Nenhuma rua é sem
saída
(*) Rinaldo Barros
“Quando todos
pensam iguais, ninguém está pensando”.
(Walter Lippman)
Quero
começar com um pouco da sabedoria de uma civilização muito antiga que já
experimentou dificuldades de toda ordem.
E todos
sabem que “o chicote da necessidade faz as idéias galoparem”.
Quero lhes falar sobre uma metáfora da civilização judaica, a qual nos ajuda a
compreender algo muito valioso.
Certa vez, um rabino observou de longe um trapezista que se equilibrava numa
corda bamba.
Quando
este encerrou suas atividades, foi interpelado pelo rabino: “Qual é o
segredo para conseguir equilibrar-se?”
O equilibrista perguntou: “Para onde é que você acha que se deve olhar para
encontrar equilíbrio?”
O rabino respondeu: “Com certeza não é nem para o chão nem para a corda”.
“Correto” completou o equilibrista, “devemos olhar sempre para os
marcos no final da corda”.
Ou seja, o ato de pensar não pode estar comprometido com o imediatismo do
próximo passo. Assegurar-se de que o próximo passo será correto ou errado é
similar a olhar para a corda. Compromete-se assim a caminhada maior que deve
estar sempre vinculada à meta estratégica, ao poste no final da corda.
Qualquer iniciante sabe que
são os momentos de virada, quando permanecemos sem o referencial diante de nós,
que representam os momentos-chave para a manutenção do equilíbrio e para que, a
contento, possamos levar ao final o processo de escolha.
Atravessar a corda bamba do
pensamento, sem cair por conta do próprio desequilíbrio, diz respeito ao
questionamento dos interesses menores e imediatos, ao próximo passo na corda,
por conta do objetivo maior de concluir com sucesso a travessia no trapézio do
pensar.
Até
porque, como diria o filósofo Pablo Capistrano, “o Estado, não é um animal
doméstico. É uma fera selvagem, que tritura e devora, na mesma vala comum de
miséria moral, aqueles que ousam aproximar-se de suas garras”.
Por outro
lado, ainda bem que toda crise é uma benção, porque nos indica que temos que
abandonar o cadáver de nossas desilusões e trocá-lo pela inquietante lufada de
ar do imponderável.
A propósito, diga-se de
passagem, qualquer cidadão (principalmente governantes e gestores) deve sempre
saber justificar suas escolhas.
Compartilho, objetivamente,
a perspectiva que antevejo para o futuro do Rio Grande do Norte, a partir das
condições dadas nos dias atuais; com as ações que nascerão do planejamento conjunto
das ações do governo estadual e do setor produtivo, previstas no Programa MAIS
RN.
Prestem atenção a essa
movimentação!
Estou convicto de que - na
terra de Poti - são possíveis transformações dos serviços necessários
(públicos/privados) para melhoria da qualidade da vida humana e para a garantia
do aperfeiçoamento genético da vida animal e vegetal; serão construídas
condições favoráveis à biodiversidade natural / suprimento e potabilidade da
água; com a parceria das universidades, serão asseguradas evoluções
tecnológicas no transporte, na logística, na saúde pública, na educação
(sintonizada com o mundo do trabalho); tudo com a utilização de fontes de
energia limpa - já disponíveis.
Ouso afirmar que, em que
pese as inúmeras dificuldades do presente, esses condicionantes tornarão, no
médio prazo, o Rio Grande do Norte parte integrante do mundo desenvolvido. Ouso
igualmente recomendar a atual governadora para agir como se fora uma eterna
aprendiz, com humildade, sabedoria e paciência: pensar grande para, no longo
prazo, inscrever o seu nome na história, como Estadista.
Sem medo de ser feliz,
porque feio mesmo é não lutar pelo sonho coletivo, pelo que se acredita ser o
mais justo e o mais correto. E, sem dúvida nenhuma, o sonho não apenas não
acabou, como está cada vez mais perto de se tornar vida.
Resumo da
Ópera: como diz Gabriel, o Pensador: “nenhuma rua é sem saída quando se sabe
olhar para trás”.
A hora é
agora.
Rinaldo Barros é
professor – rb@opiniaopolitica.com
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