domingo, 14 de dezembro de 2014

Como é bom viajar de avião e almoçar fora!

domingo, 7 de dezembro de 2014

A Visita ao Parque

Geraldo Pereira

          Eu estava no aeroporto, aguardando o embarque para São Paulo, de onde escrevo agora, observando a gente que comigo esperava o pássaro de aço, como se dizia outrora. Pois é, caríssimo leitor, tudo mudou! Há muitos anos atrás, estive nessa mesma estação de passageiros levando um primo meu, porque uma viagem de avião era um acontecimento na família. E lá fomos nós, seus parentes, primas e primos, tias e tios, desejar-lhe boa viagem. Lembro bem que ele vestia paletó e gravata, sendo admirado por isso, por sua elegância, por seu porte. Acho até que os parentes de Campina Grande vieram para o embarque! Pois é, dessa vez notei que havia passageiros de bermuda, mal vestidos, quase diria, rasgados e sujos.

Mas, foi uma viagem ótima, embora às 22 horas, chegando em São Paulo ai pelas 2 horas da manhã, contando o fuso horário, que muda as horas do Recife pra cá. Por aqui, temos sido muito bem tratados (eu e minha mulher), pela filha e pelo genro, mas também pelo neto Pablo, às voltas com uma nova ida à Espanha, terra na qual viu o sol pela vez primeira. Ele está ótimo, em sua fase de menino aos 5 anos de idade, preparando-se já para novo aniversário, o que lhe deixa muito feliz e muito animado. O bom é que na escola em que estuda, o Colégio Internacional Anhembi Morumbi, já se pode concluir que é para a matemática as suas inclinações maiores. É capaz de fazer contas de cabeça, me diz o pai, meu genro, comparando o filho ao irmão, que continua por lá, na chamada Península Ibérica.

A beleza dessa aprazível viagem foi a ida hoje ao Parque do Ibirapuera, cujo bosque eu pensei que conhecia, porque tinha estado há muitos anos aqui. Não conhecia! Fiquei deslumbrado com o verde que se mantém assim, malgrado os prédios do entorno e sobretudo maravilhado com o espelho d’água, no qual nadavam patinhos, gansos e cisnes da mais bela plumagem. Aquilo lá é de tal forma relaxante, que se o passante sentar naquela beira e ficar apreciando as aves e a água que se movimenta ao sabor do nado dos animais anfíbios, com toda certeza há de receber os influxos dos espíritos do bem. Uma tranquilidade! Uns andavam, caminhavam nas pistas de Cooper, outros usavam a bicicleta como meio para gastar as calorias e havia quem apenas olhasse o ambiente em volta.

Na Avenida Paulista muita gente pra lá e pra cá, passeando e andando. Um movimento saudável, especialmente porque os ares estavam na faixa do verde; isto é, a poluição recuara um pouco, deixando em paz os viventes desse mundo de meu Deus. Depois, o almoço no Restaurante Mineiro, um tutu bem dosado e mais do que abundante, alimentando gregos e troianos. Assim é bom, vale a pena almoçar fora!

 
 
(*) Um texto escrito em São Paulo, a terra da garoa, na feliz hospedagem em casa de minha filha, merecendo a delicadeza de meu genro e os afetos de meu neto. O leitor que fizer essa leitura, pudendo, comente. O autor gosta disso!

Um comentário:

  1. Meu caro acadêmico Geraldo,
    Admiro seu lirismo ao relatar os fatos do seu entorno. Sejam eles do pretérito ou do presente, como é o caso da crônica de hoje. Sabe, gosto do seu neto Pablo, como se diz popularmente, "de graça". Seu amor por ele sempre transparece nos seus escritos e me contagiou.
    Lembro da sua partida para São Paulo e o tanto que tal evento custou ao seu emocional. Escrevi por aqui algo na vã tentativa de consolá-lo.
    De resto, amigo, um conselho: cuidado com o colesterol mineiro. É de lascar o cano! Silvio A. Costa.

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