AD Solto e Cristiano Borges apresenta sucessos da música gospel na 1ª Igreja Batista de Bananeiras.
 
As atrações integram a programação da Rota Cultural Caminhos do Frio 2013. O festival acontece até 1º de setembro. Guilherme Arantes, Zizi Possi, Lenine e Geraldo Azevedo são algumas das atrações do evento itinerante que passará por seis cidades paraibanas.
 
Em Bananeiras, a Rota Cultural Caminhos do Frio segue até o próximo dia 28 com atividades musicais, teatrais, fotográficas, esportivas e muito mais. Guilherme Arantes, Renata Arruda e Yegor Gomez são alguns dos destaques da programação. A Secretaria de Cultura e Turismo de Bananeiras apoia o evento do Fórum de Desenvolvimento Turístico Sustentável do Brejo Paraibano. O Caminhos do Frio também conta com apoio do Governo da Paraíba.
Confira a programação desta quarta-feira (24)
Encontro Regional de Economia Criativa de Bananeiras
8h30 - Inscrições e distribuição de material
9h30 - Abertura do Evento
10h - Palestra: Economia Criativa como ação para o desenvolvimento regional (Prof. Dr. André Piva)
11h - Palestra : Localidades interioranas como territórios criativos (Profa. Ms. Fabiane Nagabe)
14h - Grupos de Trabalho
16h30 - Plenária para se apresentar e discutir os resultados dos Grupos de Trabalho
Local: Espaço Cultural Oscar de Castro
 
10h – City Tour
Local: Centro de Bananeiras
11h – Clínica de Golf
Atividade para alunos de escolas públicas de Bananeiras
Com o instrutor Renato Lopes
Local: Águas da Serra Golf Club
Teatro
19h30 - Espetáculo Boi Encantado (Cia Boca de Cena)
Local: Teatro Ivaldo Lucena (Espaço Cultural Oscar de Castro)
20h – Dupla Ad Solto e Cristiano Borges
Local: 1ª Igreja Batista de Bananeiras
PM de Bananeiras
I2 Inteligência
Setor de Gestão da Informação
(83) 3219-7067 / 9106-2127

terça-feira, 23 de julho de 2013

Partiu o "aluno" nº 01 de Luiz Gonzaga.

Aos 72 anos, morre o músico Dominguinhos

UOL - 23.07.2013.
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Relembre a vida e a carreira de Dominguinhos56 fotos

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1987 - o sanfoneiro Dominguinhos se apresenta no Free Jazz Festival Juan Esteves/Folhapress
O cantor e compositor Dominguinhos morreu às 18h desta terça-feira (23) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O sanfoneiro lutava contra um câncer no pulmão e fazia sessões de quimioterapia há seis anos. 
Segundo o boletim divulgado pelo hospital, a causa da morte foram "complicações infecciosas e cardíacas".
Dominguinhos estava internado desde o dia 17 de dezembro. No dia 22 daquele mês, ele precisou passar por uma cirurgia para a colocação de um marca-passo cardíaco temporário por conta da arritmia.
Neste período, o cantor foi submetido a uma traqueostomia e hemodiálise. Dominguinhos ficou sem sedação e, mesmo assim, não se comunicava com a família e médicos.
No dia 8 de janeiro, ele sofreu uma parada cardíaca no hospital em que estava internado em Recife (CE). A pedidos dos familiares, no dia 13 de janeiro, Dominguinhos foi transferido para o Hospital Sírio-Libanês em São Paulo.
Os cantores Fagner, Elba Ramalho, Flávio José, Nando Cordel, Geraldo Azevedo, Jorge de Altinho e Liv Moraes fariam um show beneficente para Dominguinhos no dia 25 de julho, em Recife (PE). Toda a renda arrecadada com a venda de ingressos seria revertida para o pagamento de despesas médicas do sanfoneiro. Até a publicação desta reportagem, não havia confirmação se o show será mantido.
Vida e carreira
Nascido em 1941, José Domingos de Morais, o Dominguinhos, veio de uma família humilde de Garanhuns e herdou os dotes musicais de seu pai Chicão, que era sanfoneiro. Com seis anos de idade, ele aprendeu a tocar sanfona e ia a feiras livres para arrecadar dinheiro.
Quando criança, ele formou o trio Os Três Pinguins com seus dois irmãos Moraes (sanfona) e Valdomiro (malê, uma espécie de zabumba). Aos nove anos, já era proficiente em sanfonas de 48, 80 e 120 baixos. Logo depois, ele conheceu Luiz Gonzaga na porta de seu hotel. O músico ficou impressionado e chamou Dominguinhos para ir ao Rio de Janeiro. Mais tarde, ele fez parte da equipe de Luiz Gonzaga e foi reconhecido por cantores da Bossa Nova, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Elba Ramalho e Toquinho.
A cantora pernambucana Anastácia fazia parte do grupo de Gonzaga e não demorou a fazer parte da vida de Dominguinhos. Os dois iniciaram uma parceira dentro e fora dos palcos, que os levou ao casamento.
No entanto, o casamento com Anastácia não deu certo e Dominguinhos acabou se envolvendo com outra cantora, também pernambucana, Guadalupe. Os dois se casaram e a festa contou com convidados ilustres como Luiz Gonzaga e Genival Lacerda.
O primeiro disco de Dominguinhos foi "Fim de Festa", lançado em 1964". O último foi "Yamandu + Dominguinhos", em 2008. Ao longo dessas décadas de carreira, lançou dezenas de discos. 
Em 2002, Dominguinhos foi vencedor do Grammy Latino com o CD "Chegando de Mansinho". Já em 2010, ele foi vencedor do Prêmio Shell de Música.
Entenda o quadro de saúde
Dominguinhos deu entrada no hospital Hospital Santa Joana, em Recife, no dia 17 de dezembro, com arritmia cardíaca e infecção respiratória. No dia 22 daquele mês, o músico precisou passar por uma cirurgia para a colocação de um marca-passo cardíaco temporário por conta da arritmia.
Neste período, o cantor foi submetido a uma traqueostomia e hemodiálise. Dominguinhos ficou sem sedação e, mesmo assim, não se comunicava com a família e médicos. No dia 8 de janeiro, ele sofreu uma parada cardíaca no hospital, que foi revertida. A pedidos dos familiares, no dia 13 de janeiro, Dominguinhos foi transferido para o Hospital Sírio-Libanês em São Paulo.
Mauro chegou a declarar que o quadro do pai era irreversível. A família já havia sido informada do estado de saúde do músico há alguns meses, mas somente agora, no entanto, Mauro decidiu divulgar essa informação em respeito aos fãs.
"Estava tentando resguardar meu pai, mas essa é uma informação que as pessoas precisam saber. Dominguinhos é uma pessoa pública e adorada no Brasil inteiro. Muitas pessoas me perguntavam sobre meu pai e acho que chegou a hora de falar".
Diagnosticado com câncer de pulmão há seis anos, Dominguinhos sofreu um princípio de infarto no início de 2011, quando foi internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.  Ele foi submetido a um cateterismo e a uma angioplastia. Por conta de seu estado de saúde, começou a cancelar shows no final de 2011.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

 22 de Julho de 2013Data Meio--- www.easycoop.com.br
 Olá, como vai?!

Gostaria de lhe trazer as últimas novidades do cooperativismo, para que você fique atualizado nas informações do setor cooperativista, como é o caso novo site COOPERATIVAS DE IDEIAS, criado pelo ex produtor do Proteste Já e atual roteirista do Programa de Televisão CQC, que é um grande sucesso em todo o País. Fico feliz por ele ter escolhido os princípios do cooperativismo para colocar essa ideia em prática, que contará com nosso apoio. Isso nos mostra como o cooperativismo vem crescendo dia a dia e seus princípios conquistando diferentes pessoas de todo o mundo.

Bom, outro assunto que gostaria de abordar é a Deliberação 12 da JUCESP, que foi editada pela JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO, uma autarquia do Governo do Estado, que passou a obrigar as cooperativas a se registrarem/filiarem a uma ONG, evocando uma Lei de 42 anos atrás, concebida ainda no seio da ditadura militar.

Pelo Portal EASYCOOP tive o prazer de entrevistar a advogada Dra. Carmen Patrícia Coelho Nogueira, que conquistou a liminar que garantiu o direito da Cooperativa de Reciclagem Sem Fronteiras continuar existindo juridicamente para que seus associados pudessem levar o sustento digno ao seu lar, com o suor de seu trabalho honesto.

Essa é uma das inúmeras liminares e sentenças julgadas procedentes pelos Juízes de primeira e segunda instâncias, para que as cooperativas e cooperados tenham seus direitos fundamentais garantidos, conforme as conquistas obtidas com a Constituição Cidadã de 1988, que enterrou de vez a ditadura militar.

A entrevista da Dra. Carmen Patricia vai ser considerada por muitos polêmica, pois levanta pontos de vistas diferentes de muita coisa que já vimos e ouvimos, como Quem foi o verdadeiro beneficiado com a Deliberação 12 editada pela JUCESP? Quais foram os alicerces desta Deliberação? Por que ela não tem se sustentado frente aos tribunais de Justiça do Estado de SP? A Dra. Carmen Patrícia ainda nos mostra que esta Deliberação fere um dos pilares centrais de nossa Constituição que é o DIREITO À VIDA!!!

Assista a entrevista e confira uma visão de uma pessoa cuja uma das especializações é o Direito Constitucional e nos mostra como a Deliberação 12 da JUCESP é um vulcão em pleno estado de erupção!


Beijos,
Sandra Campos
Editora Chefe - Portal e Revista EasyCOOP www.easycoop.com.br
Presidente - FETRABRAS - Federação Nacional dos Trabalhadores Cooperadoswww.fetrabras.org.br
Telefone: 11-3256-6009 ou 11-5093-5400
Celular 11-7846-2836 id 55*29826
Alameda dos Jurupis, 1005 - CJ 114 - Moema
e-mail: sandra@sindicatodocooperado.org.br
Cooperativa de Ideias 
O engajado Yuri Costa, ex produtor do Proteste Já e atual roteirista do CQC, estreou um projeto bem interessante na semana passada.
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A estrela principal da 4ª Festa do Queijo de Ipanema já está pronta. O queijo gigante, que deve atingir 1.500 quilos foi produzido na quarta (17) e está em processo de maturação na câmara fria da Coop...
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Mudanças nas licitações visam diminuir burocracia e corrupção, diz relator 
Vinte anos depois da criação da Lei de Licitações (Lei 8666/93), estão em análise na Câmara alterações nas regras nacionais para as compras de governo. O projeto (PL 1292/95 e 92 propostas apensadas) ...
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Ex-catador de papelão vira empresário do ramo calçadista no Rio Grande do Sul 
Aulas de empreendedorismo para menores carentes levaram à formação de uma cooperativa
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Jovens católicos visitam cooperativa de catadores de papel em SP 
Atividades fazem parte da programação da Semana Missionária. Evento antecede a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro.
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Easycoop - São Paulo (11) 5533-2001
---www.easycoop.com.br 

"É preciso debater código de conduta no mundo digital", diz professor de Harvard

RAUL JUSTE LORES
DE WASHINGTON
UOL - 22.07.2013.
A caçada ao ex-analista da CIA Edward Snowden está ofuscando o debate sobre um necessário e urgente "código de conduta" para grandes corporações e governos ao lidar com a informação digital.
"Governos sempre se espionaram, mas é diferente quando milhões de indivíduos têm a privacidade violada", afirma o professor de relações internacionais da Universidade Harvard Stephen Walt, 58.
Ex-diretor acadêmico da Escola de Governo Kennedy de Harvard, ele é um dos maiores críticos a como a mídia e o governo dos EUA tratam a revelação do vasto sistema secreto de espionagem.
Em artigo no jornal britânico "Financial Times", sugeriu a Barack Obama conceder o perdão presidencial ao delator. Leia a seguir trechos de sua entrevista à Folha:
*
FOLHA- O Brasil e alguns países europeus já reclamaram da espionagem de seus e-mails. O que esperar?
STEPHEN WALT - Todo governo faz espionagem de outros governos. Os EUA devem fazer do brasileiro, assim como o do Brasil deve espionar o americano. A novidade aqui é a espionagem de cidadãos comuns, do comportamento individual. O cidadão brasileiro deve protestar e pedir aos políticos brasileiros que exijam que os EUA parem com essa espionagem.
Isso teria resultado?
O que ficou claro é que não há um código de conduta para grandes corporações, governos e indivíduos a respeito do que fazer com suas bases de dados. Não há consenso nem leis. Os países precisam aproveitar a oportunidade e começar essa discussão. Não é a ONU que vai discutir isso.
Nos EUA, o debate se concentra na caçada humana a Edward Snowden e quase ignora a espionagem do governo. Não houve surpresa?
A maioria dos americanos não sente que é alvo da espionagem, pensa que só "gente perigosa" tem o que temer, o que é um tanto ingênuo.
Um grande problema de um banco de dados assim é o de ser violado por alguém no futuro, algo inevitável.
Para 55% dos americanos, Snowden é alguém que alertou para um problema, enquanto 36% o veem como traidor. A maioria acha que ele colocou luz em coisas erradas que estavam escondidas. Mas não causou escândalo. Muita gente acha que somos espionados o tempo todo pelas empresas de internet.
Snowden virou o assunto único aqui nos EUA.
Parte do debate de Snowden é sobre seus porquês, quem o estaria ajudando, se os inimigos do país, e menos sobre o que ele denunciou.
A mídia em Washington tem uma relação simbiótica com o poder, com o governo. Há cooperação e cooptação, independentemente de qual partido esteja no poder. Não querem falar da espionagem.
O sr. defende que Barack Obama dê o perdão presidencial a Snowden. Mas o governo não quer uma punição exemplar para evitar novos delatores?
Obama deveria dar o perdão presidencial. Snowden fez o que fez por motivos louváveis, coerentes com a retórica de Obama, de defender a liberdade individual e a transparência do governo.
Ele não vendeu as informações a um governo estrangeiro, como espião tradicional. Um vasto sistema secreto de vigilância pode ser usado com fins mesquinhos em pouco tempo. [O ex-presidente Richard] Nixon foi perdoado, assim como envolvidos no Irã-Contras [escândalo dos anos 80 em que os EUA venderam armas ao Irã por um esquema escuso, que envolvia rebeldes na Nicarágua].
Mas Obama quer punição exemplar para evitar novos delatores, não?
Se Snowden for exilado, vai continuar a ser uma figura polarizadora ou até um mártir no mundo por muitos anos. Perdoado, ele atrairia menos atenção. E não seria melhor deixar isso para trás e debater o que foi vazado? Não foi por isso que Obama se negou a processar as autoridades dos anos de George W. Bush [2001-09] que autorizaram a tortura?
Tiranos e revolucionários fracassados costumavam pedir asilo. Hoje, são idealistas que acreditam na transparência da democracia. Se Snowden fosse chinês ou iraniano e tivesse vazado informações sobre espionagem, daríamos asilo ao herói.
A punição duríssima contra Snowden ou [Bradley] Manning [soldado dos EUA preso desde 2010 por repassar informações ao site WikiLeaks] tenta conter os vazamentos de informação, mas isso já é uma raridade. É um passo arriscado, raro, alguém dentro dessas organizações ter coragem para isso.
Como o sr. compara Snowden a Bradley Manning?
Há uma grande diferença entre Snowden e Bradley Manning/WikiLeaks. Ao trabalhar com [o jornal britânico] "The Guardian", os jornalistas e editores responsáveis selecionaram o que deveria ser divulgado ou não, checaram informações, exerceram a seleção crítica, responsável.
Uma organização de mídia que soube tratar dos papéis confidenciais. Não despejaram a informação sem filtro ou sem pensar nas consequências, como o WikiLeaks.
E Obama o perdoaria?
É cedo para dizer, mas é improvável. Obama não parece corajoso a esse ponto, ainda que presidentes tomem decisões polêmicas no final de seus governos, quando já não precisam mais ser reeleitos.
Não estou surpreso que Obama não tenha desmontado os sistemas de vigilância do governo Bush. Nunca pensei que ele seria muito progressista. É um centrista. Em alguns sentidos, até aumentou a escala de espionagem e a perseguição a jornalistas.
Delações como a dos Papéis do Pentágono [documentos secretos sobre a dificuldade da Guerra do Vietnã, vazados em 1971 pelo analista militar Daniel Ellsberg] seriam impensáveis hoje?
O governo Obama tem se mostrado muito mais agressivo em processar delatores e correr atrás de jornalistas que deram furos de reportagem, sempre em nome da segurança nacional. Isso não é saudável. Delações sobre abuso de poder de autoridades são necessárias à democracia.
Ícones da esquerda americana, como a senadora Dianne Feinstein, chamam Snowden de traidor. Por quê?
As linhas políticas de quem defende ou ataca Snowden estão embaralhadas, não é democrata versus republicano. Quem acha que os EUA sofrem ameaças graves de terrorismo aceita a perda de liberdades. Quem acha que essas ameaças são um exagero, como eu, defende as liberdades individuais.
O que aprendemos com essa polêmica é que é otimista pensar que o Congresso faça uma supervisão séria desse sistema [de espionagem].
A América Latina deve esperar sanções dos EUA se asilar Snowden?
No último século, os EUA tiveram papel dominante no hemisfério, e países que tentaram desafiá-los sofreram pressões adicionais. Pode ocorrer isso com quem oferecer asilo a Snowden, mas seria algo infeliz piorar nossas relações com a região, contra nossos próprios interesses, por causa de um indivíduo.
O que o sr. acha da negativa do governo Obama de chamar o golpe militar no Egito de "golpe"?
Obviamente houve golpe militar no Egito, mas o melhor que Obama tem a fazer lá é uma "negligência benevolente". Ele não pode chamar de golpe, porque nossas leis o obrigariam a cortar a ajuda militar. Mandamos dinheiro para lá para reter influência, ainda que ela seja limitada.
Se fosse para ajudar mesmo o Egito, os EUA enviariam comida, não ajuda militar.
Como seria?
Os US$ 2 bilhões [R$ 4,47 bilhões] em brinquedos militares para o Exército egípcio poderiam ajudar o povo egípcio, que hoje precisa mais de comida, turismo, luz e água.
Revoluções têm reviravoltas, antes de qualquer estabilidade, da Francesa à Russa. Mesmo a americana -nossa Constituição levaria uma década para ficar pronta depois da independência, com focos de oposição. Certamente os britânicos na época disseram que não estávamos preparados para nos autogovernar.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Ex-marchante ensina como preparar carne de sol .

 Sr. Erinaldo dos Santos, pai de "Tinha", residente na Chã do Lindolfo, deu uma mini aula sobre a preparação de carne de sol nos dias de chuva, um dia antes do Forró de São João, que anualmente é realizado no Residencial Parque dos Chalés. A carne de sol, mesmo já tendo levado sol no dia anterior, foi empacotada em esteiras de sisal para cheiro e gosto de 1ª qualidade. E assim foi feito. A carne não deu para quem queria. Sr. Erinaldo preparou 60 quilos de carne para revenda na véspera do São João, em junho passado. E ele se dispõe a ensinar a sua técnica. È só ir a Bananeiras/PB. 
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O comércio da privacidade

Publicação: 14 de Julho de 2013 às 00:00Tribuna do Norte - Natal/RN

Marcos Romualdo Costa - Professor Adjunto da UFRN

A revelação da existência de um grande programa de espionagem, organizado pela agência de segurança americana (NSA), feita por um de seus ex-agentes, Edward Snowden, reacendeu a discussão sobre o acesso de informações na internet. As raízes desta questão, no entanto, são bem mais antigas e remetem a grandes interesses econômicos.

O armazenamento de grandes quantidades de dados, que em tecnologia da informação é denominado Big Data, e a subsequente análise destes dados, já vem sendo utilizada por empresas e órgãos governamentais há alguns anos, com o intuito de balizar investimentos, buscar mercados ou melhor coordenar ações públicas, entre outros.

Obter informações em larga escala se tornou uma tarefa extremamente simples com a internet. Livremente, as pessoas fornecem todas as suas informações pessoais em sítios eletrônicos como o  Google, Facebook ou Foursquare. Uma rápida observação do Facebook, onde instantaneamente aparecem os perfis de pessoas que “você pode conhecer”, já indica que os dados fornecidos nestes sítios serão de alguma forma armazenados e processados a fim de encontrar suas “preferências”.

Do ponto de vista econômico, o Big Data já é oficialmente reconhecido como um novo ativo econômico, ao lado de moedas e ouro. A comprovação desta afirmação pode ser obtida, por exemplo, no documento intitulado “Big Data, Big Impact: New Possibilities for International Development”, publicado durante o Fórum Econômico Mundial, realizado no ano passado em Davos, Suíça.

De fato, empresas como Google e IBM já oferecem “serviços analíticos para auxiliar organizações no desenvolvimento de ações para captura, manutenção e satisfação de consumidores, pacientes e cidadãos” (veja por exemplo: http://www.ibm.com/analytics/us/en/services/index.html).

Ou seja, as informações sobre os nossos hábitos que estão de alguma forma disponíveis na internet, tais como sítios eletrônicos visitados, compras realizadas, locais visitados, sexo, idade, contatos, entre outros, já estão sendo armazenados por empresas que utilizam, ou podem vir a utilizar, essas informações para traçar perfis de consumo e vendê-las para outras empresas.

A era do Big Data já chegou e certamente terá impactos positivos e negativos na sociedade. É preciso se discutir maneiras legais de regular o acesso às informações fornecidas voluntariamente pelas pessoas na internet.  Sem isso, nossos dados continuarão alimentando imensos bancos de dados à disposição de organizações interessadas apenas em garantir seus lucros. 

terça-feira, 9 de julho de 2013

Fogueira bizarra

Por Xico Graziano *Na época da Revolução Constitucionalista, em 1932, o Brasil passava por uma profunda transformação. O País essencialmente rural cedia espaço à nascente industrialização. Cresciam as cidades, mudava a sociedade. A oligarquia agrária perdera sua hegemonia no poder republicano.

Pouco antes, em outubro de 1930, o gaúcho Getúlio Vargas assumira a Presidência da República no bojo de outra revolução, mais significativa na História, encerrando a chamada República Velha. Até então, por longo período predominara a famosa "política do café com leite", durante a qual os Estados de São Paulo e de Minas Gerais fizeram um rodízio no mando do Brasil. O golpe militar tramado pela Aliança Liberal impediu a posse de Júlio Prestes, eleito naquele março com apoio de 90% dos votos paulistas.

No fundo, quem perdia mesmo eram os fazendeiros do café e seus mercadores. Após o ciclo da mineração, e com a mudança da capital do País para o Rio de Janeiro, a vida econômica da Nação havia se deslocado. Os cafezais, já por volta de 1850, tomavam conta do Vale do Paraíba e rumavam para as terras roxas de Campinas, atingindo depois, no estertor do século, a região de Ribeirão Preto. Finda a escravidão, implantou-se o colonato do café, constituído principalmente com imigrantes italianos, reforçando o poderio da economia paulista, cujas ferrovias escoavam o valioso "ouro verde" até o Porto de Santos. Época gloriosa.

Após 50 anos de prosperidade e bonança, começaram os problemas advindos da superprodução de café. Em 1905, segundo o historiador Caio Prado Jr. (História Econômica do Brasil, Ed. Brasiliense), os estoques de café estavam em 11 milhões de sacas (60 kg), cerca de 70% do consumo anual mundial. Os preços, obviamente, se rebaixaram, mobilizando os produtores a favor da intervenção pública na sustentação da sua renda. O governo interveio no mercado, realizando maciças compras da mercadoria, agradando momentaneamente aos cafeicultores. A política, porém, executada por duas décadas, alimentou um desastre.

Acontece que o mecanismo da formação de estoques públicos, ao manter os preços artificialmente elevados, continuava, como consequência, estimulando o plantio de novos cafezais. Crescia o desequilíbrio entre produção e consumo. A safra de 1927/1928 rendeu 26,1 milhões de sacas de café, 10% acima do consumo mundial no ano. Os estoques continuavam aumentando, onerando o governo e empurrando o problema para a frente. Comandando politicamente o Estado, em acordo com os interesses de Minas Gerais, a oligarquia cafeeira paulista progredia lançando notas promissórias contra o futuro. Tudo funcionou até chegar o craque da Bolsa de Nova York, em outubro de 1929. A quebradeira foi geral.

Cozinhadas durante toda a década de 1920, as insatisfações políticas somaram-se à crise econômica. Nesse contexto, a posse de Getúlio Vargas significava uma derrota do poderio econômico de São Paulo. A troca no comando político do País favoreceu os novos agentes empreendedores, ligados às nascentes classes médias e aos interesses das burguesias regionais, que se sentiam excluídas pela dominação cafeeira. Nas palavras de Boris Fausto, em seu extraordinário A Revolução de 30, o fim da hegemonia oligárquica forneceu ao Brasil um "atestado de ingresso na maioridade política". A burguesia do café, nas palavras dele, acabou "apeada do poder".

Nesse rompimento da História, quando a velha ordem agrícola é substituída pela lógica urbano-industrial, se escondem algumas das razões que geraram, dois anos depois, a Revolução Constitucionalista. Oficialmente, na visão construída pelos derrotados de 1930, a "Guerra Paulista" forçava a promulgação de uma nova Constituição para o Brasil. Embora seus argumentos fossem cívicos, sempre em defesa da democratização, a revolta de 1932 parece mais ter sido uma revanche política - que resultou frustrada - dos paulistas àqueles que lhes haviam surrupiado a centralidade do poder.

Talvez por essa razão até hoje a data cívica mais importante do Estado de São Paulo nunca tenha sido bem compreendida pela população. Nas escolas a meninada decora, mas não entende o porquê daquela encrenca. Parece uma fantasia da História. Na zona rural de vários municípios paulistas, porém, encontram-se vestígios das batalhas que envolveram cidades fronteiriças. Em Águas da Prata, na subida da Serra da Mantiqueira para Poços de Caldas, volta e meia se descobrem utensílios e munições enferrujadas como que a provar que, de fato, soldados por ali brigaram. Na região de Campinas, em Atibaia, Itapira, Bragança Paulista; no Vale do Paraíba, em Caçapava, Lorena, Cruzeiro; na divisa com o Paraná, em Buri, Guapiara, Itararé; todos esses lugares guardam duvidosas lembranças de uma incompreendida guerra.

Rendida a tropa constitucionalista, Getúlio Vargas nomeou Armando de Salles Oliveira interventor em São Paulo, reconciliando-se com a classe política paulista. A partir desse momento, todos se juntaram para resolver a mais difícil equação da história da política agrícola brasileira: o que fazer com as montanhas de café que se haviam formado nos armazéns por causa das compras públicas, desde 1906. Velhos, ardidos, mofados, os absurdos estoques pareciam invendáveis.

A solução encontrada foi a mais bizarra de todas: queimar os grãos. As fogueiras que esfumaçaram e aromatizaram a atmosfera destruíram, entre 1931 e 1943, cerca de 72 milhões de sacas de café em grão. Uma enormidade. Ocorreu, assim, na feliz expressão cunhada por Celso Furtado, uma "socialização dos prejuízos".

Nunca mais o Brasil pegou em armas para guerrear internamente. Nem cometeu de novo a insanidade de queimar café.

*Xico Graziano é agrônomo, foi secretário de Agricultura e secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. e-mail: xicograziano@terra.com.br.
Texto publicado na edição desta terça-feira, 9 de julho, no Estadão.

domingo, 7 de julho de 2013

Paraíba é o 3° Estado mais violento do Brasil. Gangues avançam.

Epidemia de homicídios avança na Paraíba

Taxa de mortes cresceu 55% em 3 anos e Estado já é 3º mais violento do Brasil

06 de julho de 2013 | 21h 56

Fonte: Estadão.com.br
Bruno Paes Manso ENVIADO ESPECIAL / JOÃO PESSOA - José Roberto de Toledo e Amanda Rossi
 O estudante Lucas, de 17 anos, recebeu um chamado no celular às 10h45 de anteontem no bairro Colinas do Sul, periferia de João Pessoa, na Paraíba, a 25 km da orla turística de Cabo Branco e Tambaú. Pegou a bicicleta e pedalou por cerca de 1 km em estrada de terra, até ser atingido à queima-roupa por três disparos. Caiu em uma arapuca e morreu perto das 11 horas.
Policiais civis que chegaram ao local, meia hora depois, ainda ouviram dos familiares que Luquinha era simpatizante da gangue O Kaida (corruptela de Al-Qaeda), formada dentro dos presídios paraibanos em 2004. Ele vinha sendo ameaçado por jovens da gangue rival, Estados Unido (sic), cujos integrantes moram no bairro vizinho de Gervásio Maia. A rivalidade entre os grupos hoje já se reproduz por quase todo o Estado. “Uma das hipóteses é de que ele tenha sido morto por causa da disputa local pelo tráfico”, explica o delegado Luiz de Cerqueira Cotrim Neto, da Delegacia de Homicídios. O corpo de Lucas chegou ao IML às 14 horas.
O número de homicídios na Paraíba cresceu 55% entre 2008 e 2011, a maior alta do País. O Estado é o terceiro do Brasil entre os mais violentos, atrás de Alagoas e Espírito Santo, superando Pará, Bahia e Pernambuco. Os números foram compilados pelo Estadão Dados, com base no DataSus. O período coincide com o crescimento da venda de crack nas periferias.
Cabedelo, cidade portuária de 59 mil habitantes na região metropolitana de João Pessoa, registrou 79 assassinatos em 2011 - sua taxa de homicídios chegou a 134 por 100 mil habitantes, a segunda do Brasil e uma das maiores do mundo. Já João Pessoa é a segunda capital brasileira mais violenta, atrás apenas de Maceió. O Estado reflete um problema de toda a Região Nordeste, que já é a mais violenta do País, com 36 homicídios por 100 mil habitantes em 2011 - dados mais recentes.
Para tentar entender a dinâmica dessa epidemia de homicídios, o Estado passou quatro dias entre João Pessoa e Cabedelo. Chegou na quarta-feira, com a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, que participou de uma audiência pública e acabou tendo de ouvir diversos pedidos de ajuda. Grupos do movimento LGBT denunciavam homicídios. Já o cacique geral do Povo Potiguar, Sandro Gomes Barbosa, afirmou que dois caciques foram mortos recentemente e dizia que estava sendo ameaçado por causa do tráfico e disputas de terra. E a advogada Laura Berquó, presidente da Comissão de Igualdade Racial e Liberdade Religiosa da OAB, registrava o homicídio de três pais de santo. “Mais do que a religião, pesa o fato de serem negros e pobres, grupos com a maioria das vítimas da violência.”
Engrenagem. Nos últimos cinco anos, diferentes focos de conflitos homicidas se intensificaram na Paraíba, com a tolerância ou até o incentivo de instituições estaduais. A pistolagem e os assassinatos de aluguel, tradição dos tempos do coronelismo, se modernizaram e passaram a produzir lucros elevados, infiltrando pilares sólidos nas polícias locais.
Foi o que mostrou as investigações da Operação Squadre, desencadeada pela Polícia Federal em novembro de 2012, que levou à prisão de 39 pessoas, entre policiais militares, civis e agentes penitenciários. O Estado teve acesso à íntegra da denúncia.
Foram acusados três núcleos principais. Um deles comandado por oficiais da PM que organizavam a segurança privada do comércio local. Outro era formado por um grupo de extermínio, autor de diversas mortes, muitas delas cometidas contra presos em regime semiaberto que chegavam ou saíam dos presídios. Mas também morreram mulheres grávidas e crianças.
O terceiro extorquia dinheiro de traficantes, além de negociar armas com bandidos. “Ao contrário do que os outros pensam, as milícias não são realidade só do Rio. É uma realidade nacional. É preciso criar controles mais efetivos para coibir essas ações policiais”, diz o secretário de Segurança e Defesa Social da Paraíba, Claudio Coelho Lima.
Crack. O tráfico também se espalhou pelas periferias locais graças à chegada do crack, expansão que acabou incentivada pela rivalidade entre facções territoriais. A O Kaida surgiu em 2004, na Penitenciária de Segurança Máxima Geraldo Beltrão (conhecida como Presídio do Roger). O detento Neguinho do Roger conseguiu importar uma granada que explodiu no presídio e feriu ao menos dez presos. “Sou o Bin Laden. Sou o Iraque. Eles diziam em tom de piada. Acabou criando a O Kaida. E os rivais, viraram Estados Unido”, explica Ednaldo Correa, que foi diretor de 11 presídios paraibanos.
Essa rivalidade saiu de trás dos muros para os bairros e cidades paraibanas. Em abril de 2010, Cabedelo viu uma das lideranças locais da O Kaida, Fatoca, tentar monopolizar o comércio de drogas na cidade. Bandana, dos Estados Unido, defendia sua fatia comercial. O desequilíbrio no mercado e as balas decorrentes levaram a cidade a se tornar a segunda mais violenta do Brasil.
“Conseguimos reduzir a criminalidade nos últimos dois anos prendendo os principais matadores locais”, diz o major Carlos Roberto da Silva Sena, que assumiu o comando da Polícia Militar em 2011. Na tela do computador, ele tem a foto de mais de 100 criminosos, entre eles a de Ni, que tatuou um cemitério nas costas: sete cruzes para cada assassinato cometido.