domingo, 22 de abril de 2012

Projeto Borborema: OURO no Rio Grande do Norte.


Política
Edição de domingo, 22 de abril de 2012 
Ponteio

Aluísio Lacerda
aluisiolacerda@gmail.com

Supremo poeta
Seu reinado na Suprema Corte do país será curto, mas o brasileiro leigo, aquele que acompanha as sessões do Supremo Tribunal Federal pela TV, confia no comandante do colegiado mais requisitado neste ano eleitoral de 2012. Ele chegou todo prosa, mas não "se acha". Quebrou o protocolo ao introduzir na solenidade a sua convidada especial, a cantora Daniela Mercury. Que tomada pela emoção, desafinou ao cantar o Hino Nacional, talvez com medo de esquecer a principal missão: "Não sou como camaleão que busca lençóis em plena luz do dia. Sou como pirilampo que, na mais densa noite, se anuncia. Poeta Ayres Britto", declamou Daniela. Não. Sergipano de Propriá, nascido no Baixo São Francisco, Carlos Augusto Ayres de Freitas Britto, autor de "Uma Quarta de Farinha" (Editora ZNT, Curitiba, 1998) e de "Ópera do Silêncio" (Editora Fórum, BH, 2005), não é apenas um poeta. É um animal político por excelência. E marqueteiro dos bons. Tenho dúvidas se o Supremo Tribunal Federal vai precisar disparar ações de marketing, mas estebissexto 2012 sinaliza tempos perigosos e talvez o eminente magistrado necessite convocar o poeta para ir mais além e "controlar os controladores". Tem carisma e é intelectualmente sadio (não arrogante). E tem mídia espontânea: "A liberdade de expressão é a maior expressão da liberdade", defende. Guardem seu discurso de posse.


Foto: Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press
Rádios "piratas"
A fiscalização das chamadas rádios "piratas" aumenta na mesma proporção que se aproxima o início do pleito. Somente nesta semana, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) multou pessoas jurídicas (fundações e associações comunitárias) não outorgadas para executar o serviço de radiodifusão nas cidades de Macaíba, Doutor Severiano e Tenente Ananias. Para muitos candidatos esses veículos são invisíveis.

O ouro do Seridó
Descoberta em 1950, a Mina Borborema, 15 quilômetros a partir da descida da Serra do Doutor em direção ao município de Currais Novos, está sendo reativada. Com o preço da onça a 1,7 mil dólares, a exploração daquela jazida tornou-se viável. Amanhã, em solenidade no auditório da Governadoria, os diretores da Cascar Brasil Mineração farão a apresentação do novo Projeto Borborema. Sondagens de maior profundidade teriam apontado para uma capacidade de produção de até cinco toneladas de ouro. O Projeto Borborema vai provocar intervenções inclusive no traçado da BR-226, com os custos de adequação da rodovia federal assumidos pelos proprietários. Os investimentos nos próximos três anos estão estimados em R$ 1,5 bilhão, dos quais cerca de 35% somente na mina. Estima-se a geração de 320 empregos diretos e 1.500 indiretos. A outra novidade é a instalação do canteiro de obras de uma fábrica de cimento às margens da BR-226, também em Currais Novos, na saída para o município de São Vicente.

Outra "lavanderia"
O Ministério Público Federal instaurou mais um inquérito civil público para apurar possíveis irregularidades no âmbito do Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte. Sem licitação, o IPEM/RN contratou o Auto Jato Pitimbu Service para efetuar os serviços de lavagem de carros daquela autarquia. No mesmo Diário Oficial da União da última sexta-feira, o Ministério Público Federal comunica a instauração de inquérito para apurar o uso de verba do IPEM em benefício de um revendedor de combustíveis.

Proteção às vítimas
O Centro de Estudos, Pesquisa e Ação Cidadã, uma ONG mais conhecida pela sigla CEPAC, está firmando convênio com o Governo do Estado. A minuta do convênio foi encaminhada esta semana ao Conselho de Desenvolvimento e prevê recursos da ordem de R$ 558 mil para operacionalizar o "Programa de Proteção às Vítimas, Testemunhas e Familiares das Vítimas no Estado do Rio Grande do Norte". 


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