segunda-feira, 28 de abril de 2014

Desinternacionalização prematura?

Rubens Ricúpero

Não contente com a contribuição que deu à desindustrialização precoce, a fúria arrecadadora ameaça colocar ponto final em mais um episódio prematuro de internacionalização das empresas brasileiras.
O episódio anterior, envolvendo a Interbras, a proliferação de agências do Banco do Brasil, do finado Banespa e da Petrobras, prosperou na era Geisel e acabou vítima da crise da dívida a partir de 1982. Uma das consequências foi a liquidação do ciclo dos grandes projetos de infraestrutura.
Antes do desastre, o setor público investia 6% do PIB em infraestrutura. Essa idade de ouro terminou para sempre quando o investimento desabou para menos de 2%. O encolhimento deixou capacidade ociosa em construção, que teve de se expatriar para não morrer.
Ajudadas pelos créditos do BNDES, duas ou três companhias de excelência no ramo da construção provaram ser capazes de vencer no competitivo mercado mundial. Mais tarde, a duras penas, lograram repetir a proeza algumas poucas empresas de excelência tecnológica das quais a Embraer é expressão emblemática, seguidas pelos exportadores de produtos oriundos de recursos naturais: minérios, grãos, carnes, cosméticos.
O êxito desses exemplos de internacionalização é notável por ter sido alcançado contra todas as chances. Na experiência mundial, as firmas que se tornaram multinacionais foram impulsionadas por longos períodos de crescimento acelerado de seus países, caso do Japão, da Coreia do Sul e agora da China. No Brasil, é o contrário: o baixo crescimento, a crise econômica é que forçaram a internacionalização.
Na origem do fenômeno, a Inglaterra vitoriana, a acumulação de superávits crescentes no balanço de pagamentos gerou os excedentes de capital que possibilitaram os investimentos externos britânicos, suplantados depois de 1914 pelos EUA e hoje da China. Nesse particular, o Brasil também é anomalia, pois sofre de problema crônico no balanço de pagamentos e de carência de poupança e capital doméstico.
As multinacionais brasileiras vinham sendo pressionadas de três lados: baixo crescimento, alto custo de capital e assustador aumento do deficit em conta corrente. A isso se somavam inflação crescente, ameaça de rebaixamento de crédito, taxa de câmbio errática.
Pelo menos uma multinacional que se tornara brasileira, fugindo da Argentina, decidiu virar americana para melhorar seu custo de capital e escapar do risco Brasil.
Ora, é nesse momento que o governo resolve aprovar a MP 627 criando alíquota de 35% sobre lucros no exterior de empresas que enfrentam já concorrentes favorecidas em todos esses quesitos!
Trata-se do mesmo governo que, através do BNDES, até ontem estimulava a criação de "campeões nacionais" para competir lá fora.
Não há escolha: como a escala da competição é global, e não nacional, quem não se globaliza acaba comprado, como ocorreu com a Metal Leve, a Cofap e uma infinidade de antigas estrelas da indústria. Ao liquidar as multinacionais brasileiras, o governo arrisca estimular a colonização do Brasil pelas multinacionais estrangeiras.
Fonte: folha de s. paulo


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domingo, 27 de abril de 2014

Tudo no Maranhão é ão.

ÃOS E INHAS

Públio José – jornalista

                                     
                   Todos sabem que no Maranhão os superlativos começam pelo nome do estado, com um ão no final. E, ao se dar uma espiada mais acurada em sua história ao longo do tempo, vê-se que no Maranhão tudo é ão mesmo. A miséria maranhense é ão; a pobreza generalizada é ão; o analfabetismo também não fica atrás e é ão; a escravidão política do povo maranhense também é ão; a educação por lá também é ão pela péssima qualidade; a saúde não fica atrás de ruim e se perfila aos demais aspectos da realidade do estado também sendo ão; a economia, de tão concentrada, também é ão; as estradas, quase inexistentes, também são ão; enfim, tudo no Maranhão é ão. Tudo lá é aumentativo – com viés e essência negativos. Para completar a realidade ão do Maranhão, a Procuradoria Geral da República está em vias de entrar na Justiça do Estado pedindo a intervenção pela crise de segurança que atinge o Maranhão.
                        E, numa região do Brasil em que tudo é ão, aparece um diminutivo para confundir as coisas e criar um paradoxo digno das criações mais tresloucadas do mais tresloucado roteirista. Refiro-me ao CDP – Centro de Detenção Provisória de Pedrinhas. Ironizando ainda mais a história do Estado, esse CDP que atende pelo nome de Pedrinhas é a instituição mais ão do Maranhão, uma verdadeira casa de horrores. Segundo levantamento do jornal Folha de São Paulo, o inha do Maranhão é responsável pela morte de sete detentos só nos quatro meses deste ano, de um total de dez assassinatos ocorridos no interior do sistema prisional maranhense. E são mortes de deixar boquiabertos os piores matadores da história da humanidade, a ponto de chamar a atenção da imprensa internacional e levar a Procuradoria Geral da República, como já dito, a solicitar à Justiça a intervenção federal no Estado.
                        Segundo a Folha, para a imprensa estrangeira, “Pedrinhas tornou-se, desde o ano passado, sinônimo de violência e barbárie do que ocorre nas cadeias brasileiras”. Ou seja, do bárbaro, insano e bestial sistema prisional brasileiro, Pedrinhas se destaca por ser ainda mais bárbaro, mais insano, mais bestial. Por lá, com a capacidade gerencial ão do governo, as coisas alcançaram o mais alto patamar do ão, do absurdo. Vídeo da Folha mostra em detalhes o horror de três presos sendo decapitados, “enquanto seus algozes comemoram, com deboche, o assassinato frio”. E isso tudo acontecendo em um Estado dominado pelo poderoso senador José Sarney, cujo staff – entre asseclas, correligionários, lideranças as mais diversas e familiares em abundância – faz o Maranhão permanecer no mais baixo degrau da escala da pobreza, da miséria, da ignorância, da violência, do analfabetismo.   
                        E Pedrinhas? Não é uma graça esse nome? Pedrinhas... Parece até literatura infantil. Pedrinhas... Em criança, lembro de passar tempo na praia recolhendo pedrinhas. Com elas eu cultivava a imaginação, além de usá-las para várias atividades de lazer. Pedrinhas eram dinheiro nos jogos da meninada; pedrinhas eram munição para baladeiras; pedrinhas eram veículos nas estradas da imaginação; pedrinhas eram elementos de decoração na sala de estar da família; pedrinhas, nas aulas de desenho da escola, eram elementos para exercitar os dotes artísticos de futuros pintores e desenhistas. Tudo muito inocente; tudo muito inhas. Hoje, o Brasil descobre que em um ambiente ão, como o do Maranhão, o inha representa o lado mais negro, mais sórdido da perversidade humana agregada à incompetência – a ponto de tornar o já enorme ão do Maranhão muito mais ão. Pedrinhas... Pobre Maranhão...

A arquitetura dos sertões nordestinos.



Outros sertões

Estudo revela a arquitetura rural do século XIX no interior do Nordeste
JULIANA SAYURI | Edição 216 - Fevereiro de 2014
© NATHÁLIA DINIZ
Casa da fazenda Sabugi, no Rio Grande do Norte
Casa da fazenda Sabugi, no Rio Grande do Norte
O sertão é do tamanho do mundo, dizia Guimarães Rosa. Dizia como ainda dizem os que se enveredam pelos tortuosos caminhos dos rincões nordestinos em busca de histórias, respostas, saberes. Não raro, porém, muitos retornam dessas terras ainda mais intrigados com novas questões. A pesquisadora Nathália Maria Montenegro Diniz mergulhou diversas vezes nesse território. Ali nasceram a dissertação de mestrado Velhas fazendas da Ribeira do Seridó (defendida em 2008) e a tese de doutorado Um sertão entre tantos outros: fazendas de gado nas Ribeiras do Norte (em 2013), ambas realizadas sob orientação de Beatriz Piccolotto Siqueira Bueno, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Nessas empreitadas, ela encontrou não apenas respostas a seus estudos sobre a arquitetura rural do século XIX sertão adentro, mas também questionamentos novos que deram fôlego para um novo projeto de pesquisa, vencedor da 10ª edição do Prêmio Odebrecht de Pesquisa Histórica – Clarival do Prado Valladares, divulgado em dezembro. O projeto O conhecimento científico do mundo português do século XVIII, de Magnus Roberto de Mello Pereira e Ana Lúcia Rocha Barbalho da Cruz, também foi premiado. Os vencedores foram escolhidos entre 213 trabalhos inscritos pela originalidade dos temas. O prêmio inclui a produção e publicação de um livro, sem valor predeterminado.
É difícil desvencilhar a história pessoal de Nathália Diniz de seu itinerário intelectual. De uma família de 11 filhos originária de Caicó, na região do Seridó, interior do Rio Grande do Norte, ela foi a primeira a nascer na capital potiguar. Em 1975, a família mudou-se para Natal – professores de matemática por ofício, os pais pretendiam oferecer melhores condições educacionais para os filhos. Nas férias e feriados todos retornavam à pequena cidade, onde ficavam em uma das casas das fazendas que pertenceu ao tataravô da pesquisadora. “Logo cedo pude notar as visões diferentes construídas sobre o sertão nordestino. As casas que eu via não eram as mesmas retratadas nas novelas de época, da aristocracia rural. Era outro sertão”, lembra.

Graduada em arquitetura e urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Nathália quis explorar os outros sertões esquecidos no século XIX, mais especialmente no Seridó, uma microrregião do semiárido que ocupa 25% do território do estado. Lá o povoamento se iniciou no século XVII com as fazendas de gado e o cultivo de algodão. Ainda estudante, deu o primeiro passo nessa direção quando participou de um projeto de extensão que investigou os núcleos de ocupação original do Seridó a partir de registros fotográficos e fichas catalográficas feitas por estudantes e pesquisadores. Descobriram, assim, que essas casas, posteriores ao período colonial, mantinham características herdadas da arquitetura colonial ao lado de elementos ecléticos modernos.
Uma vez bacharel, Nathália viajou a São Paulo para participar de um encontro de arquitetos e deparou com o processo seletivo para mestrado na FAU. Decidiu, então, despedir-se do Nordeste para estudar na capital paulista. “Foi preciso partir para poder redescobrir os sertões”, diz ela. Para seu projeto de dissertação, a jovem arquiteta tinha um trunfo: a originalidade da pesquisa sobre as casas de Seridó. “Quase ninguém conhece aquele patrimônio. Quis apresentar essa realidade nas minhas pesquisas.”
Acervo arquitetônico
Nathália investigou o acervo arquitetônico rural do Seridó, de formas simples e austeras, sem o apelo estético de outros exemplares do litoral nordestino. Essas construções, entre casas de famílias, casas de farinha e engenhos, representam um tipo de economia do século XIX alicerçado no pastoreio e no cultivo de algodão. Embora fundamental para a identidade da região, segundo o estudo, esse acervo composto por 52 edificações conta com poucas iniciativas concretas para tornar viável sua preservação.
© NATHÁLIA DINIZ
Casa da fazenda Almas de Cima, também no Rio Grande do Norte: preservação  ainda precária
Casa da fazenda Almas de Cima, também no Rio Grande do Norte: preservação ainda precária
No início do século XVII, com o povoamento do interior do Rio Grande do Norte, sesmeiros pernambucanos fincaram raízes no Seridó. Foi no século XVIII que surgiram as casas na região feitas de taipa, com madeiramento amarrado com couro cru, chão de barro batido e térreas, com telhado de beira e bica. Lentamente, as casas de taipa passaram a alvenaria, com tijolos apenas na fachada. Por fim, no século XIX, o Seridó ficou marcado pela construção de grandes casas de fazenda, habitadas pelo proprietário, familiares, agregados e escravos.
No doutorado, a arquiteta expandiu horizontes, territoriais e teóricos. Por um lado, debruçou-se sobre a arquitetura rural vinculada às fazendas de gado nos sertões do Norte (atuais estados da Bahia, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte). Ela mapeou um acervo de 116 casas-sede a partir de levantamentos arquitetônicos do Piauí, Ceará e Bahia. A fim de melhor compreender o patrimônio material e imaterial nas habitações rurais dessa região, entrou nos campos da história social e da história econômica.
Do inventário de 116 casas-sede alicerçadas em pedra bruta, erigidas em diferentes ribeiras (Ribeira do Seridó, do Piauí, da Paraíba, dos Inhamuns e do São Francisco e Alto Sertão Baiano), a pesquisadora notou a heterogeneidade das construções arquitetônicas nas rotas do gado no Nordeste, que mantinham um mercado interno agitado, embora desconhecido, no calcanhar da economia do litoral exportador. Eram ainda construções pensadas para a realidade sertaneja, com sótãos e outras estruturas propícias para arejar os ambientes castigados pela alta temperatura e pelo tempo seco.
© NATHÁLIA DINIZ
Exemplos da arquitetura sertaneja na Paraíba:  sede da fazenda Sobrado
Exemplos da arquitetura sertaneja na Paraíba: sede da fazenda Sobrado
Contornando ribeiras e atravessando sertões, Nathália Diniz construiu suas investigações a partir de vestígios de tijolo, pedra e barro. Muitas casas de taipa, mencionadas nos arquivos, não resistiram ao tempo e desapareceram. Restaram fazendas formadas por casas-sede e currais. Entre as características da maioria das construções estavam à disposição dos ambientes: os serviços nos fundos do terreno, com tachos de cobre, pilões, gamelas; e a intimidade da vida doméstica no miolo das edificações, com mobiliário trivial, como mesas rústicas e redes, assentos de couro e de sola, baús e arcas de madeira. Em muitas fazendas, em paralelo a criação de gado, cultivaram-se cana-de-açúcar e mandioca, de onde viriam a rapadura e a farinha, que, ao lado da carne de sol, tornaram-se a base da alimentação sertaneja. “A arquitetura rural não segue modelos”, diz Nathália. “Os primeiros proprietários dessas casas eram filhos dos antigos senhores de engenho do litoral. Se a arquitetura rural tivesse um modelo, eles teriam construído casas similares às de seus pais no litoral, o que não ocorreu. A arquitetura dos sertões mostra a formação de uma sociedade a partir da interiorização dos sertões do Norte, de uma economia marcada pelo gado.”
Depois do doutoramento em São Paulo, a pesquisadora retornou a Natal, onde é professora de história da arte e de arquitetura no Centro Universitário Facex. Seu projeto atual é aprofundar a análise arquitetônica das casas-sede, explorando uma lacuna na historiografia brasileira sobre as relações sociais e suas consequências materiais nos sertões, ainda hoje um universo inóspito e incógnito, marcado por longas distâncias e imensos vazios. Esses territórios ficaram esquecidos, apesar de presentes na literatura e nos relatos memorialistas. Daí brotaram generalizações sobre o Nordeste e sua arquitetura rural, ainda compreendida a partir dos padrões dominantes da Zona da Mata pernambucana e do Recôncavo Baiano – o que, nas palavras da pesquisadora, não condiz com a realidade.
© NATHÁLIA DINIZ
A casa da fazenda Santa Casa
A casa da fazenda Santa Casa
Originalidade do tema
O novo trabalho será bancado com o prêmio ganho em dezembro e desenvolvido com o apoio de Beatriz Bueno, da FAU-USP. “O projeto de Nathália foi escolhido pela originalidade do tema e pela oportunidade que nos proporciona de compreender o processo de ocupação do sertão brasileiro e suas dimensões econômica, histórica e social”, diz o coordenador do Comitê Cultural da Odebrecht, Márcio Polidoro. Na economia, ela destacará o ferro que marcava o gado e que permitia identificar a fazenda à qual pertencia – até agora, a pesquisadora já coleciona 653 desenhos de ferro diferentes. “Num sertão disperso, sem fronteiras claramente visíveis, pontuado por tribos indígenas inimigas, o gado carregou a representação do território e da própria propriedade dos que vinham de outros lugares”, define. Na sociedade, ao cruzar os inventários post-mortem encontrados nos arquivos e nas casas, pretende compreender e revelar a vida cotidiana do sertanejo que se desenrolava a morosos passos no século XIX. Fará novas viagens para refazer fotografias e rever anotações. Mais uma vez, um retorno às suas raízes e às terras, tão diferentes das que via nas novelas na sua infância. “Ainda procuro o que buscava desde o início: quero mostrar o que eram esses outros sertões. Nós conhecemos a riqueza da arquitetura litorânea, a arquitetura do açúcar e do café. Falta a arquitetura sertaneja”, conclui.
Projeto
Paisagem cultural sertaneja: as fazendas de gado do sertão nordestino (nº 2009/09508); Modalidade Bolsa de Doutorado; Pesquisadora responsável Beatriz Piccolotto Siqueira Bueno; Bolsista Nathália Maria Montenegro Diniz; Investimento R$ 130.587,92 (FAPESP).
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domingo, 13 de abril de 2014

O sertão vai virar mar/ e o mar vai virar sertão ?

Meio Ambiente

Cientistas apontam saídas para desastre climático global

Estudo de especialistas da ONU mostra que planeta ainda pode reverter previsões sombrias de catástrofes naturais. Para isso, emissões de gás do efeito estufa precisam ser reduzidas a no mínimo 40% até 2050.
Apesar de todos os esforços globais para tentar reduzir a emissão de CO2 prejudicial ao clima, a liberação de gases causadores do efeito estufa teve maior aumento entre os anos 2000 e 2010 do que em qualquer outra década anterior, desde 1970.
O balanço consta do terceiro relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês), publicado neste domingo (13/04) em Berlim. O documento, elaborado por 195 cientistas nos últimos quatro anos, vinha sendo discutido desde o início da semana passada por representantes de vários governos nas Nações Unidas, reunidos na capital alemã.
Apesar da perspectiva sombria, o relatório intitulado Mitigação da mudança climática traz esperança de que a situação pode mudar. Segundo seus autores, só será possível limitar os drásticos efeitos de catástrofes naturais – como inundações e secas – se os países conseguirem manter o aumento anual da temperatura do planeta em até 2 graus Celsius.
Mas para tal, os autores do estudo apontam a necessidade de se estabelecer um conjunto de medidas políticas e técnicas. "A mensagem científica é clara: a fim de evitar danos perigosos ao sistema climático, as coisas não podem continuar como estão", explica o cientista alemão Ottmar Edenhofer.
O relatório divulgado agora é a terceira parte de um levantamento sobre mudanças climáticas. A primeira parte foi publicada em 2013 em Estocolmo, Suécia; a segunda, há poucas semanas em Yokohama, Japão.
Reflorestamento pode ser chave para gerações futuras
Menos CO2 até 2050
Os especialistas do clima apontam que a meta dos 2 graus Celsius só poderá ser alcançada se as taxas de emissão de gases-estufa caírem entre 40% e 70% até 2050. Para garantir o futuro das próximas gerações, as emissões de CO2 e similares terá que ser praticamente nula, até o fim deste século.
No entanto, ressaltam, não basta diminuir a liberação de gases no meio ambiente. Para se chegar à ambiciosa meta de redução das mudanças climáticas, Edenhofer e seus colegas Ramón Pichs-Madruga, de Cuba, e Youba Sokona, do Mali, consideram ser essencial ter uma atmosfera completamente livre de CO2.
O trio de cientistas não tem dúvidas de que a comunidade internacional precisa ser ágil em aplicar uma série de medidas a fim de limitar o aquecimento anual em apenas 2 graus Celsius. Por isso é fundamental cumprir a meta básica inicial de estabilizar a concentração dos gases responsáveis pelo efeito estufa na atmosfera. Para conseguir isso, é necessário reduzir as emissões em todos os setores, seja na geração e consumo de energia, na produção de bens de consumo, alimentação, meios de transporte ou moradia.
Cooperação internacional
Fontes alternativas de energia ajudam a reduzir lançamento de CO2 na atmosfera
Os cientistas enxergam um grande potencial no desenvolvimento da eficiência energética e reflorestamento. Para eles, a adoção de tecnologias menos poluentes oferece uma grande chance de diminuir os custos que seriam empregados para minimizar as mudanças climáticas.
Um melhor uso da terra é outro componente-chave desta equação. Desmatamento em menor escala e maiores áreas de reflorestamento podem, na avaliação dos especialistas, não apenas estancar a emissão de CO2 como até reverter o risco atual. Segundo o relatório do IPCC, o reflorestamento orientado pode até mesmo eliminar os gases-estufa da atmosfera.
Os cientistas afirmam que o uso de biomassa e o armazenamento subterrâneo de CO2 podem surtir o mesmo efeito, mas alertam sobre os riscos que essas técnicas acarretam. Assim, o objetivo principal deve ser buscar maneiras de desatrelar o crescimento econômico da necessidade de emitir gases poluentes, ressalta Sokona no relatório. Edenhofer complementa: "A chave para reduzir o aquecimento global está no trabalho de cooperação internacional."
"Este relatório é muito claro sobre o fato de estarmos perante uma questão de vontade mundial, e não de capacidade", afirmou o secretário americano de Estado, John Kerry, num comunicado em que comenta o relatório do IPCC.

DW.DE

terça-feira, 8 de abril de 2014

Cooperativistas chineses estudam as cooperativas brasileiras.

  07 de Abril de 2014 Data Meio ---www.easycoop.com.br
Clique na imagem para ver as fotos
Nesta Foto: Sandra Campos FETRABRAS, Missão do Governo da China e NSouza Outsourcing Contábil

Olá, como vai?!

Gostaria de dividir contigo mais esse momento especial. Na última semana recebemos em nossa sede uma Missão do Governo da China que veio para nos conhecer e entender como funciona o cooperativismo aqui no Brasil e quais são os direitos e deveres dos cooperados, além de toda a parte de tributação, para a qual convidamos o Escritório de contabilidade e Consultoria NSouza Outsourcing Contábil.

Eles trouxeram uma intérprete, que auxiliou toda a nossa comunicação e a nossa tarde foi muito agradável. Eles fizeram muitas perguntas e estavam muito curiosos para entenderem o nosso trabalho e a nossa atuação na defesa dos interesses dos cooperados. Percebi que a curiosidade deles se despertou também em nosso interesse no fomento ao cooperativismo como um todo e principalmente como forma de inclusão social.

Contei para eles sobre o trabalho da SENAES e que aqui no Brasil temos um Secretário Nacional de Economia Solidária, que chama-se Paul Singer e que esta secretaria está ligada diretamente o Ministro do Trabalho e à Presidência da Republica.

Contei diversos casos de sucesso do cooperativismo e como a boa vontade de algumas pessoas, mesmo com poucos recursos, consegue fazer a diferença na vida de centenas de outras pessoas.

Eles me contaram que na China é tudo muito diferente, que vão retornar mais vezes ao Brasil e querem conhecer pessoalmente o Professor Singer e entender melhor o papel da SENAES para levar a ideia para o Governo Chinês.

Eles nos conheceram através de um contato deles no Brasil, que retransmite nossos e-mails a eles. Fiquei muito feliz pois nos mostraram alguns dos informativos que receberam e fizeram diversos comentários e sugestões que com certeza nos ajudará a melhorar o nosso informativo.

Beijos,

Sandra Campos
Presidente
FETRABRAS – Federação Nacional dos Trabalhadores Cooperados
Editora Chefe - Portal e Revista EasyCOOP
Telefone: 11-3256-6009 ou 11-5093-5400
Endereço da sede da FETRABRAS/SINTRACESP
Alameda dos Jurupis, 1005 - CJ 114 - Moema
e-mail: sandra@sindicatodocooperado.org.br
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Lutas de Classes
Artigo do secretário de Economia Solidária do Ministério do Trabalho Paulo Singer

sexta-feira, 4 de abril de 2014

O desenvolvimento do semiárido potiguar e paraibano será discutido amanhã.

 Programa de Desenvolvimento Sustentável do Cariri, Seridó e Curimataú é tema de entrevista 

http://www.espacoecologiconoar.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=28063&Itemid=1

Projetos produtivosPDFImprimirE-mail
ImagePrograma de Desenvolvimento Sustentável do Cariri, Seridó e Curimataú é tema de entrevista
 
A entrevista do Programa Espaço Ecológico, neste sábado (5),  será com  Miguel Davi, engenheiro agrônomo, mestre em Sociologia e Desenvolvimento. Ele é gerente de Investimento Produtivo do PROCASE-Programa de Desenvolvimento Sustentável do Cariri, Seridó e Curimataú.

Miguel Davi vai falar sobre o que é o PROCASE, quais os tipos de projetos são apoiados e qual o público beneficiado. O engenheiro agrônomo também vai explicar  como a questão ambiental encontra-se inserida nos projetos produtivos apoiados pelo PROCASE.

Outro assunto que ele vai comentar será sobre como ocorre a relação entre a matriz energética e os investimentos produtivos já utilizados no semiárido e o impacto no bioma da Caatinga.

O Projeto de Desenvolvimento Sustentável do Cariri, Seridó e Curimataú tem por objetivo melhorar de maneira sustentável a renda agrícola e não agrícola, os ativos produtivos, as capacidades organizacionais e as práticas ambientais nas áreas rurais mais pobres da região semiárida da Paraíba.

Resultado da parceria entre o Governo do Estado e o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), o projeto beneficiará 56 municípios do semiárido paraibano, onde serão investidos US$ 49,6 milhões, aproximadamente R$ 100 milhões de reais, sendo 50% dos recursos oriundos do FIDA e 50% do Governo, para um período de seis anos.

O Procase atuará em 56 municípios localizados em cinco territórios do semiárido paraibano, os quais apresentam os piores índices de desenvolvimento econômico e social, em uma macrorregião onde a probabilidade de secas é acima de 90% .   

Image 
Com 10 anos de atividades, o Programa Espaço Ecológico continua  levando ao ar mensagens educativas, prestação de serviço, dicas ecológicas, poesias ecológicas, crônicas e entrevistas com pessoas ligadas ao meio ambiente. Clique aqui e conheça a revista comemorativa em homenagem aos 10 anos do Programa Espaço Ecológico.

 O programa Espaço Ecológico é veiculado todo sábado das 7h30 às 8h30 na rádio Tabajara FM 105.5 e pode ser escutado ao vivo. É só  clicar no ícone ao lado.

Principais notícias do programa
  • IPCC projeta cenário sobre o aquecimento global
  • Você sabe o que é Água Virtual?
  • Bioacumulação pode prejudicar a cadeia alimentar do homem
  • Brasil vive um conflito por água a cada quatro dias
  • Obras de esgotamento sanitário preparam municípios da Paraíba para receber águas do São Francisco
  • Chuvas no Sul e no Sudeste podem voltar ao normal só em 2016

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Dia do Planeta será comemorado no RN e PB.

O Dia do Planeta Terra, comemorado dia 22 de abril, é um alerta de consciência sobre os recursos finitos naturais do planeta, gerando assim um movimento para promover o ativismo ambiental e participação de todos os cidadãos.

A Ong Baobá e SOS Mangue dentre outras organizações divulgam o programa de mobilização para as comemorações do “Dia do Planeta Terra” em Natal, Nísia Floresta e Canguaretama, que acontecerão em abril. Haverá o plantio de árvores com alunos; Natal terá um novo pulmão verde em Lagoa Nova; qualidade de vida – Filhos de Campo de Santana; lançamento da Campanha “Ponta Negra: será o bairro mais arborizado do Natal” e a Largada do Desafio 3x4 – Natal | João Pessoa.

Comemoração no Bairro de Lagoa Nova
# Plantio de árvores nativas
Aonde: Av. Antônio Basílio (proximidade Hiper Bompreço)
Quando: 04/04 (Sexta-feira)
Horário: 9h
Vai rolar: com a presença dos alunos da Escola Estadual Nestor Lima e participação também dos alunos do CDF Colégio e Curso.
# Escola Estadual Nestor Lima – Um novo Pulmão Verde na Cidade
Quando: 16/04 (quarta-feira)
Horário: 10h
Vai rolar: apresentação sobre a importância da nova área que será transformada num pulmão verde para a cidade nos espaços da Escola Estadual Nestor Lima; dança com a artista plástica Eugênia Filgueira “O grito das árvores”, oficina de reciclagem com óleo comestível usado e o plantio de árvores na escola com os alunos.

Realização:
Escola Estadual Nestor Lima, Ong Baobá, SOS Mangue, Horto Pitimbu e CDF Colégio e Curso.
Contato:
Haroldo Mota (84) 9927.6555
Rogério Câmara (84)8706.0573

Comemoração em Nísia Floresta
# Qualidade de vida – Filhos de Campo de Santana
Quando: 06/04 (domingo)
Horário: 8h
Vai rolar: Curso de confecção de chocolate, alimentação alternativa, mesa redonda para discutir problemas do distrito e logo após o plantio de árvores de pau brasil.
Realização:
Grupo Ecológico de Morro Branco
Grupo Ecológico Campo de Santana
Contato: Nivaldo Calixto (84) 3234.9501

Comemoração em Ponta Negra
# Lançamento da Campanha “Ponta Negra: Será o bairro mais arborizado do Natal”
Dia: 22/04 (terça-feira) – Dia do Planeta Terra
Aonde: Ampa - Centro Comunitário
Hora: 16h
Acontece: Encontro com a comunidade para apresentação do projeto, exibição de filmes, apresentação da logomarca e o plantio de árvores.

# Blitz “Planeta Terra”
Dia 30/04 (quarta-feira)
Onde: sinal da feirinha de Ponta Negra (Av. Roberto Freire)
Horário: 7h
Vai rolar: entrega de material sobre a importância da isenção do IPI para os veículos elétricos; sobre as questões das alterações climáticas; adesivação nos carros do projeto “Ponta Negra: bairro mais arborizado do Natal” e distribuição de árvores de pau brasil.
Realização:
Ong Baobá
Associação dos Moradores Ponta Negra e Alagamar - AMPA
Horto Florestal Pitimbu
Amigos da Natureza
SOS Mangue
Conselho Comunitário de Ponta Negra
Centro de Cultura da Vila de Ponta Negra
Grupo Protagonista da Paz
Projeto Motivar
Coletivo 10 mulheres
Contato:
Haroldo Mota (84) 9927.6555, Fátima Leão (84)9984.6555, Maria das Neves (84) 8810.4079
Deth Haak (84)8722.2408, Cintia Fernanda (84)8701.7982, Débora Nascimento (84) 8820 0537  
Graça Leal (84)9407.3724, Lucimar Santos (84)9928.9994, Rogério Câmara (84)8706.0573
Nivaldo Calixto (84) 3234.9501, Francisco Iglesias (84)8865.8868, Comemoração no bairro do Tirol e na Cidade de Canguaretama, # Largada do Desafio 3x4 – Natal | João Pessoa

Dia: 26/06 (sábado)
Local: Loja Verona Veículos (Av. Prudente de Morais)
Horário: 6h30

Dia: 27/04 (domingo)
Largada da cidade de Canguaretama para João Pessoa
Vai rolar: plantio de árvores nativas na cidade
Realização:
Ong Baobá
Contato: Haroldo Mota (84)9927.6555
Suzete Rovira (84)8723.0514
Fonte:



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Postado por AssessoRN - Jornalista Bosco Araújo no AssessoRN.com em 4/03/2014 12:50:00 PM