segunda-feira, 30 de julho de 2012

O negócio agora é criar peixes.

Piscicultura recebe investimentos de R$ 500 mil do Empreender-PB

Fonte: SECOM/PB.
Segunda-feira, 30 de julho de 2012 - 11h46
O projeto de piscicultura, apoiado pelo Empreender Paraíba, recebeu investimentos de mais de 500 mil reais. No domingo (29), o governador Ricardo Coutinho visitou a comunidade Lagoa do Matias, na cidade de Bananeiras, no Brejo Paraibano, e destacou o projeto.
Na cidade, a Associação dos Piscicultores de Bananeiras (Aspib) foi a beneficiada. Na Região do Brejo, outras comunidades adotaram a piscicultura como principal fonte de renda. O presidente da Aspib, Janduy Morais Barbosa, que também é incentivador da atividade na região, informou que a meta da associação é atingir a produção de 600 toneladas de tilápia por ano.
Na avaliação do governador, o projeto de piscicultura de Bananeiras é um dos empreendimentos apoiados pelo Empreender-PB mais bem sucedidos do Estado. Ele estima que quando os 600 mil quilos de pescado forem multiplicados por R$ 6,00 (preço do quilo do peixe), os criadores vão movimentar uma receita de R$3,6 milhões, o que representa crescimento na economia paraibana e mudança de qualidade de vida dos piscicultores. O governador destacou ainda outros investimentos na Região.
Além da piscicultura, o beneficiamento da banana está sendo efetivado com o apoio do Empreender Paraíba e ainda existe o projeto Mandala, implementado na Região. “As boas iniciativas, sejam na mineração, na piscicultura ou no comércio, têm o Empreender-PB à frente. Nosso intuito é gerar renda, qualidade de vida, fazer com que os pequenos empreendimentos possam se transformar em médios e grandes. O Brejo tem potencial para se tornar o principal pólo de piscicultura da Paraíba”, avalia o governador.
Produção – De acordo com o presidente da Aspib, os peixes são vendidos principalmente nas cidades que compõem a Região do Brejo e em estados vizinhos, a exemplo de Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Janduy disse ainda que o programa Empreender veio em boa hora, pois estimulou as famílias envolvidas na piscicultura e começou a mudar realidades na região de Bananeiras. “O apoio do Empreender foi de grande importância para todos nós, o impulso foi fundamental. Esse projeto veio para melhorar e mudar nossas vidas”, comemora Janduy.
O piscicultor João Alves da Silva Filho, que tem quatro viveiros de tilápia em sua propriedade, está feliz com o novo negócio. “Antes do Empreender eu tentava criar, mas não tinha ração, nem acompanhamento e os peixes morriam. Com apoio do Empreender minha vida melhorou muito; consegui incentivo para uma criação de 1.500 peixes em cada tanque. Imagine o que é isso para quem não tinha nada”, comemora o piscicultor.
O projeto é acompanhado por técnicos do Empreender-PB e por outros parceiros a exemplo da Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap) e UFPB (curso de Zootecnia). A cada dois meses, os técnicos visitam os piscicultores para pesagem e instruções.
Parcerias – A prefeita de Bananeiras, Martha Ramalho, afirmou que a parceria com o Governo do Estado foi importante para o crescimento da atividade na Região. “É um estímulo para que os piscicultores possam crescer. Muitas pessoas estão envolvidas nesse projeto que está gerando renda e emprego para o município”, destaca a prefeita.
O piscicultor e agricultor José Everaldo Cunha de Azevedo é pioneiro na piscicultura na comunidade Lagoa do Matias e um dos beneficiados com os recursos do Empreender -PB. Ele produz 120 toneladas de peixes por ano. Tilápia, curimatã, tambaqui, carpa e pirarucu.
De acordo com o gestor de negócios do Empreender-PB, Tadeu Vinícius, o objetivo do programa é elevar a produtividade; aumentar a oferta de emprego nas comunidades rurais e estimular o emprego de jovens e mulheres nos projetos e negócios rurais.
Por se tratar de um projeto de desenvolvimento de capital social, as associações, a Prefeitura de Bananeiras e o Governo do Estado (Empreender-PB), formam uma sociedade de pessoas jurídicas com o intuito de trabalharem juntos. Na sociedade, a Prefeitura é parceira do programa, o Empreender Paraíba gestor do projeto, podendo interferir para propor melhorias. Na sequência, o Empreender deixa a gestão do negócio visando o empoderamento dos membros das associações para que se tornem independentes.
Ainda de acordo com o gestor, a estratégia do Empreender-PB é gerar impacto na estrutura social das comunidades inseridas no projeto, atraindo empreendedores com novos ideais a se juntarem em associações e assim construir oportunidades de geração de emprego e renda na zona rural. Ainda em Bananeiras, o governador visitou outros projetos apoiados pelo Empreender-PB, a exemplo da bananicultura e Mandala.

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Notas: Enquanto isso,a estrada  que liga Belém a Passa e Fica no Rio Grande do Norte parece uma tábua de pirulitos e/ou superfície da Lua, tal a perigosa quantidade de crateras. Vamos colocar asfalto nela, Sr. Governador!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Desfeito o mistério do sequestro de Popó Porcino.


Blog de Eliama Lima/TN

Natal, 24 de Julho de 2012 | Atualizado às 17:55

Crianças também ficavam na casa que servia de cativeiro para Popó Porcino

Publicação: 24 de Julho de 2012 às 16:32

Os moradores de Pitangui não desconfiavam que a casa onde a polícia encontrou o filho do empresário Porcino Júnior, Porcino Segundo, servia como cativeiro. Assustados com a ação da Polícia Civil e do serviço de inteligência da Sesed nesta terça-feira (24), os nativos da praia disseram que tudo indicava que a casa era de uma família normal.
Casa possui terreno amplo e fica na principal avenida de Pitangui
Segundo relatos de pessoas que preferiram manter a identidade sob sigilo, era comum que várias crianças estivessem brincando no local. Ainda de acordo com informações dos populares, no sábado (21) houve um churrasco na residência, onde até uma piscina de plástico foi utilizada para entretar as crianças que brincavam na residência.

"Nunca vimos nada de estranho. Quem nós mais notávamos era uma mulher loira alta, bonita, que tinha uma tatuagem nas costas. Ela costumava ir ao mercado para comprar coisas do dia a dia e, no domingo passado, comprou lagosta para um almoço", disse um dos moradores.

O sequestro de Popó Porcino ocorreu no dia 17 de junho e o jovem de 19 anos só foi libertado hoje. A informação inicial é que cinco pessoas foram presas, mas que a quadrilha teria nove pessoas, sendo sete homens e duas mulheres.

Família de Porcino Segundo publica agradecimento

Publicado em 2012
Natal, em 24 de julho de 2012.
Foram 37 dias de muito sofrimento e tristeza para todos nós. Cada dia se tornava mais longo que o outro, pela angústia da espera, além da incerteza de reencontrar o nosso querido Popó. Durante todo esse tempo recebemos muitas manifestações dos amigos e de um grande número de pessoas, que nos trouxeram conforto e ânimo, nos momentos mais difíceis. Temos muito a agradecer, por tudo e a todos.
Agradecer, primeiramente, a Deus pelos ensinamentos e pelas bênçãos recebidas. A nossa fé foi testada e o aprendizado de todo esse sofrimento não foi em vão. Agradecer a tantas pessoas generosos e de espírito fraterno que com o seu apoio aliviaram nossa dor, fortalecendo a esperança, sempre presente no meu coração de mãe. Das manifestações recebidas, muitas vieram de pessoas que nem conhecemos, mas mesmo anônimas e distantes fisicamente, elas se transformaram em novos amigos, fazendo parte da grande rede de solidariedade, construída espontaneamente para nos ajudar.
Por tudo isso, nossa mais sincera gratidão aos amigos conhecidos e a todos aqueles que se fizeram amigos nas correntes de orações, na web, através das redes sociais, nos pequenos e grandes gestos e, até mesmo no silêncio, em respeito a nossa dor. Para retribuir tanto carinho e generosidade, pedimos a Deus muitas bênçãos para todos que compartilharam conosco desta provação. Nosso eterno agradecimento, a cada um
Porcino Junior e Monalisa Sales, em nome de toda a família de Popó.
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24 de julho de 2012 às 17:31

Os sequestradores de Porcino Segundo

Publicado em Polícia
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24 de julho de 2012 às 16:19

PMs prendem homens com armas em Areia Preta

Publicado em Polícia

Ação da PM – Foto-flagra: Zangãoflash
A polícia está com tudo e não está prosa, hoje (24), nas terras potiguares mais seguros.
Por trás da Igreja Nossa Senhora de Lourdes, na Travessa Aprígio Alves, em Areia Preta, capital dos magos-militares, policiais  interceptaram um carro suspeito e fizeram o baculejo.
Resultado: encontraram armas e drogas
Os ocupantes foram presos.

Primeiro, como mandam os procedimentos, todos no chão
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24 de julho de 2012 às 15:42

Estão prometendo asfaltar estrada para Jandaia.

Correm rumores de que os serviços de topografia entre a Chã do Lindolfo/Cidade Alta ao povoado de Entroncamento, antes da barragem Jandaia, são as primeiras providências para o seu asfaltamento. Serão cerca de 5 quilometros de asfalto. O trecho teve "piquetamento" iniciado na semana passada, mas moradores daquela zona rural de Bananeiras afirmam que várias vêzes esses serviços foram simulados, mas o asfalto nunca chegou. No entanto, correm informações não oficiais de que os serviços serão custeados pela Indústria de Creâmica Elizabeth, com sede em João Pessoa, cujo dono-fundador faleceu em 2011,  Prefeitura de Bananeiras e Governo do Estado da Paraíba. Eu tenho dúvidas, pois ninguém fala em licitação pública envolvendo dois elementos públicos (Governo da Paraíba e Prefeitura local) e uma empresa privada. Uma moradora disse ao repórter: "Menino, eu já estou acostumada com isso. Só acredito vendo". Dizem que a Elizabeth vai importar barro das proximidades da Chã do Lindolfo. Torçamos que tudo se concretize em prol da melhoria da infra-estrutura de Bananeiras.

Condomínio tem academia de ginástica a partir de sábado, dia 28.

Os condôminos do "Àguas da Serra" receberam imeios sobre a academia de ginástica que funcionará a partir do próximo sábado, 28, exclusivamente os associados e seus dependentes (cônjuges e filhos). Convidados dos condôminos não terão acessos à academia. A mensagem não se refere a taxa. Portanto, será grátis. A conferir. Abaixo, o texto do imeio enviado pelo síndico Marcos Vinícius:

Senhor  Condômino, bom dia.

    O síndico na pessoa do Senhor Marcos Vinícius Mesquita Beltrão, vêm por meio deste informar aos Senhores Condôminos que a Academia Águas da Serra está em funcionamento, todos os dias, nos três horários: MANHÃ: das 06:00 às 09:00; TARDE: das 15:00 às 17:00; NOITE: das 18:00 às 21:00. A Academia Águas da Serra é de uso exclusivo dos Condôminos e seus dependentes diretos, sendo estes cônjuges e filhos, não sendo permitida a utilização por parentes indiretos ou visitantes.
    O síndico informa ainda que para aqueles que não tenham Personal Trainer, o Professor de Educação Física João Elísio da Rocha Neto, inscrito sob o CREF Nº 1421-PB/RN, estará na Academia quinzenalmente para que seja feita avaliação física e montagem de cronograma de exercícios físicos exclusivos para cada Condômino de acordo com o objetivo pessoal de cada um, a primeira avaliação física será feita neste sábado, dia 28/07/2012, a partir das 08:00 da manhã. Aguardamos sua presença.


Atenciosamente;


Tacilene Victor
Assistente Administrativa

quarta-feira, 18 de julho de 2012

BNB patrocina "Rota Cultural Caminhos do Frio" na Paraíba

De 16 de julho até 02 de setembro, seis cidades da região serrana da Paraíba promovem a “Rota Cultural Caminhos do Frio”. Areia, Bananeiras, Serraria, Pilões, Alagoa Nova e Alagoa Grande movimentam a cultura e o turismo paraibano oferecendo aos turistas apresentações culturais, festivais gastronômicos, oficinas das artes, atividades de ecoturismo e esportivas, feira de artesanato, exposições culturais, dentre outros.
Um dos diferenciais do roteiro é o clima frio, já que o inverno na Paraíba tem início em junho e se prolonga até setembro. Em julho, a temperatura na região do Brejo fica em torno de 12° graus, um fenômeno atípico no Nordeste. Outro fator positivo é a sua localização estratégica, próxima de duas principais cidades-pólos: João Pessoa e Campina Grande. Este projeto, já está na sétima edição e pretende reunir 30 mil turistas.
A rota cultural Caminhos do Frio é uma realização Fórum do Turismo Sustentável do Brejo, entidade que atua na promoção do turismo na região. O projeto tem parceria do Sebrae Paraíba, apoio do Governo do Estado,
Banco do Nordeste e das prefeituras dos municípios que fazem parte da ação. [Fonte]
Luciano Sá
Assessor de Imprensa Banco do Nordeste
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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Cemitério de NY guarda história de judeus do Brasil

Descendentes de famílias expulsas de Pernambuco por Portugal em 1654 se tornaram figuras proeminentes na sociedade americana

 
Estadão/SP - 14 de julho de 2012 | 17h 21

Gustavo Chacra, Correspondente, NOVA YORK
Entre prédios com tinta descascada no bairro de Chinatown em Manhattan, o cemitério dos judeus originários do Recife e seus primeiros descendentes é um dos mais bem guardados segredos de Nova York. Poucos conhecem pessoalmente as tumbas das primeiras famílias judias que viveram na metrópole com a segunda maior população judaica do mundo, depois de Tel Aviv. Muito menos sabem que elas vieram do Brasil.
Em Chinatown. Cemitério com os túmulos dos 23 judeus e seus primeiros descendentes é pouco conhecido - Gustavo Chacra/AE
Gustavo Chacra/AE
Em Chinatown. Cemitério com os túmulos dos 23 judeus e seus primeiros descendentes é pouco conhecido

Apesar do desgaste de séculos de chuva, sol e neve, ainda dá para ler em algumas tumbas sobrenomes como Fonseca, Seixas, Gomes, Nunes, Cardozo, Castro e Bueno de Mesquita. Todos judeus portugueses ou espanhóis, com passado ligado ao tempo de domínio dos holandeses no Recife, onde a primeira congregação judaica das Américas foi construída.

Em 1654, Portugal retomou o controle de Pernambuco, que estava nas mãos dos holandeses da Companhia das Índias. Era o fim de uma era de liberdade para os judeus nas terras brasileiras. Eles mais uma vez eram expulsos pela coroa portuguesa. Antes, durante a Inquisição, haviam sido obrigados a deixar Portugal e rumar para a protestante Holanda, onde não eram alvo de perseguição.

Piratas. Com a expulsão do Recife, alguns milhares de judeus seguiram para a Holanda em 17 barcos. Uma dessas embarcações se perdeu e foi atacada por piratas espanhóis.

“Resgatados por um navio francês, foram levados para Nova Amsterdã, hoje conhecida como Nova York. Eram 23 pessoas, em sua maioria mulheres e crianças”, afirma Zacharia Edinger, o shamash (diretor de ritual) da gigantesca sinagoga Hispano-Portuguesa, denominada Shearit Israel. Localizada diante do Central Park, é a herdeira da primeira congregação judaica de Nova York. Atualmente, são eles que possuem as chaves do cemitério em Chinatown, abrindo-o em raras ocasiões, como nesta visita do Estado.

Os descendentes desses judeus portugueses se transformaram em figuras proeminentes na sociedade americana. Um deles, Benjamin Cardozo, já falecido, alcançou o posto de juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos. Outro, Bruce Bueno de Mesquita, professor da Universidade de Nova York, é o mais destacado especialista de teoria dos jogos aplicada à ciência política.

Antes mesmo de entrar no cemitério, em um movimentado cruzamento, há uma placa, em inglês, com os dizeres “O Primeiro Cemitério da sinagoga Hispano-Portuguesa, Shearit Israel, na Cidade de Nova York”.

O tamanho do terreno é pouco maior do que o de duas quadras de tênis. Parte acabou sendo destruída quando uma rua foi construída décadas atrás. Ao redor, famílias chinesas observam muitas vezes sem entender o que existe de especial nesse cemitério unindo as histórias de Brasil, EUA, Portugal, Holanda e da diáspora judaica.

Inscrições. Algumas tumbas possuem inscrições em português, inglês e hebraico. Há palavras como “Faleceu” e “Aqui Jaz”. Uma delas tem o nome de Gershom Mendes Seixas, um dos rabinos mais importantes da história dos Estados Unidos e com um sobrenome que não esconde suas origens portuguesas. Ele era descendente dos judeus que vieram do Recife e foi líder da congregação na época da Revolução Americana.

“Visitar o cemitério foi como viajar no tempo. Ver sobrenomes portugueses no cemitério retrata uma face interessante de Portugal e do Brasil, mostrando que o elemento judaico é integrante do tecido social brasileiro e português, com nomes completamente portugueses”, afirma o executivo Sergio Suchodolsky, que visitou o cemitério com o Estado.

O israelense Efrahim Gil afirmou que esperava desde 1966 para ir ao local nesta inédita visita.

O rabino brasileiro Mendy Weitman, do Jewish Latin Center, em Manhattan, disse ser “uma honra entrar no cemitério e ver como 23 judeus vindos do Brasil conseguiram construir a maior comunidade judaica fora de Israel, em Nova York” - seu pai, o rabino David Weitman, da Congregação Beit Yaacov, em Higienópolis, região central, escreveu o livro Bandeirantes Espirituais, justamente sobre os judeus do Recife.




Na sinagoga diante do Central Park, nomes em português


Os judeus do Recife mantiveram como herança nomes e influências portuguesas. Embora a maioria da Congregação Hispano-Portuguesa não descenda dos pioneiros que vieram de Pernambuco a Nova York, ritos da sinagoga diante do Central Park ainda usam expressões em português.

As cadeiras do presidente e vice da congregação são “bancos”. Quem carrega a Torah é o “levantador”. O coral ainda executa cânticos em português arcaico. “As diferenças entre os diferentes grupos de judeus pelo mundo não têm a ver com questões teológicas, mas históricas e de costumes, como algumas orações e rituais específicos; com roupas, comidas e inclusive línguas diferentes, apesar de o hebraico ser o idioma base dos ortodoxos. Os judeus portugueses tiveram uma forte influência da cultura católica portuguesa, que foi perpetuada em Amsterdã e Hamburgo”, afirma o professor da Unifesp Bruno Feitler.

Segundo Daniel Breda, do Arquivo Histórico Judaico no Recife, cristãos-novos portugueses adotaram nomes portugueses.

Feitler acrescenta que “alguns dos convertidos espanhóis adotaram sobrenomes específicos, como Santa Fé, mas a maioria dos convertidos simplesmente tomou sobrenomes comuns ou de padrinhos. Há casos de inquisidores julgando judeus que tinham o mesmo sobrenome que eles! A ideia de que sobrenomes portugueses baseados em nome de árvore ou animal têm origem judaica é mito infundado”. / G.C.N






domingo, 15 de julho de 2012

Temos mais bactérias 10 vezes mais do células humanas.




O uso de antibióticos e suas conseqüências.


Texto de Paulo Tarciíio Neto. 

Causou grande polêmica a decisão do Ministério da Saúde em proibir a venda livre de antibióticos nas farmácias. Dando a “César o que é de César”, deve-se reconhecer a vitória do governo federal tanto contra a indústria farmacêutica, que certamente teve seus lucros muito reduzidos com a medida, contra o vício de nossa população de automedicar-se indiscriminadamente.

O estopim para a mudança, lembremos, foi o surgimento de uma cepa de bactérias do gênero Klebisiella sp. com grande resistência aos antibióticos correntes. Mas por que não podemos tomar livremente antibióticos? Essa é a pergunta que será respondida nesse curto artigo.

As bactérias não são más: quando controladas com “rédea curta” são nossas grandes aliadas. Elas habitam nosso corpo, em verdade, numa proporção fantástica: existem 10 vezes mais bactérias do que células humanas no corpo humano. Assustador, não? O que permite que elas permaneçam “sob controle” é nosso sistema de defesa, um potente exército com diversos mecanismos de contenção desses pequenos seres que, assim controlados, nos fazem um grande bem.

O problema do uso equivocado de antibióticos, seja em subdoses, seja por um tempo mais curto que o determinado pelo médico é que quando uma bactéria não é morta pela medicação ela pode aprender a combatê-la e tornar-se resistente a ela, de modo que se sinto uma dor de garganta, vou na farmácia e tomo dois comprimidos de amoxicilia (dose que não serve para nada), a única coisa que faço é ensinar àquelas bactérias que moram no meu corpo a “destruir” a amoxicilia. Deste modo, quando eu realmente precisar desse antibiótico, pode acontecer de ele ser ineficaz contra minha infecção.

O mesmo efeito ocorre quando meu médico me orienta a tomar a medicação por 7 dias, mas, como eu já “me sinto melhor” no 3º, suspendo seu uso. Ai, aquele inimigo que parecia “morto” na verdade só estava moribundo e na próxima infecção que ele aparecer, possivelmente será ainda mais forte do que antes.

Ouve-se por ai que ainda existem farmácias que vendem antibióticos sem receita. Para o seu bem e o bem daqueles que lhe cercam, não os compre, não os utilize sem a orientação de seu médico. Do mesmo modo, nenhum médico quer que o paciente sofra tomando doses desnecessárias de antibióticos e se ele disse que é pra tomar 3 vezes ao dia por 10 dias, confie no seu médico. Ele certamente sabe o que faz.

Paulo Tarcisio Neto é doutorando em medicina.

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Postado por AssessoRN - Jornalista Bosco Araújo no AssessoRN em 7/15/2012 08:28:00 AM

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Cientistas detectam mal de Alzheimer antes dos sintomas aparecerem

  • SPL
    Pacientes com tendência a Alzheimer possuíam níveis anormais de uma proteína no cérebro. Pacientes com tendência a Alzheimer possuíam níveis anormais de uma proteína no cérebro.
Um grupo de cientistas americanos desenvolveu uma técnica para detectar sinais do mal de Alzheimer 25 anos antes da doença apresentar seus primeiros sintomas.
A pesquisa é a porta de entrada para novos tipos de tratamentos precoces que podem se tornar a melhor chance da medicina para combater a enfermidade.
Os cientistas, da Escola de Medicina da Universidade de Washington, selecionaram para o estudo pacientes britânicos, americanos e australianos que possuem risco genético para desenvolver a doença.
Dos 128 pacientes examinados, 50% têm chances de herdar uma das três mutações genéticas conhecidas pela ciência que provocam o mal de Alzheimer.

Amor entre idosos na luta contra o Alzheimer

Foto 12 de 12 - Após a partida de Mónica, Marcos enfrenta provavelmente o momento mais duro de sua vida. Não somente pela solidão e a saudade da esposa, mas pelo desafio de, aos 89 anos, ter de dar início a uma reconstrução Mais Alejandro Kirchuk
O grupo também tem chance aumentada de começar a sofrer da doença a partir dos 30 ou 40 anos - muito mais cedo que a maioria dos pacientes de Alzheimer, que desenvolvem o mal na casa dos 60 anos.

MÉDICO ENSINA COMO IDENTIFICAR

Os pesquisadores analisaram os pais dos pacientes para descobrir com que idades eles haviam desenvolvido a doença. A partir disso começaram a tentar avaliar quanto tempo antes disso era possível detectar os primeiros sinais da enfermidade.
Foram realizados exames de sangue, de líquor (fluído espinhal), de imagens do cérebro e também avaliações de habilidades mentais nos pacientes.
Os pesquisadores descobriram, então, que era possível detectar pequenas mudanças no cérebro de quem possuía alguma das mutações que no futuro levarão ao surgimento do Alzheimer.
Por volta de 15 anos antes do aparecimento da doença, pacientes já apresentavam níveis anormais de uma proteína de células que podem ser encontradas no fluído espinhal.

Veja dicas de especialista para prevenir o alzheimer

Foto 11 de 11 - Tome café com moderação - doses moderadas de cafeína também podem proteger o cérebro do declínio cognitivo, segundo o neurocientista Gary Small Mais Shutterstock
Além disso, imagens do cérebro revelaram encolhimento em algumas regiões do cérebro desses pacientes.
Dez anos antes dos primeiros sintomas foram detectados problemas de memória e um processamento anormal da glicose no cérebro dos estudados.
Em pacientes que não possuiam as mutações, não foram detectadas alterações nesses marcadores.
Os resultados da pesquisa foram publicados no New England Journal of Medicine.
"Essa importante pesquisa mostra que mudanças-chaves no cérebro, relacionadas à transmissão genética da doença acontecem décadas antes do aparecimento dos sintomas. Isso pode gerar grandes implicações para o diagnóstico e o tratamento no futuro", afirmou Clive Ballard, diretor de pesquisa da Sociedade de Alzheimer.
"Os resultados de pacientes com Alzheimer herdado por fatores genéticos parecem similares às mudanças provocadas em casos não-genéticos, na forma comum da doença", disse Eric Karran, diretor de pesquisa da Sociedade Britânica do Alzheimer.
"É provável que qualquer novo tratamento para Alzheimer deverá ser começado mais cedo para ter a melhor chance de sucesso".
"A habilidade para detectar os primeiros estágios da doença de Alzheimer não só permite que as pessoas planejem e tenham acesso aos cuidados e tratamentos existentes mais cedo, mas também permitirá que novas drogas sejam testadas nas pessoas certas, na hora certa".

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Caminhos do Frio da Paraíba.



09 de julho de 2012 às 15:47

Rota Cultural Caminhos do Frio, no Brejo paraibano, começa na próxima semana

Parece a Estação Papary, em Nísia Floresta, onde funciona o restaurante Marinas Camarões. Mas é a estação ferroviária de Bananeiras, onde haverá festival gastronômico em meio ao projeto cultural Caminhos do Frio
As cidades de Areia, Bananeiras, Serraria, Pilões, Alagoa Nova e Alagoa Grande, que integram a região serrana do Brejo paraibano, promovem mais uma edição da Rota Cultural Caminhos do Frio.
De 16 de julho a 26 de agosto estão previstos apresentações culturais, festivais gastronômicos, oficinas de artes, atividades de ecoturismo e feira de artesanato, entre outras atrações.
A expectativa, segundo os organizadores do evento, é de que cerca de 30 mil turistas devem participar das atividades do projeto, que chega este ano a sua sétima edição.
Um dos diferenciais do roteiro é o clima frio, já que o inverno na serra paraibana tem temperaturas em torno de 12° graus, algo atípico no Nordeste.
Outro fator positivo é a localização estratégica do Brejo, próximo a Campina Grande, João Pessoa e Natal.
O projeto começará em Areia, com a programação “Areia: Frio, Cachaça e Arte”, de 16 a 22 de julho. A abertura terá apresentação da Filarmônica Abdón Milanez, no Adro do Solar José Rufino.
Já o município de Bananeiras, muito conhecido pelos norte-rio-grandenses, alguns dos quais investiram em casas e chalés em condomínios de segunda residência, fará sua programação de 23 a 29 de julho. Haverá festival gastronômico, competições em trilhas ecológicas e até apresentação da Orquestra Sanfônica.
Entre os dias 6 e 12 de agosto a rota cultural será realizada em duas cidades: Serraria (Natureza, Seresta e Engenhos) e Pilões (Festa das Flores, Banana e Artes).
Em Alagoa Nova, as atividades só terão inicio no dia 13 de agosto e seguem até o dia 19 de agosto, com a Festa da Civilização do Açúcar. Na abertura, no Teatro Municipal, a partir das 19h, será realizado um Tributo aos 100 anos do Rei do Baião.
Os Caminhos do Frio serão encerrados com a rota cultural de Alagoa Grande, com a programação do Festival de Artes Populares Jackson do Padeiro, entre os dias 20 e 26 de agosto.
Fonte: blog do meu colega Antonio Roberto - E-Turismo.

sábado, 7 de julho de 2012

Ex-governador será sepultado em Campina Grande.

Corpo de Ronaldo segue em cortejo para Campina Grande

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Sábado, 07 de julho de 2012 - 19h23
Uma multidão acompanhou com aplausos a saída do corpo do ex-governador Ronaldo Cunha Lima, do Palácio da Redenção, às 18h15, com destino ao Parque do Povo, em Campina Grande. Familiares, populares e autoridades seguiram em cortejo fúnebre pela Avenida Cruz das Armas em direção à BR-230.
Em Campina Grande o corpo de Ronaldo Cunha Lima será velado na Pirâmide do Parque do Povo, onde uma multidão aguarda a chegada dos funerais. O Parque é uma das obras mais simbólicas do então prefeito Ronaldo Cunha Lima, consolidando o que hoje é conhecido no Brasil e no exterior como o “Maior São João do Mundo”.
Ronaldo, que lutava contra um câncer no pulmão diagnosticado ainda em meados de 2011, teve nos últimos dias um agravamento de seu quadro clínico. Ele faleceu na manhã deste sábado (7), rodeado pelos familiares, em seu apartamento no bairro de Tambaú, onde estava montada uma UTI para assisti-lo.
Após a confirmação pela família da morte do poeta, o governador Ricardo Coutinho decretou luto oficial de três dias no Estado, dando início aos rituais oficiais fúnebres com honras de chefe de Estado.
O corpo do poeta foi velado no hall principal do Palácio da Redenção desde às 14h. Familiares, autoridades e o povo deram o último adeus ao ex-governador, ex-senador, ex-deputado federal, ex-deputado estadual, ex-prefeito e ex-vereador. O sepultamento de Ronaldo Cunha Lima será neste domingo (8), às 16h, no cemitério Monte Santo, em Campina.
Fonte: Secom- Governo da Paraíba.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Tribuna do Norte.

Administração Penitenciária da Paraíba divulga nomes dos presos transferidos para Mossoró

Publicação: 05 de Julho de 2012 às 07:39

A Secretaria de Administração Penitenciária divulgou na tarde desta quarta-feira (4), a lista oficial dos dez presidiários paraibanos que foram transferidos na manhã desta quinta-feira (4) para a Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Segundo o gerente do sistema penitenciário, o tenente-coronel Arnaldo Sobrinho, a relocação dos presos - considerados de alta periculosidade - foi uma medida preventiva para evitar o confronto entre facções rivais no Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Romeu Gonçalves de Abrantes em João Pessoa, PB1 e PB2.

A operação de transferência, que foi batizada de Perseu II, será comandada pelo Sistema de Administração Penitenciária e feita via terrestre com o apoio da Polícia Militar e Rodoviária Federal. Um helicóptero foi utilizado no esquema de segurança. Os presos são:

Flávio de Lima Monteiro, conhecido por "Fatoca" - Responde a processos por tráfico em João Pessoa

Helder Guimarães Ramos - Responde a processos por tráfico e roubo em João Pessoa, Cabedelo e Pombal

Francinaldo Barbosa de Oliveira, conhecido por "Vaqueirinho" - Responde a processos por tráfico em João Pessoa

Gilson Marques Mendes Madureira, o "Gilson Beira mar" - Responde a processos por tráfico em Campina Grande e processo na Operação Hidra em Patos

Jarbas Jácome de Oliveira, conhecido por "Jarbas Jaburu" ou "Jarbas do Jogo"; Obs: Já custodiado no Acre - Responde a processos por tráfico por roubo e homicídios em diversos Estados. Integrava a quadrilha de José Valdetário Benevides

Marcos Vinicius Padilha, o "Marcos Padilha" - Responde a processos por tráfico, homicídio e roubo em João Pessoa

Osmano Canuto de Araujo, o "Cavanhaque" - Responde a processos por tráfico em João Pessoa e sucessor da "Okaida" e braço direito de Pinino e Fão

Ronaldo Adriano da Silva Soares, o "He-Man" - Responde a processos por tráfico e homicídio em João Pessoa e Santa Rita

Robson Machado de Lima, conhecido por "Rô" ou "Psicopata" - Responde a processos por tráfico e homicídios em João Pessoa

Severino José Leite, o "Coroa Boy" - Responde a processos por tráfico em João Pessoa
Fonte: Blogue de Sidney Silva.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

A guerrilha de Catolé do Rocha, na visão do militante Ubiratan.


CATOLÉ DO ROCHA

23 de Outubro de 2009 Humberto Vital
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Tivemos no final dos anos sessenta as décadas mais férteis no tocante ao desempenho intelectual dos povos do chamado terceiro mundo, como também o desempenho revolucionário transformador que mudou por completo a mentalidade, visão crítica e corrupção social dos povos da América Latina, Ásia e África, forçando e criando condições subjetivas para a formação de uma sociedade mais justa e mais humanitária.
Toda juventude mundial se empenhou, lutou e se martirizou na busca da liberdade. Era a época das ditaduras que subjugavam os povos apoiados pelo imperialismo americano, cuja ação principal se materializava no sudeste asiático com a Guerra do Vietnã, um dos maiores crimes de guerra cometidos pelos americanos depois das bombas atômicas lançadas contra Hiroxima e Nagasaki.
Todos os movimentos de libertação política se direcionavam em, através dos exércitos populares de libertação, quebrar estes grilhões que sufocavam estes povos, tanto socialmente, economicamente e politicamente. Foram décadas de intensa movimentação cultural em que todas as áreas progressistas de cada povo eram direcionadas em adquirir conhecimento como forma de superar as imensas diferenças que separavam os países ricos e exploradores dos países pobres, como também mudar em definitivo as relações de trabalho que existem até hoje nas formas de produção, a exploração do homem pelo homem.
Da mesma forma como historicamente o feudalismo substitui o escravagismo, o socialismo através da força das revoluções populares onde temos e tivemos como referência a Revolução Cubana aqui na nuestra América cujo objetivo era libertar os povos do domínio americano e ao mesmo tempo eliminar para sempre a exploração do homem pelo homem, onde as riquezas de cada nação são concentradas nas mãos de poucos, tornando impossível que as camadas mais baixas da sociedade possam usufruir destas riquezas, gerando assim as desigualdades sociais existentes como: pobreza extrema, mortalidade infantil, violência cada vez mais exarcebada ao ponto de comprometer o futuro da juventude e o desenvolvimento de cada país.
Devemos ampliar as fontes de informações históricas sobre uma fase da vida política brasileira – os anos 60 – cujo dinamismo cultural e efervescência política tiveram repercussões profundas na mudança de comportamento até mesmo numa pequena cidade do interior paraibano: Catolé do Rocha.
Todos aqueles que vivenciaram a experiência tumultuada dos anos 60 contribuíram enormemente para a redemocratização do nosso país. Naquela época éramos felizes e sabíamos que éramos felizes. Mesmo assim, no processo da luta, muitos de nossos tombaram assassinados pelos órgãos da repressão.
No pó destes lutadores por um ideal comum estávamos nós, estudantes catoleenses organizados para a luta popular de resistência armada, inicialmente na trincheira do PCB* na ‘’Juventude Comunista’’, PCBR – Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, e logo depois já na prisão ingressamos na ALN, Aliança Libertadora Nacional.
Os estudantes Ubiratan Cortez Costa (foto), Ariosvaldo da Silva Diniz e Francisco Alves Dantas (cacheado) amargaram durante 12 longos meses, jogados e condenados pelo 2º Exército em Recife, por ousarem lutar pela Liberdade. Estamos orgulhosos pelo ideal e missão cumprida e orgulhosos de elevar a chama da luz e evitar a escuridão.
Era uma vez... Nos anos 60, uma geração que amava os Beatles e os Rolling Stones, mas gostava igualmente da Bossa Nova e da música popular brasileira de protesto; que se encantava com a ‘’estética da fome’’ do cinema novo; protestava contra o ‘’imperialismo americano’’ em suas várias facetas, sobretudo na sua intervenção na Guerra do Vietnã; participava intensa e apaixonadamente dos acontecimentos culturais e políticos da época; aprendeu com o exemplo dos fellahs (guerrilheiros argelinos) e com os camponeses e guerrilheiros cubanos que a violência tinha um efeito transformador e libertador: e que era eficiente.
Essa geração como observou Hannah Arendt, tinha em termos psicológicos uma espantosa coragem e vontade de agir e de uma confiança não menos espantosa nas possibilidades de uma mudança. E, por isso desempenhou papéis ricos e contraditórios: heróis trágicos do destino, românticos em busca do absoluto moral, cruzados da justiça e da liberdade. Essa geração – igual a Prometeu em sua rebeldia contra os deuses – ousou tornar tomar os céus de assalto. Seu nome em Catolé do Rocha? – Geração Capim-Açu. 
* - Partido Comunista Brasileiro. 
Por: Ubiratan Cortez Costa - Catolé  do Rocha - PB
Dom Vital 
Tu és a chama que ilumina e fecunda
As mortes dos jovens catoleenses
Abraças a todos que a ti chegam
Num esforço inaudito aclamas a cultura
O conhecimento em tuas salas é rotina
Nos tempos negros da supressão das idéias
Fostes trincheira da resistência estudantil popular
O exemplo maior em toda Nação o nosso grito
Contra a obscuridade, a união do Povo se fez
Na luta desigual contra os generais do mal
Que buscavam, junto com o império do norte
Colocar grilhões nos povos Latinos
Ásia e oriente unidos na época
Em que falar lutar e pensar significavam libertação
Jogamos por terra o ideal opressor
Hoje somos livres, pensamos, criamos e amamos
Porque no Colégio que ensina para a vida
Aprendemos a Lição da Liberdade.

domingo, 1 de julho de 2012

A "guerrilha" de Catolé do Rocha (1).


69 em Catolé do Rocha/PB - histórias que cruzam. Primeira parte: Contextualizações necessárias

Imagem 01 – detalhe Capa do Livro BRASIL NUNCA MAIS



No Brasil, e também em grande parte do mundo, os ânimos políticos andavam alterados em 1969. No Brasil, a ditadura que já era por demasiado dura, nesse ano escancarou de vez suas portas para repressão, violência, terrorismo de estado.


Implantada em 1964 através de golpe contra o governo democraticamente eleito, a ditadura militar logo colocou em prática seus objetivos e táticas: derrubaram o presidente da república e seu governo, assim como alguns governadores de estado, cassaram direitos políticos, perseguiram lideranças e entidades dos movimentos sociais, reprimiram com violência manifestações populares, prenderam, torturaram e mataram opositores. Com essas práticas tentavam desarticular os setores progressistas.

É bom lembrar que a ditadura militar brasileira não foi fato isolado. Na mesma época vários regimes ditatoriais se impuseram na América Latina. O mundo estava então dividido entre os blocos capitalista (Estados Unidos) e o comunista (União Soviética). Qualquer movimento que ameaçasse o domínio dos Estados Unidos sobre o continente americano era logo reprimido, daí eles terem apoiado e financiado diretamente várias ditaduras no continente, como forma de evitar o crescimento dos movimentos de esquerda.
Quanto ao nosso país,

A ditadura militar brasileira atravessou pelo menos três fases distintas. A primeira estendeu-se do golpe de Estado, em abril de 1964, à consolidação do novo regime. A segunda começou em dezembro de 1968, com a decretação do Ato Institucional no 5 (AI-5), e desdobrou-se nos chamados anos de chumbo, quando a repressão atingiu seu mais alto grau. A terceira e última fase abriu-se com a posse do general Ernesto Geisel, em 1974, que iniciou uma lenta abertura política, mantida durante o governo Figueiredo até o fim do período de exceção, em 1985. (Luta, substantivo feminino, pág. 22)



Por essas épocas em Catolé do Rocha, pequena cidade no sertão paraibano próxima da fronteira com o Rio Grande do Norte, o contexto local não era menos autoritário que o contexto nacional. Catolé do Rocha também vivia seus anos de chumbo.

Na década de 60 Catolé possuia inúmeros problemas sociais e econômicos. 
     Já carregava desde muito tempo a fama de ser uma cidade violenta.
Essa realidade se devia a própria cultura e história da cidade que sempre foi lugar de coronéis e das oligarquias.  
Por décadas a governança municipal tinha sido disputada e alternada entre famílias rivais.
Como resultado, nos anos 60 na época da ditadura, o município estava abandonado, com escuridão e lamaçais tomando conta da periferia (segundo o que nos informa o historiador Luiz Ferreira de Aquino, através do jornal A Tribuna, Natal/RN, de 1991).
Apesar disso, Catolé tinha certa relevância em relação a outras cidades vizinhas. Sua população possuía, entre outros pontos positivos, boa escolaridade. Essa realidade acabou influenciando diretamente nos processos de que trataremos na segunda parte deste texto.
De toda forma, a cidade era marcada por um nível de politização muito baixo, com uma oposição tímida ou mesmo quase inexistente.
 Era, acima de tudo, uma cidade conservadora como tantas outras.
O maior líder político nos anos de chumbo da década de 60, era José Sergio Maia. Podemos dizer que a população de Catolé era submissa e obediente a orientação desse chefe político. Hoje o nome do seu pai batiza o Distrito de Coronel Maia, lugar que hospeda parte de uma das nossas histórias, como poderemos ver mais a frente.
Na época da ditadura militar a família Maia administrou a Paraíba através do governador João Agripino Filho (entre 66 e 71). Na cidade de Catolé, nesse mesmo período, os prefeitos que passaram como representantes dos Maias foram: Arione Maia (entre 65 e 68) e Benedito Alves Fernandes (entre 69 a 72), este sendo filho do gerente de uma das fazendas de José Sergio Maia, quem mandava de fato na administração pública.


Nacionalmente, a repressão e o autoritarismo cresciam com o passar da ditadura.
Marcando definitivamente uma nova fase do governo militar, foi editado nos finais de 1968 o AI-5 (Ato Institucional n° 5). Em seguida, ao longo de 1969, outros atos e dispositivos do governo militar elevaram ainda mais o nível de brutalidade do regime. 

O AI-5 foi considerado um verdadeiro “golpe dentro do golpe”. O Congresso Nacional foi fechado, as cassações de mandatos foram retomadas, a imprensa passou a ser completamente censurada, foram suspensos os direitos individuais, inclusive o de habeas-corpus. O Conselho de Segurança Nacional teve seus poderes ampliados e a chamada Linha Dura assumiu o controle completo no interior do regime. (...)
Com o afastamento de Costa e Silva, em agosto de 1969, por motivos médicos, uma Junta Militar ocupou de forma provisória o poder, impedindo a posse do vice-presidente civil, Pedro Aleixo. De imediato, a junta editou, em setembro de 1969, uma nova Lei de Segurança Nacional, com elevação drástica do conteúdo repressivo e introduzindo a pena de morte. Na disputa sucessória então deflagrada, o general Médici foi o vencedor em uma votação direta entre generais do Alto-Comando. Médici pertencia ao grupo palaciano que havia apostado no fechamento político do Estado e sua posse abriu a fase de repressão mais extremada em todo o ciclo de 21 anos do regime militar. (Direito a Memória e a Verdade, pág. 26)


Lutando contra essa realidade, durante todos os 21 anos em que durou a ditadura, sempre a sociedade brasileira manifestou sua oposição, das mais variadas formas possíveis, através dos movimentos sociais, da cultura e até da luta armada.
Dentro desse contexto de endurecimento do regime (desde 67 e mais intensamente a partir de 68 e 69), alguns setores de esquerda

(...) optaram pela luta armada como estratégia de enfrentamento do poder dos militares. Nasceram diferentes grupos guerrilheiros, compostos por estudantes em sua grande maioria, mas incluindo também antigos militantes comunistas, militares nacionalistas, sindicalistas, intelectuais e religiosos. Essas organizações político-militares adotaram táticas de assalto a bancos, seqüestro de diplomatas estrangeiros para resgatar presos políticos, atentados a quartéis e outras modalidades de enfrentamento, o que, por sua vez, também produziu inúmeras vítimas entre agentes dos órgãos de segurança e do Estado. (Direito a Memória e a Verdade, pág. 24)


Por outro lado a repressão por parte da ditadura militar também avançou:

(...) Alguns “equipamentos” ficaram famosos como o pau-de-arara (barra onde o prisioneiro era pendurado amarrado pelas mãos e pelos pés, como uma caça), Maricota (aparelho para produzir descarga elétrica tocado a manivela), o submarino (tanque com água geralmente suja de escrementos onde submergiam a cabeça dos presos) e cadeira do dragão (um tipo de cadeira elétrica, com assento, apoio de braços e espaldar de metal onde a pessoa era amarrada com as pernas afastadas para trás por uma travessa de madeira, o que fazia com que a cada espasmo causado pelo choque, os membros inferiores batessem violentamente contra a travessa) Outras técnicas aplicadas na época foram: espancar com palmatórias ou barras de ferro em várias partes do corpo; deixar o prisioneiro durante horas, ou mesmo dias, em pé, encapuzado e, geralmente nu, sobre uma superfície irregular que lancinava os pés; extrair as unhas; asfixiar com sacos plásticos; obrigar o torturado a comer fezes e a beber urina; queimar com cigarro ou com ácido; impedir a pessoa de evacuar ou urinar; interromper o sono com luzes fortes e músicas estridentes; deixar o preso em lugares insalubres com lixo e insetos e sem local para depositar as necessidades físicas; obrigar a assistir as torturas e violações sexuais de outros companheiros e/ou familiares; violar homens e mulheres; quebrar ou machucar membros já feridos; simular fuzilamento e atropelamento; ameaçar familiares e amigos. (Historias de meninas e meninos marcados pela ditadura, pág. 27)


Nesse contexto tiveram espaço nossas histórias. Nesse contexto temos marcos das duas narrativas que seguem: 22/10/69 e 10/10/69.