Na PB, grávidas migram para ter filhos em João Pessoa e Campina Grande
53% dos partos em maternidades da capital são de moradoras do interior.
Muitos municípios da PB não têm maternidades nem estrutura para partos.
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partos em João Pessoa (Foto: Kleide Teixeira/G1)
Mais de 53% dos 700 partos mensais realizados pela Maternidade do Cândida Vargas ficam por conta dos encaminhamentos feitos por outros municípios paraibanos à capital. E na prática essa demanda acarreta o aumento de cesarianas, segundo Juarez Alves. O considerado ideal por ele é que sejam realizadas apenas 35% de cirurgias cesarianas, principalmente, as que representam riscos à vida da gestante e do bebê.
número de cesarianas", garante o diretor do ICV
(Foto: Kleide Teixeira/G1)
A alternativa para reduzir a quantidade de cirurgias cesarianas seria a implantação de uma rede com hospitais. “Deveria ter uma rede obstetrícia em cada cidade polo no estado. Para se ter ideia, em apenas um dia, de Itabaiana nós recebemos dez grávidas e oito tiveram que fazer cesariana”, afirmou.
Por mês, a unidade realiza 1.100 atendimentos, 6 mil atendimentos de emergência e de 650 a 700 partos. Apenas 47% desses partos são realizados em grávidas de João Pessoa. As demais que somam os 53% são originárias das várias regiões do estado. Juarez Alves reforça que na Grande João Pessoa só as cidades de Santa Rita e Cabedelo mantém estruturas para atender grávidas e realizar partos.
(Foto: Francisco França/G1)
No Isea
Campina Grande é a principal referência para a realização de partos no interior do estado e chega a receber também pacientes do interior de estados vizinhos, como Pernambuco e Rio Grande do Norte. Em média, por dia, o Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea) realiza 480 partos e 14.400 por mês. Mais de 73% desses procedeimentos realizados são feitos em pacientes encaminhadas por outros municípios. Na principal unidade de referência da região do Agreste e Sertão paraibanos, a média de partos cesarianos chega a 39%. Para este ano, segundo a diretora geral da unidade de saúde, Marta Albuquerque, foi pactuada uma redução de até 5%.
A realização do pré-natal é a única forma de atenuar maiores problemas para a saúde das grávidas que podem repercutir no parto, conforme explicou Marta Albuquerque. Por isso, é preciso que além de pactuações, os municípios garantam a realização do atendimento das grávidas no pré-natal de forma eficiente com a realização de exames simples até os complexos.
ofereçam pré-natal de qualidade para suas grávidas
(Foto: Nelsina Vitorino/G1)
Diante da cobrança do Ministério Público da Paraíba (MPPB), devido aos números considerados preocupantes, a Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande realizou em março deste ano uma capacitação sobre pré-natal de risco habitual com os profissionais que atual na atenção básica da saúde.
Uma outra capacitação com base no pré-natal de alto risco está agendada para o mês de maio. A titular da pasta, Lúcia Derks, enfatizou que a realização de capacitações e sensibilização dos profissionais de saúde nos outros municípios será um fator determinante para reverter o quadro de mortalidade neonatal na cidade.
Fonte: G 1 - Globo Natal/RN
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