segunda-feira, 25 de julho de 2011

Sr.Laércio, o homem do afrodisíaco.

Imagem 179
Você está vendo esse homem com mão levantada? È sr. Laércio Severiano da Silva, 78, que fabrica e vende uma garrafada afrodisíaca na Feira Orgânica do campus da UFRN, aos sábados, entre 6 e 10 horas. O vasilhame é baratinho, mas levanta tudo, digo , aumenta a tesão dos homens que estão meio borôcochôs, etc. As mulheres são freguesas. Os homens também. E como tem... Há homens que mandam outras pessoas comprar no seu lugar para não serem vistos. Estória de ouvir dizer. O mais antigo portador chama-se Anchieta e mora em Candelária. Ele não perde um sábado mpara comprar os "remédios" caseiros. São verdadeiros guindastes naturais.. E estão lá para comprar o produto. Vá ver. È fácil chegar lá: a praça do campus da UFRN fica entre os bairros Potilândia e Mirassol, em Natal, ao lado da marginal da BR 101-Sul. A feira está na frente, na altura do túnel, do lado direito de quem vai para Cidade Alta-Centro.
Há outros remédios para gripes, inflamações, hemorróidas, micoses, chulés em geral, doenças de homens e mulheres. Tem xaropada forte e boa para dores menstruais, aquelas cólicas que infernizam a vida das mulheres.

Bido, professor que ressuscitou o lesô.



João Vital, professor de matemática,
Horticultor e ressuscitador do “Lesô”.
Luiz Gonzaga Cortez.

Na Escola Municipal Pedro Augusto de Almeida, conhecida como Escola Normal, em Bananeiras/Paraíba, o professor de matemática João Vital, é exemplo de mestre polivalente que merece ser imitado pelas escolas públicas do Brasil. Por quê? Sózinho, o professor Bido, como é popularmente conhecido, ministra aulas de matemática para centenas de alunos, diuturnamente, e cuida de uma horta de legumes e verduras nos espaços vazios da “Escola Normal”, fornecendo componentes da alimentação escolar e se “entretendo  com a natureza”.
A horta, de baixo custo, tem mais de 80 m² com pés de cenoura, alface,  cheiro verde, hortelã, pimentão, tomate cereja, pepino, jerimum, acelga, brócolis, espinafre , jiló, batata doce, soja (pés experimentais) e banana. O professor João Vital não usa agrotóxicos e nunca teve orientação agronômica. “Eu faço tudo sozinho porque ninguém se interessou em aproveitar os espaços da escola. Eu roço, planto, agou as plantas, arranco o mato e reaproveito tudo para adubar a terra. Deu uma praga em alguns pés de acelgas e eu não sei como tratar a doença. Por isso, já procurei a escola agrícola de Bananeiras, mas o agrônomo não apareceu ainda. Espero que ele venha nos ajudar, pois foi a primeira praga que apareceu aqui”. Chova ou faça sol, nos dias úteis, fins de semana ou feriados, o professor Vital está na escola cuidando da horta ou dando aulas. Ele já tem 30 anos de magistério e não tenciona se aposentar. Homem de cultura, ele se dedica, ainda, a resgatar a dança folclórica conhecida como “Lesô”, originária do povoado “Gruta de Antonia Luzia”, a quatro do centro de Bananeiras, cidade do Vale do Brejo paraibano, a 150 quilometros de Natal/RN.
As alunas da Escola Normal de Bananeiras usam saias de pregas ( plissadas). A moda consumista não quebrou a tradição e tornam as mocinhas as estudantes mais graciosas da região. A propósito de Bananeiras, é bom lembrar que “Lesô” é considerada uma dança folclórica, pois quem chegar na festa sem a parceira, os dançarinos oferecem a companheira. Depois de dançar, tem que devolver a moça do mesmo jeito. Se não cabe recusa a uma dose de cachaça e um copo de cerveja, avalí rejeitar a dama. Se um dia, o leitor for participar de um lesô, na “Gruta”, zona rural de Bananeiras/PB, não faça o teste.
Luiz Gonzaga Cortez é jornalista e pesquisador.
O professor Bido é o do meio, camiseta branca, ao lado dos seus irmãos José e Antonio Vital. Em pé, à esquerda, está João do PT, apelido de João Jeronimo dos Santos (dono do Bananeiras Bar) e o popular Maguila, todos de Bananeiras. Maguila é o apelido de Josenildo Mariano dos Santos, cantor do "Luar da Serra" e um dos melhores cantores da última edição do "Caminhos do Frio". Os três irmãos me convidaram e fomos para a casa de João PT (não confundir com o partido de Lula), onde tomamos umas doses e subimos para outras bandas de Bananeiras.
O cantor Maguila recebe convites para cantar em festas particulares e públicas. Pode procurar por Maguila no Bananeiras Bar, no Mercado Público de Bananeiras, Centro.
Observação: foto feita na casa de João PT, em junho de 2011. Atualização de texto: 07.08.2011.

Doutor Tomaz S. Gomes de Melo: poeta e bom para o povo.

O dia em que poeta viu a mendiga
Receber uma esmola de Tomaz Salustino.

Texto de Luiz Gonzaga Cortez

25/07/11
Ele foi um dos homens mais populares de Currais Novos. Alvo, estatura ,mediana, rico, senhor de terras e simpático – ele fazia tão de ser benquisto pelo povo pobre e reclamava dos que se acanhavam de falar com ele -  o doutor Tomaz Salustino Gomes de Melo foi um dos homens que mais se destacaram na família Gomes, um clã de fazendeiros e agricultores, que migrou da Paraíba para o Rio Grande do Norte. Os Gomes de Melo, Macedo e outras famílias da Paraíba, vieram de Picuí e do Brejo. Quase todo o Seridó e Oeste potiguar foram colonizados por famílias paraibanas e pernambucanas. No século XIX e princípios do Século XX, era comum os casamentos com os parentes. Por isso, em Currais Novos, ainda hoje sobrevivem casais formados dentro de uma só família; há primos casados com primas, sobrinhas, etc. Há casos de problemas de saúde por causa desses casamentos, mas não há nenhuma pesquisa a respeito. O dr. Tomaz é oriundo da família Gomes de Melo que, por sua vez, se amalgamou com as famílias Cortez, Pegado, Dantas, Galvão e outras. Depois dele, o o Gomes mais famoso, na atualidade, é o agrônomo e servidor da SUDENE aposentado, Geraldo Gomes de Oliveira, prefeito de Currais Novos, candidato à reeleição e com amplas chances de derrotar os seus adversários forasteiros.
Casado com  uma parente, dona Tereza Bezerra de Araújo Melo, filha do Coronel Zé Bezerra da Aba da Serra (avô materno de Tomaz Salustino), um latifundiário e chefe político conservador. Integrante de uma família conservadora, católica e de agricultores, na qual a opinião e a vontade do pai predominavam, Tomaz Salustino (1880-1963) na juventude, revelou seus pendores intelectuais na pequena comunidade de Currais Novos, onde a principal atividade econômica era a pecuária e a agricultura de subsistência.  Manoel Salustino Gomes de Melo Macedo, casado com Ananília Regina de Araújo Gomes de Melo, filha de Tomaz Araújo Pereira e de Rita Regina de Albuquerque Araújo Pereira, era dono de extensas terras, entre os municípios de Currais Novos e Lages, na região Central. “Era terra demais”, afirma José Saldanha de Menezes Sobrinho, poeta popular, natural de Santana do Matos, 83, amigo e ex-inquilino de Tomaz Salustino Gomes de Melo. Esse latifúndio foi repartido, vendido, tripartido ao longo dos anos. Hoje ainda restam terras, riachos, grutas e grotas, buracos e socavões, que, em virtude da decadência da indústria extrativa mineral, os herdeiros e sucessores pretendem transformar em pontos turísticos de Currais Novos. Torcemos para que as operadores de Natal, do Sul e do Sudeste se interessem pelos cascalhos, xiques-xiques, sodoros e macambiras.
Naquela época, o pai decidia o futuro dos filhos (as). Se o pai quisesse que o filho fosse agricultor, ele deixaria de estudar para trabalhar na roça. As filhas eram destinadas para serem esposas. Se formar? Nem pensar. Isso quase que acontecia com o jovem Tomaz. No entanto, foi formada uma comissão de três tios (José Gomes de Melo Jr, Benedito Gomes e outro não identificado) para conversar com o pai dele, Manuel Salustino Gomes de Melo Macedo, sobre o seu futuro. A conversa, depois das tratativas iniciais, foi mais ou menos assim: “Manoel, viemos aqui para pedir que você mande seu filho Tomaz se formar. A família não tem nenhum doutor e esse rapaz é muito inteligente, de muito futuro, e aqui não tem futuro pra ele. Mande esse menino pra Recife ser advogado, juiz de direito, porque aqui nunca saiu um juiz”. O porta-voz foi José Gomes de Melo, o “padrinho Zezinho”. O pai concordou com os conselhos dos irmãos e mandou Tomaz Salustino estudar na Faculdade de Direito de Recife, em 1906, quando já estava casado, com 26 anos de idade e 2 filhos. Segundo Cleando Cortez Gomes, residente em Fortaleza-Ce, filho de Manoel Genésio Cortez Gomes, primo de Tomaz, os mais velhos da família Cortez Gomes de Melo, de Currais Novos, conhecem essa história.
Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais aos 30 anos de idade. Graças a Benedito Gomes de Melo, casado com Teodora F. de Araújo, filha de Cananéa e neta do governador Tomaz de Araújo Pereira, o terceiro desse nome, Manoel Salustino Gomes de Melo Macedo formou um doutor na família Gomes. Quem era Benedito? Benedito era um dos treze tios de Tomaz, isto é, um dos treze filhos de Úrsula de Macedo Gomes de Melo e José Gomes de Melo. Esse casal teve os seguintes filhos: Manuel Salustino (Salustino é derivado de Salústio, um político e historiador de Roma antiga), Benedito; José Gomes de Melo, casado com Maria Camila Cortez Gomes de Melo e com Ana Gomes Cortez (Segunda núpcias); André Gomes de Melo, casado com Rita Dantas Gomes de Melo; Guilhermina Regina de Araújo, casada com Francisco Vicente Dias de Araújo; Josefa Gomes de Oliveira, casada com Manoel Antonio Eloi de Oliveira (sem filhos); Maria Regina de Araújo, casada com Francisco Umbelino de Araújo; Úrsula Augusta de Araújo Dantas Cortez, casada com Manoel Pegado Dantas Cortez; Francisco Umbelino Gomes, casado com Felismina Maria de Macedo Gomes; Francisca Gomes Xavier Dantas, casada com Antonio Xavier Dantas; Miguel Salustiano Gomes de Melo, casado com Teresa Amélia de Jesus Gomes de Melo e Rita Clementina de Macedo Gomes de Melo, casada com Manoel Gomes de Melo. Aqui um parêntese: esse casal teve os filhos José, Veneranda, Antonio, Sofia, Mizael, Manoel, Julia, Ernestina, Francisco e Otília de Macedo Gomes de Melo. Veneranda era a mãe do poeta e escritor José Bezerra Gomes. Mizael, falecido em 1996, era o pai de Cleodon e Adailton, sócios da Livraria Potylivros, ex-Cortez&Moraes, fundada pelo irmão, José Xavier Cortez, ex-marinheiro e hoje empresário bem sucedido, e o meu (e deles) primo legítimo Braz. Ontem, 25.09.05, José Cortez contou pedaços de sua vida no Programa Memória Viva, da TV-Universitária, de Natal.
 O poeta José Saldanha disse que o dr. Tomaz era um homem culto e gostava de fazer poesias. “Eu morava em Cerro Corá, numa casa que foi de José Fidelis, pai de Pedro Fidelis, mas que o doutor Tomaz comprou e me alugou. Muitas vezes, ele ia cobrar os aluguéis em Cerro Corá e Lagoa Nova e, nessas ocasiões, ele mostrava as suas quadrinhas, trovas, que ele compunha. E me dizia: “olhe, eu tenho muitas quadrinhas em casa. Passe por lá pra gente ver”. Essas quadrinhas ele escrevia em cadernos, que devem estar em Currais Novos, pois nunca publicaram”.
Tomaz Salustino Gomes de Melo, aos 82 anos e meses, certa vez, viajou a Cerro Corá com Josué Pereira, um político e gerente de seus negócios, como motorista. “Eu morava na casa dele, no centro de Cerro Corá, quando ele chegou no carro dirigido por Josué Pereira. Aí apareceu uma mendiga, esfarrapada, alta, branquela, pedindo uma “esmolinha pelo amor de Deus”a doutor Tomaz. Ele deu uns 5 cruzeiros e a mendiga agradeceu assim: “Deus te dê  saúde e felicidade”. O doutor Tomaz disse: “Peça saúde e felicidade pra você que está nesse estado, pobre, pedindo esmolas e não para mim, que estou lhe dando dinheiro e estou com saúde”.  No outro dia, doutor Tomaz levou uma queda da cadeira, uma espreguiçadeira que se desmanchou e fez com que ele caísse no chão, provocando fraturas. Dessa queda, o doutor Tomaz não se recuperou e faleceu dias depois. Me lembro como se fosse hoje. Parece até uma fatalidade prevista”, relembra José Saldanha
Saldanha afirma que o dr. Tomaz gostava de passear pelas calçadas e quando notava que um popular desviava o caminho para não cumprimentá-lo, por vergonha ou acanhamento, ou por estar devendo alguma quantia, ele chamava a pessoa e dizia: “Porque você não falou comigo? Não tenha medo, não, eu sou igual a você”. Aí  a pessoa falava, dava bom dia e a vida continuava. “O cabra ia pedir dinheiro emprestado e ele dizia que não era agiota, mas que podia ajudar. Se a pessoa não pagasse no prazo, ele cobrava taxas de juros do comércio; se a pessoa não pagasse, ele não emprestava mais. Se deram calotes nele, foram poucos”, afirma José Saldanha, que nunca viu, nem sabe por ouvir dizer, que Tomaz Salustino jogasse, bebesse e fumasse.
Aqui pra nós, eu, particularmente, sei quem jogava, bebia, fumava e era perdidinho por mulher. Mas isso é outra história.

Luiz Gonzaga Cortez é jornalista.








Ato público ocorrido em 1951, em Currais Novos/RN. Da esquerda p/direita, Custódio Toscano, José Varela, governador do Estado (de óculos escuros), desembargador Tomaz Salustino Gomes de Melo, padre Valfredo Gurgel e o advogado Everton Dantas Cortês, primo do dr. Tomaz, um dos descendentes do "Barão de Araruna".
Natal, 25.08.11.

O parelhense amigo de Zequinha.

Zequinha Marcolino, bancário aposentado, parelhense devoto de São Sebastião, padroeiro de Parelhas/RN, morador do bairro de Candelária, em Natal, foi quem me deu as primeiras informações sobre o escritor potiguar. Esta matéria já foi publicada em jornais de Natal. Mas considerei oportuno publicar neste blog. Qual é o gancho desta publicação? Nenhum. Ainda não conheço a capital de Goiás, mas estou bem pertinho. Estou refletindo sobre  a possibilidade de dar um pulinho em Goiania, analisando os prós e contras, do tempo que passa ligeiro, etc. Na verdade, eu nunca vi Jorge de Senna. Ouvi a sua voz uma vez. Foi um telefonema dele e convidando para um encontro em Parelhas, em janeiro passado. Eu não fui porque ele não estava mais lá. Mas isso é outra história...


Jorge de Senna: um
Escritor esquecido no RN (1)
Luiz Gonzaga Cortez.

Foi através de Zequinha Marcolino, bancário aposentado, companheiro de caminhadas, que tomei conhecimento de Jorge Rodrigues de Senna, potiguar de Parelhas, um dos nossos escritores que não estão enfocados nas antologias da literatura do Rio Grande do Norte. Pois é, o octogenário Jorge R. de Senna, um misto de contador aposentado, escritor e jornalista, autor de cinco livros de contos, crônicas e artigos, é integrante da Academia  de Letras  Goiás, Estado onde reside há mais de 50 anos, mas sempre vem à sua terra natal para participar dos festejos religiosos do Padroeiro  da cidade de Parelhas, São Sebastião.
Jorge de Senna foi descoberto e incentivado por um dos grandes escritores goianos, Brasigóis Felício, autor do prefácio do seu primeiro livro, “Depois do Expediente” (1994), através do qual, em 2009, me embeveci com os seus contos e relatos da vida cotidiana de Goiás e da política coronelista potiguar nos anos 40/50 do século passado, além dos “causos”, dos fatos tragicômicos e dramáticos. Há relatos verídicos que servirão de subsídios aos pesquisadores acadêmicos da área de ciências sociais, apesar dos seus personagens terem suas identidades referidas por pseudônimos,como os envolvidos nas tramas e crimes da baixa política potiguar da antiga UDN e PSD.
Na sua primeira incursão literária, Jorge de Senna homenageia  seus pais, esposa, Marlaine, e filhos, através de textos que asseguram “ser um arguto observador da alma humana, no que tem, o bípede pensante, de ridículo e imponente, divino e demoníaco”. E prossegue Brasigóis: “Li este livro de um fôlego só, reforçando minha convicção: a que, para se fazer literatura, há que se ter, como matéria prima primordial, boa linguagem, capacidade narrativa, (em que se equilibram, artisticamente, a opulência e a síntese)—além, é claro, do senso de humor, quando se tratar de cenas pícaras, ou anedóticas, e visão do trágico, quando o drama ensombrecer de medo e de angústia, as ações humanas. E isso este Autor potiguar tem, senão se sobra, mas, ao menos, o suficiente para prender o leitor. Que mais se pode exigir, de alguém que se dedique ao ofício de escrever? Não há, nas estórias de Jorge de Senna, as filigranas e os laboratórios herméticos, em que nadam, de braçada, certas  barulhentas e estéreis vanguardas. Seus recursos narrativos são os tradicionais, sendo suas estórias estruturadas pelo velho e bom começo, meio e fim, sem que seja, por isso, previsíveis e insossas. Bem ao contrário, seus contos têm tônus, tensão dramática e riqueza conteudística, como é exemplo a peça “O Boca de Praga”, onde se lê a pérfida ou inocente ironia que viceja nas repartições públicas transformou um Malaquias Souza Vale em Malaquias Sem Valor, só pelo fato do alcunhado, para economizar tempo ou tinta, grafar seu nome como “Malaquias S/V”....”. Há figuras denominadas Zidorão, Cabo Jacinto, Brejuí, Zé Mocó, Zitinha, Ana Medalha,Carival, Orontes, Pedro Bonzo, Abílio Pé de Cana, Aninha Sem Tripa, Cicero Suruba,  Talarico Bezerra, Leite Filho, etc., mas vou parar por aqui porque isso é outra história.
Luiz Gonzaga Cortez é jornalista e pesquisador.

Apesar de distante do RN (mora em Goiânia-GO), o parelhense é lembrado.

Morando em Goiás há mais de 50 anos, Jorge de Senna, continua sua labuta diária, firme e forte com a família goiana. Ele é um dos homens da cúpula da maçonaria goiana, adjunto de relações culturais da Grande Loja Maçônica de Goiás-GLEG.


Jorge de Senna, um escritor
Potiguar desconhecido. (2)

Luiz Gonzaga Cortez. *

Não é somente Jorge Rodrigues de Senna que é esquecido pelos autores de antologias de escritores e contistas norte-rio-grandenses. Existem inúmeros poetas omitidos das listas literárias, como são os casos de Estefânia de Azevedo Mangabeira de Barros, do século passado, nascida em Macaíba, Geraldo do Norte (WWW.opoetamatuto.com.br) e Tertuliano Pinheiro, estes de Parelhas/RN.
O parelhense que brilha, depois que publicou “Depois do Expediente”, em 1994, lançou o seu segundo livros de contos e memórias, “Frutos da Insônia” (104 páginas), considerado pelos críticos goianos como uma obra com viés sociológico, “de olhos vivos no real, servindo ao ficcionista que desta feita, caminha pelo terreno da crônica confidente”. Jorge de Senna, mais uma vez,  é elogiado por Brasigóis Felício, no prefácio de “Frutos da Insônia”, onde ele escreve: “Não hesito em dizer que os leitores não gastarão em vão o tempo que dedicarem à leitura desses FRUTOS DA INSÔNIA. São frutos da terra, colhidos pela sabedoria humana, espírito de observação, e no senso de humor deste potiguar que escolheu Goiás para viver, trabalhar, e criar sua família. Radicado no rico torrão goiano (e atualmente devastado pela “sujeira pura” da monocultura agrotóxica intensiva), Jorge de Senna não perde o contato com suas raízes”. Brasigóis considera que Jorge de Senna cavouca as solidões do passado, mergulhando, com seu talento de cronista e historiador nos acontecimentos mais marcantes da política potiguar, com “certeiras lancetadas no carnegão da política da província, com seus coronelismos, e outros ismos impronunciáveis, em face de uma falsa modernidade”.
Realmente, segundo informações colhidas, Jorge de Senna não perde suas ligações com o Rio Grande do Norte, visitando Parelhas, onde nasceu no povoado Juazeiro, em 27 de abril de 1922, e Natal. Aqui, ele não perde uma oportunidade de “baixar” no antigo “Grande Ponto”, na rua Princesa Isabel, para matar as saudades, pois, ali pertinho, morou na casa de nº 227 da rua General Osório, onde existiu uma “república” de estudantes nos anos quarenta. No pensionato, conviveu com Alonso Bezerra de Albuquerque e José Orontes Pires Galvão (falecidos), além de Lauro Pires Galvão, Neto Queiroz, Noé Assunção, Bianor Trigueiro Costa, dr. Chiquinho Vasconcelos Galvão, Fernando Umbelino, de Santa Cruz, irmão de Pindoba e João Umbelino.
  “Ainda não havia a Rádio Difusora de Natal. Ou seria a Rádio Educativa? Confesso a minha dúvida. O serviço de auto-falantes de Luiz Romão estava no auge. Foi nessa época que o cantor Silvio Caldas fez uma “Noite de Seresta” naquela casa de espetáculos. Quem duvidar,  procure os anúncios em “A República” dos primeiros meses de 1940 e verá que a cachola deste macróbio ainda funciona. Lembro-me  de que antes de Sílvio entrar no palco, um locutor de fora, chamado Bulhões, fez longa leitura, apresentando “o artista de voz cristalina como água que jorra de uma ânfora”, para deleite da imensa platéia que lotava aquela então requintada casa, freqüentada pela nata social da época. O leitor já deve estar perguntando:
---E por que o velhote não diz o que o teria levado a achar que já era homem, naquele tempo? Não se aperreie ,não,meu bichim, eu lhe digo: foi naquela noite gloriosa que eu me sentei, pela primeira vez, com uma namorada, para assistir a uma diversão, como faziam os outros rapazes mais velhos e melhormente situados na vida. Além de ter sido a primeira vez que abracei uma namorada, outro acontecimento, ruim a danar, ficou-me gravado na memória: dirigi-me ao Rex, naquela noite, ignorando o preço de casa entrada. Lá chegando, na bilheteria,  fui informado de que custava a bagatela de cinco mil reis, cada uma. Comprei as duas por dez, é claro, todo o meu capital e assisti Silvio Caldas, com o braço sobre os ombros dela e uma dor, não sei onde, causada pela certeza de que voltaria a pés, para a Ribeira, vez que não sobrara um único tostão. Terminada a apresentação, aleguei dor de cabeça, enxaqueca, despedi-me às pressas, no ponto do bonde e parti rumo à Praça Augusto Severo para onde tínhamos mudado, meses antes. Enxuguei o suor e dormi feliz. Ali, ocupava, com Lalu Galvão, um quartos dos fundos, no terceiro andar, quarto este situado ao lado de outro,  um pouco mais confortável, onde residia o já então maduro solteirão Luiz Maria Alves”.
Liso, Jorge de Sena, na semana de carnaval de 1941, viajou para Recife, onde embarcou no navio “Itaquatiá” para o Rio de Janeiro, iniciando a sua saga em busca de trabalho e melhores dias. E diga aí, caro leitor, com quem Senna viajou para Recife? Luiz Maria Alves, por derradeiro.
“Frutos da Insônia” tem muitas crônicas com os “causos” vividos pelo escritor parelhense, a vida social e política de Natal, Parelhas e Goiânia-GO. O livro foi editado pela Editora AB, rua 15, nº 252, Qd. 34, Lt. 34, Setor Central, Goiânia-GO . Tel. (062) 225.2010 e fax 229.4109.
Luiz Gonzaga Cortez é jornalista e pesquisador.

domingo, 24 de julho de 2011

Um escritor de Parelhas

Jorge de Senna, um escritor
potiguar desconhecido (III)

Texto e pesquisa de Luiz Gonzaga Cortez.


Jorge Rodrigues de Senna, o ilustre escritor e bom contador de histórias e “causos”, além de ficcionista e memorialista, não pára de escrever e prepara um novo livro para os próximos 12 meses, a ser lançado em Goiânia/GO ou em Parelhas e Natal. Não revela o título.  Antes do lançamento, virá ao Rio Grande do Norte para receber uma homenagem da Câmara Municipal de Parelhas. Após muitos anos sem contactos com os políticos potiguares, ele retornará para ser homenageado pelos vereadores de sua terra natal. E por lembrar dos políticos, um dia Sr. Jorge poderá ser motivo de estudos de pesquisadores que se interessarem pelo coronelismo do RN. È um assunto pouco estudado pelos nossos intelectuais, talvez porque seja considerado tema espinhoso, difícil e perigoso. E vou dar uma sugestão para o “gancho” , isto é, que os pesquisadores sociais leiam o  primeiro livro dele, “Depois do Expediente”, publicado em 1994. O nossos “coronéis” não eram somente patriarcas, empreendedores e desbravadores dos sertões, mas, também, patrocinavam muitas patifarias, arruaças, crimes eleitorais e contra a vida. E nos períodos eleitorais, vixe Maria, acontecia de tudo, meu irmão.
Para você, caro leitor, ter uma idéia do que acontecia nas campanhas dos anos 40/50/60, no território potiguar,  os majores e coronéis da baixa política mandavam e desmandavam na administração e na polícia. Vou transcrever um trecho sobre um fato ocorrido naqueles tempos, sem data e localidade, porque Jorge de Senna trata as pessoas por codinomes ou nomes parecidos com as verdadeiras identidades. Entendeu? Então, vamos lá. Na página  96 do citado livro, inicia a crônica “Nomeação por ato de bravura” , na qual ele conta parte da história de um biriteiro e arruaceiro que foi nomeado fiscal de tributos do Estado. Um patife que enganava até a mãe, nominado por “Benedito Guindaste”, pois era uma lapa de homem.
---- “Todo mundo sabe que ele entrou pro serviço de fiscalização por via da proteção que lhe deu o deputado Talarico Bezerra. Esse era um que vivia às turras, disputando voto no tapa, com o deputado Leite Filho. Ali em Mofumbal, quem não era eleitor de um , votava no outro e era sempre incitado a odiar os adversários. Foi por isto que num dia de comício do deputado Leite Filho, Benedito Guindaste ajuntou-se com Quincas das Onças e se danaram a beber até à hora de começarem os discursos. Tinham falado só dois oradores. Ainda faltavam bem uns dez. Tinha gente da Macambira, Zangareia, Onça Rajada,Bosteiro... de tudo quanto era lugar povoado do município. Pracinha principal dura de gente. Foi nessa hora que chegaram os dois, mal conseguindo equilibrar-se nas pernas. Num carrinho de mão conduziam a jaula com o casal de felinos. Foi Quinca que tinha pegado as duas em armadilha na Serrado Ermo, pra vendê-las ao Circo Temperani, como sempre fazia.Mas a necessidade de fazer mal aos outros, os adversários políticos, era maior do que a necessidade de ganhar dinheiro. Abriram a jaula e gritaram ambos: “Olha as gatas, negrada!....
Não ficou viv’alma na pracinha do coreto. Só se via gente correndo pra todo lado. Os feídeos esturrando, desesperados. Gente trombando  com gente. Onças passando no meio das pernas, tontas com a gritaria. Gente caindo e outros passando por cima. Foi um destempero dos diabos. Mas no fim, só escoriações leves. Ninguém machucado grave. Prejuízo mesmo, só levou o Hermano Espanhol. No outro dia, amanheceu só a ossada de um dos bezerros dele. Nunca mais Quinca viu suas onças. Nem ele nem ninguém. Mesmo assim permaneceu o apelido. Contavam que o deputado Bezerra precisou trocar a calça e a roupa de baixo, de tanto rir, quando lhe contaram o caso. Aí reuniu-se o Diretório Municipal do Partido. Foi lavrada a Ata, ingirgindo o aproveitamento  dos dois no serviço público e assim foi feito. Governo era pra isto, pra prestigiar quem, por qualquer meio, avacalhasse a Oposição. A façanha foi considerada ato de bravura”.  Quincas e Benedito Guindaste foram nomeados e ficaram hospedados no Hotel do Deputado Talarico, onde os garçons receberam ordens de servir cervejas aos dois, à vontade, durante uma semana, enquanto aguardavam o Diário Oficial do Estado com as nomeações.
Acredito que o episódio ocorreu antes da famigerada Chacina de Cachoeira do Sapo, onde várias pessoas foram assassinadas por questões eleitorais, a mando de um deputado estadual que nunca cumpriu a pena integralmente porque foi defendido por um bom advogado criminalista já falecido, ligado ao grupo político que “administrava” o Estado do Rio Grande do Norte.

Luiz Gonzaga Cortez é jornalista e pesquisador.

sábado, 23 de julho de 2011

Lesô: nova apresentação no dia 27, às 18 horas.

A dança antiga conhecida como Lesô será apresentada no dia 27, a partir das 18 horas, no povoado Gruta de Antonia Luzia, a 4 quilometros de Bananeiras. Haverá apresentações do lesô, uma festa folclórica que parece como um conjunto de danças de roda e lapinha. Há quem acredite que o lesô é derivada do coco zambê, muito praticada em de Goianinha, no Rio Grande do Norte. Por sinal, a família Grilo, de Bananeiras, rtem laços com Goianinha, inclusive com a família de Ormuz Simonetti. Um detalhe para o pesquisador: até o ano passado, não existia nenhuma referência bibliográfrica nem na Internet sobre o lesô. O doutor em música Eugênio Lima pretende conhecer o lesô.
 O professor João Vital e o seu irmão José, vereador, são os pioneiros incentivadores do lesô, na minha opinião, com o apoio cultural da prefeita Marta Ramalho.
O riacho da Gruta de Antonia Luzia, próximo do local onde haverá o lesô. Ao fundo, os irmãos Vital, o professor Bidu e Bandeirinha.
O local poderia ser tornar um bom ponto turístico, um balneário, por exemplo, mas o acesso viário é em estrada de barro que fica escorregadia em época de chuvas. Aliás, escorrega mais do que sabão. Mas ninguém fica atolado. A gruta é na Chã do Lindolfo.

A Chã é outro povoado da zona rural de Bananeiras/PB. A casa pertence a família Grilo, herdeira de Clave Grilo. Os seus descendentes moram em João Pessoa e Campina Grande. Os irmãos José, Antonio e Macelo B. Grilo são seus netos. Marcelo é professor do curso de engenharia mecânica em na UFCG.
Para as festas dos Caminhos do Frio vários potiguares estarão em Bananeiras.
Atenção Josemar, do Restaurante Central, aumente o estoque de cervejas e cachaças.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Os caminhos do frio terminam no dia 31.

A programação gastronômica-baco-etílica-cultural-social e festiva dos "Caminhos do Frio" vai prosseguir até o fim do mês de julho. Seria bom que as autoridades continuassem divulgando o roteiro em que mostra as belezas da cidade de Bananeiras, a princesa do Brejo Paraibano. Vejam essa paisagem exibida na foto que tiramos do interior do mosteiro do Carmelo, em 2010, quando ainda estava em obras. Há muitos panoramas em Bananeiras.
O restaurante Central, no centro da cidade, vai ficar lotado de turistas. Dizem que Josemar melhorou o cardápio e reforçou a cozinha com uma profissional de alto calibre. Vempor aí um "chef" de Paris para a cozinha de Josemar? Acho que não, mas tudo é possível, não é? Vamos aguardar os finalmentes dos Caminhos do Frio.

Em que deu a reunião de João Pessoa? Gilberto quer renúncia do síndico Vinicius?

Ainda não sabemos os resultados práticos da propalada reunião do dia 19, em João Pessoa, mas o condômino Gilberto Martins  mandou um imeio para o síndico Marcus Vinicius Beltrão Mesquita, tecendo considerações sobre as prováveis ilegalidades na administração do Condomínio Àguas da Serra, em Bananeiras, no tocante, principalmente, as contratações de empresas para manter e gerir o clube, restaurante e campo de golfe, fornecimento de energia, manutenção, segurança, sem licitações ou tomada de preços. Ele mandou um imeio para os condôminos, no qual diz "assim não dá, Vinicius".
Mais detalhes, em breve, muito breve.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Comissão vai se reunir em João Pessoa.

Até que enfim!
Está marcada para o dia 19,  terça-feira, "pelas 10:00 (dez) horas do dia" no auditório da USE Administradora de Condomínio, av. Goiás, nº 705, Bairro dos Estados, em João Pessoa/PB, o inicio da primeira reunião da comissão temporária do Condomínio Àguas da Serra, Haras e Golfe, conforme imeios passados pelo seu presidente provisório Alexandre S, Andrade. O objetivo da reunião é dar " prosseguimento ao determinado na última assembléia, em que fora criada  uma comissão para estudar o custo financeiro" do empreendimento criado pelo professor Alírio Trindade Leite.
A convocação foi feita ontem, 13. Os titulares da comissão convocada são Tarcísio Campos, Flávio Ramalho, André da Costa Coimbra, Gilberto Pereira Martins e Fábio Luiz de Paiva. Os suplentes são Anselmo Guedes Castilho, Douglas, Guedes de Freitas, Rogério Pereira Martins, José Esson de Moura e Luiz G. Cortez G. de Melo. O presidente da comissão não tem os imeios de Anselmo e Rogério. Quem puder avisá-los, que o faça.
O fone do presidente  é (83) 9961.4144. Da USE é (83) 3044.7100.
Está prevista uma reunião informal na churrascaria do condomínio neste próximo final de semana com o professor doutor Petta, Gilberto Martins e demais interessados no debate sobre os custos do campo e clube de golfe, entre outros assuntos. Cada participante deverá levar sua bebida e comida para uma conversa descontraída. Tudo dependerá de quorum.
Foto da reunião de março de 2011.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Nada de novo no “Àguas da Serra”.

Até hoje, não há nenhuma novidade sobre as divergências ocorridas entre parte dos condôminos “Àguas da Serra”, em Bananeiras/PB, a respeito da  sua administração e gerência, principalmente no tocante ao campo e o clube de golfe, um esporte de elite no Brasil e nos Estados Unidos e Europa. Nada chegou ao conhecimento dos interessados na solução do problema (aumento da taxa de manutenção de 85 para 180 reais mensais para custear parte dos custos. Nove voluntários se inscreveram para compor uma comissão que analisaria a situação do condomínio e, no prazo de noventa dias, apresentaria um relatório. A decisão foi a 4 de junho, há mais de 40 dias, portanto. O gerente é Marcos Vinicius e tem boa vontade e competência para trabalhar,mas há divergências quanto ao macro da administração.
S7302766
Ninguém quer briga.Quer diálogo na paz, na transparência e democracia.
“Praquê” brigar?  Ninguém pensa nisso. A foto desta matéria é do dia da mudança de síndico do condomínio. Marcelo Ribeiro passa o comando para Vinicius num clima ótimo. E tem que continuar assim. O condomínio está crescendo ( eu estive lá ontem, domingo, 10), ficando mais bonito e mais habitado (mais de 50 moradias foram construídas). A doação de meio litro de cachaça para os condôminos (cortesia) acabou. A cachaça voltará em setembro. Até lá, só umas lapadinhas no alambique. De leve.
Aliás, voltando ao título da matéria, houve uma novidade: na portaria tinha um porteiro novato que estava substituindo o colega de férias. Eu já o conhecia, mas ele pediu um documento de identidade com foto. Mostrei a identidade, ele olhou a frente e o verso do documento, ficou olhando prá mim para conferir. Aí percebí que ele “lê” devagar… Perguntei se ele já tinha visto o documento. Por quê a indagação? Porque pareceu-me que ele nunca tinha uma identidade fora dos padrões locais,isto é, da Paraíba. Agradeceu, deu bom dia e perguntou se eu queria um adesivo de condômino para colocar no pára-brisa do carro. Eu recusei porque “já tenho um no pára-brisa do carro e você não viu”. Ele olhou e viu o adesivo,  pediu desculpas e que estava trabalhando pela segurança dos condôminos. È verdade.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Um pouco sobre famílias da Paraíba que foram para o Seridó do RN.




A família Gomes de Melo:
da Paraíba para o Seridó do
Rio Grande do Norte.


Luiz Gonzaga Cortez
07/07/11

Há uma dinastia em Currais Novos? Na minha opinião, não. É comum em qualquer parte do mundo a exaltação a personalidades que venceram na política, na economia, na cultura e nas artes. E no RN não poderia ser diferente. Os vitoriosos são lembrados e exaltados, outros venerados. Os derrotados ficam anônimos, esquecidos. E não pensemos que todos os esquecidos foram derrotados. Não, há muitos que dedicaram suas vidas em prol da humanidade e seus nomes estão esquecidos, desprezados. Mas isso é outra história.
O que eu quero mesmo é me referir a uma figura importante do Seridó e ímpar na história da Currais Novos. Trata-se do falecido vice-governador, desembargador, fazendeiro e minerador Tomaz Salustino Gomes de Melo, primo legítimo do meu pai, Manuel Genésio Cortez Gomes, que foi chefe integralista em 1937. Dr. Tomaz não foi integralista, mas era amigo de todos eles, inclusive, quando era vice-governador e vinha sempre a Natal, trazia queijos e carne de sol para papai, que já morava na rua Felipe Camarão. O médico João Dutra de Almeida foi chefe integralista em Florânia e casou com Venceslina Salustino Dutra, filha de Tomaz Salustino Gomes de Melo, residente em Natal, vivíssima, lúcida e alegre, conforme eu conheci na noite do dia 17 de maio de 2001, no Instituto Histórico e Geográfico. "Morei na avenida Rio Branco e fui freguesa do seu pai durante 30 anos", disse-me. Como os leitores não conhecem as raízes da família do Doutor Tomaz, como era conhecido em Currais Novos, onde residiu a vida inteira e foi o pioneiro na exploração da scheelita, me atrevo a fornecer algumas informações a respeito.
Primeiramente, é bom lembrar que Tomaz Salustino é um nome composto, talqualmente João Maria, Carlos Alberto, Maria de Fátima etc. O seridoense sabe que Salustino é um prenome comum na região, assim como Salustio, Salustia, Salustriano, Salustriana etc. A origem genealógica provém dos Gomes de Melo, de Picuí, na Paraíba, como a maioria das família de Currais Novos. Se não, vejamos: Tomaz Salustino Gomes de Melo era casado com Tereza Bezerra de Araújo Melo (Dona Tetê), filha do "Coronel" José Bezerra de Araújo Galvão e Antonia Bertina de Jesus Bezerra de Araújo.
Doutor Tomaz foi o primeiro filho de Manuel Salustino Gomes de Melo Macedo e de Ananilia Regina de Araújo Gomes de Melo Macedo, filha de Tomaz de Araújo Pereira e de Rita Regina de Albuquerque Araújo Pereira. Manoel Salustino, o avô do doutor Tomaz, era filho de José Gomes de Melo e Úrsula de Macedo Gomes de Melo. Eram irmãos do Doutor Tomaz: Aristides, Maria Rita, Lindolfo, Adélia, José, Francisco e Alcindo. Irmãos de Manuel Salustino Gomes de Melo Macedo: Benedito Gomes de Melo (Tio Dito); José Gomes de Melo (casado com Maria Camila Cortez Gomes de Melo, em primeira núpcias, casado com Ana Gomes Cortez,( Madrinha Nanú ) no segundo matrimônio; Joaquim e André Gomes de Melo; Guilhermina Regina de Araújo, Josefa Gomes de Oliveira, Maria Regina de Araújo; Úrsula Augusta de Araújo Dantas Cortez; Francisco Umbelino Gomes; Francisca Gomes Xavier Dantas, Miguel Salustino Gomes de Melo e Rita Clementino de Macedo Gomes de Melo, sobrinho de José Gomes de Melo Júnior, "Padrinho Zézinho", nosso avô paterno, homem rezador e curandeiro. Portanto, o pai do Doutor Tomaz era tio de Manuel Genésio.
São filhos de Tomaz Salustino Gomes de Melo: Antonia Irene Bezerra Barreto, Manoel Salustino Neto, Silvio Bezerra de Melo, Ananília Salustino Soares, Gizelda Salustino Porto, Venceslina Salustino Dutra, Cleonice S. Galvão, Idália S. Aranha, Edgar Bezerra Salustino e Cordélia Salustino Soares.
José Bezerra, da Aba da Serra, era o sogro e avô materno de Tomaz S. Gomes de Melo, cujos irmãos assinavam como Maria Regina de Araújo, Aristides Telésforo Gomes, Rita Alzira de Araújo, José Salustino Gomes, Francisco Leonis Gomes de Assis, Alcindo Gomes de Melo e Adélia Alina de Araújo.
Úrçula de Macedo Gomes de Melo e José Gomes de Melo (avós de Tomaz) eram os pais de Manuel Salustino Gomes de Melo Macedo. José Gomes de Melo era filho de outro José Gomes de Melo e de Ana Maria Gomes de Melo, que, segundo Sebastião Azevedo Bastos ("No Roteiro dos Azevedo e outras famílias do Nordeste",João Pessoa-Pb, 1954, páginas 484 a 486), foram os primitivos donos da fazenda São Miguel, em Currais Novos. Segundo Sebastião A. Bastos, José Gomes de Melo e Ana Maria Gomes de Melo, oriundos de Picuí, Paraíba, foram os primitivos donos da Fazenda São Miguel.
Tomaz Salustino G. de Melo , provavelmente, colocou sobrenomes em alguns dos seus filhos em homenagem à família Bezerra, como Silvio Bezerra de Melo, Manuel Salustino Neto ( este conhecido como Dr. Minéo, que se auto-exilou em Simão Dias, Sergipe) e Edgar Bezerra Salustino. Segundo José Augusto Othon, filho do dr. Niton, primo de Tomaz, os 'Salustino" seria uma "nova dinastia" surgida nos sertões do Seridó. Não se sabe porque abandonaram a raiz da família, os Gomes de Melo.
Carta
Minha mãe, Maria Natividade, recebeu uma carta de um filho de Tomaz Salustino Gomes de Melo, Dr. Manuel Salustino Neto, "doutor Minéo", residente em Simão Dias, Sergipe. A carta, datada de 19 de agosto de 1976, tem o seguinte teor: "Prezada Nati: É muito consternado que apresento a você e seus filhos o meu abraço de condolências pelo falecimento de Manoel Genésio. Embora não convivemos amiúde mas a amizade que fizemos na mocidade foi bastante sólida para perdurar até agora bastante sólida. Pelo telefonema que fiz aí, você há de ter compreendido a falta de cerimonia da minha parte e assim se procedendo só nos casos de bastante intimidade, confiança e amizade. Notei quando telefonei em Natal que Manoel Genesio não estava sabendo bem quem era Minéo e compreendí bem quando você tomou o fone para falar. Percebi bem isso. Vivi ausente como estou do Estado por muitos anos, mas sempre me lembrava dele. Quando meu pai morreu notei a falta de Manoel, desde quando sendo primo legítimo e sempre amigos não apareceu na doença nem na morte. Acredito no sucesso e vitoria dos seus filhos, pois o pai tinha formação moral muito bôa, um caráter impoluto, muito trabalhador e perseverante, além de inteligente e excelente coração. Esse exemplo em tipo de pessoa humana já é bastante para deixar para os seus descendentes. Grato pela sua carta e creia na afeição de Minéo". O dr. Minéo é falecido. Era médico generalista, especialista em "olhos, nariz, garganta e ouvidos", conforme o original da carta que enviou para Nati Cortez.

Luiz Gonzaga Cortez G. de Melo é jornalista
e sócio do Instituto Histórico e Geográfico do RN.



Manoel Genésio Cortez Gomes, primo de Tomaz Salustino Gomes de Melo, fazendeiro, juiz de direito, desembargador, minerador, poeta e vice-governador, têm laços de parentesco do Antonio Ferreira da Rocha, de Bananeiras, o Barão de Araruna. Genésio foi último chefe integralista no RN.


Esta é foi a última turma de chefes políticos integralistas no RN, em 1937. Da esquerda para a direita, em pé, Câmara Cascudo, Valdemar de Almeida, padre Valfredo Gurgel, Manoel Fernandes-Bilé, Trigueiro, Clóvis Leal de Campos e Carlos Gondim. Sentados, Everton Dantas Cortez, Manoel Genésio Cortez Gomes e Manoel Lúcio Filho.
Na Paraíba, o último e mais conhecido político foi Tarcisio Buriti.

O dia em que a mendiga
recebeu uma esmola de
Tomaz Salustino

 
Texto de Luiz Gonzaga Cortez.

 
07/07/11
Ele foi um dos homens mais populares de Currais Novos. Moreno, baixinho, rico, senhor de terras e simpático – ele fazia questão de ser benquisto pelo povo pobre e reclamava dos que se acanhavam de falar com ele - o doutor Tomaz Salustino foi um dos homens que mais se destacaram na família Gomes, um clã de fazendeiros e agricultores, que migrou da Paraíba para o Rio Grande do Norte. Quase todo o Seridó e Oeste potiguar foram colonizados por famílias paraibanas e pernambucanas. No século XIX e princípios do Século XX, eram comuns os casamentos com os parentes. Por isso, em Currais Novos, ainda hoje sobrevivem casais formados dentro de uma só família; há primos casados com primas, sobrinhas, etc. Há casos de problemas de saúde por causa desses casamentos, mas não há nenhuma pesquisa a respeito. O dr. Tomaz é oriundo da família Gomes de Melo que, por sua vez, se amalgamou com as famílias Cortez, Pegado, Dantas, Galvão e outras. Depois dele, o o Gomes mais famoso, na atualidade, é o agrônomo e servidor da SUDENE aposentado, Geraldo Gomes de Oliveira, prefeito de Currais Novos, reeleito em 2008.
Casado com uma parente, dona Tereza Bezerra de Araújo Melo, filha do Coronel Zé Bezerra da Aba da Serra (avô materno de Tomaz Salustino), um latifundiário e chefe político. Integrante de uma família conservadora, católica e de agricultores, na qual a opinião e a vontade do pai predominavam, Tomaz Salustino (1880-1963) na juventude, revelou seus pendores intelectuais na pequena comunidade de Currais Novos, onde a principal atividade econômica era a pecuária e a agricultura de subsistência. Manoel Salustino Gomes de Melo Macedo, casado com Ananília Regina de Araújo Gomes de Melo, filha de Tomaz Araújo Pereira e de Rita Regina de Albuquerque Araújo Pereira, era dono de extensas terras, entre os municípios de Currais Novos e Lages, na região Central. "Era terra demais", afirma José Saldanha de Menezes Sobrinho, poeta popular, natural de Santana do Matos, 91, amigo e ex-inquilino de Tomaz Salustino Gomes de Melo. Esse latifúndio foi repartido, vendido, tripartido ao longo dos anos. Hoje ainda restam terras, riachos, grutas e grotas, buracos e socavões, que, em virtude da decadência da indústria extrativa mineral, os herdeiros e sucessores pretendem transformar em pontos turísticos de Currais Novos. Torcemos para que as operadores de Natal, do Sul e do Sudeste se interessem pelos cascalhos, xiques-xiques, sodoros e macambiras.
Naquela época, o pai decidia o futuro dos filhos (as). Se o pai quisesse que o filho fosse agricultor, ele deixaria de estudar para trabalhar na roça. As filhas eram destinadas para serem esposas. Se formar? Nem pensar. Isso quase que acontecia com o jovem Tomaz. No entanto, foi formada uma comissão de três tios (José Gomes de Melo Jr, Benedito Gomes e outro não identificado) para conversar com o pai dele, Manuel Salustino Gomes de Melo Macedo, sobre o seu futuro. A conversa, depois das tratativas iniciais, foi mais ou menos assim: "Manoel, viemos aqui para pedir que você mande seu filho Tomaz se formar. A família não tem nenhum doutor e esse rapaz é muito inteligente, de muito futuro, e aqui não tem futuro pra ele. Mande esse menino pra Recife ser advogado, juiz de direito, porque aqui nunca saiu um juiz". O porta-voz foi José Gomes de Melo, o "padrinho Zezinho". O pai concordou com os conselhos dos irmãos e mandou Tomaz Salustino estudar na Faculdade de Direito de Recife, em 1906, quando já estava casado, com 26 anos de idade e 2 filhos. Segundo Cleando Cortez Gomes (1), residente em Fortaleza-Ce, filho de Manoel Genésio Cortez Gomes, primo de Tomaz, os mais velhos da família Cortez Gomes de Melo, de Currais Novos, conhecem essa história.(3).
Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais aos 30 anos de idade. Graças a Benedito Gomes de Melo, casado com Teodora F. de Araújo, filha de Cananéa e neta do governador Tomaz de Araújo Pereira, o terceiro desse nome, Manoel Salustino Gomes de Melo Macedo formou um doutor na família Gomes. Quem era Benedito? Benedito era um dos treze tios de Tomaz, isto é, um dos treze filhos de Úrsula de Macedo Gomes de Melo e José Gomes de Melo. Esse casal teve os seguintes filhos: Manuel Salustino (Salustino é derivado de Salústio, um político e historiador de Roma antiga), Benedito; José Gomes de Melo, casado com Maria Camila Cortez Gomes de Melo e com Ana Gomes Cortez (Segunda núpcias); André Gomes de Melo, casado com Rita Dantas Gomes de Melo; Guilhermina Regina de Araújo, casada com Francisco Vicente Dias de Araújo; Josefa Gomes de Oliveira, casada com Manoel Antonio Eloi de Oliveira (sem filhos); Maria Regina de Araújo, casada com Francisco Umbelino de Araújo; Úrsula Augusta de Araújo Dantas Cortez, casada com Manoel Pegado Dantas Cortez; Francisco Umbelino Gomes, casado com Felismina Maria de Macedo Gomes; Francisca Gomes Xavier Dantas, casada com Antonio Xavier Dantas; Miguel Salustiano Gomes de Melo, casado com Teresa Amélia de Jesus Gomes de Melo e Rita Clementina de Macedo Gomes de Melo, casada com Manoel Gomes de Melo. Aqui um parêntese: esse casal teve os filhos José, Veneranda, Antonio, Sofia, Mizael, Manoel, Julia, Ernestina, Francisco e Otília de Macedo Gomes de Melo. Veneranda era a mãe do poeta e escritor José Bezerra Gomes. Mizael, falecido em 1996, era o pai de Cleodon e Adailton, sócios da Livraria Potylivros, ex-Cortez&Moraes, fundada pelo irmão, José Xavier Cortez, ex-marinheiro e hoje empresário bem sucedido, e o meu (e deles) primo legítimo Braz. Ontem, 25.09.05, José Cortez contou pedaços de sua vida no Programa Memória Viva, da TV-Universitária, de Natal. (Este artigo foi atualizado em 07.07.2011).
O poeta José Saldanha de Menezes Sobrinho, que teve uma oficina de sapateiro durante muitos anos em Currais Novos, disse que o dr. Tomaz era um homem culto e gostava de fazer poesias. "Eu morava em Cerro Corá, numa casa que foi de José Fidelis, pai de Pedro Fidelis, mas que o doutor Tomaz comprou e me alugou. Muitas vezes, ele ia cobrar os aluguéis em Cerro Corá e Lagoa Nova e, nessas ocasiões, ele mostrava as suas quadrinhas, trovas, que ele compunha. E me dizia: "olhe, eu tenho muitas quadrinhas em casa. Passe por lá pra gente ver". Essas quadrinhas ele escrevia em cadernos, que devem estar em Currais Novos, pois nunca publicaram". (2).
Tomaz Salustino Gomes de Melo, aos 82 anos e meses, certa vez, viajou a Cerro Corá com Josué Pereira, um político e gerente de seus negócios, como motorista. "Eu morava na casa dele, no centro de Cerro Corá, quando ele chegou no carro dirigido por Josué Pereira. Aí apareceu uma mendiga, esfarrapada, alta, branquela, pedindo uma "esmolinha pelo amor de Deus"a doutor Tomaz. Ele deu uns 5 cruzeiros e a mendiga agradeceu assim: "Deus te dê saúde e felicidade". O doutor Tomaz disse: "Peça saúde e felicidade pra você que está nesse estado, pobre, pedindo esmolas e não para mim, que estou lhe dando dinheiro e estou com saúde". No outro dia, doutor Tomaz levou uma queda da cadeira, uma espreguiçadeira que se desmanchou e fez com que ele caísse no chão, provocando fraturas. Dessa queda, o doutor Tomaz não se recuperou e faleceu dias depois. Me lembro como se fosse hoje. Parece até uma fatalidade prevista", relembra José Saldanha.
Saldanha afirma que o dr. Tomaz gostava de passear pelas calçadas e quando notava que um popular desviava o caminho para não cumprimentá-lo, por vergonha ou acanhamento, ou por estar devendo alguma quantia, ele chamava a pessoa e dizia: "Porque você não falou comigo? Não tenha medo, não, eu sou igual a você". Aí a pessoa falava, dava bom dia e a vida continuava. "O cabra ia pedir dinheiro emprestado e ele dizia que não era agiota, mas que podia ajudar. Se a pessoa não pagasse no prazo, ele cobrava taxas de juros do comércio; se a pessoa não pagasse, ele não emprestava mais. Se deram calotes nele, foram poucos", afirma José Saldanha, que nunca viu, nem sabe por ouvir dizer, que Tomaz Salustino jogasse, bebesse, fumasse e fosse perdido por mulher.
Aqui pra nós, eu, particularmente, sei quem jogava, bebia, fumava e era perdidinho por mulher. Mas isso é outra história.

 
Notas – 1 – Cleando Cortez Gomez faleceu em Fortaleza em 2008.
    2 – José Saldanha foi amigo do poeta José Milanez, fundador da Associação dos Poetas Populares do RN-APPRN.
     3 – O livro de Sebastião Bastos, "Os Azevedo e outras famílias do Nordeste" (João Pessoa, 1954), apesar das críticas dos genealogistas de Natal quanto a metodologia da pesquisa cartorária, ainda é maior e melhor e fonte sobre a família Cortez Gomes de Melo e do Barão de Araruna, do qual o dr. Tomaz e seus parentes têm descendência.
Luiz Gonzaga Cortez é jornalista.

Os Gomes: pioneiros de Currais Novos/RN.









Os irmãos José Gomes de Mello e Manoel Salustino de Macedo Gomes de Melo, os tio de Tomaz Salustino Gomes de Melo, primo de Manoel Genésio Cortez Gomes, são dois dos velhos patriarcas do município de Currais Novos que vieram de regiões da Paraíba - Picuí, Cuité , Bananeiras etc) para colonizar e constituir famílias e desenvolver parte da região Seridó.
Foto do acervo de Luiz Gonzaga Cortez Gomes de Melo.






segunda-feira, 4 de julho de 2011

Bar que tem cervejas geladas.

Esta foto foi feita num bar de Solânea, vizinha de Bananeiras/PB, onde tudo é verde. Não sei o nome do seu dono, mas parece que o nome do bar é Palmeiras, onde tem um farto cardápio, cujo dono ordena e a esposa é quem providencia e atende. Localizado numa esquina de uma rua que demanda ao bar e restaurante da Fava, por sinal é a única que presta nma região, o bar só tem cerveja gelada, mas bem próximo tem um paranóico que fica fotografando na outro esquina com uma máquina muito peba. Quem entende um pouco de fotografia detecta logo que o "caba" não dá para espião ou vigia de rua sem calçamento. È só ir lá e conferir.
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domingo, 3 de julho de 2011

Turistas natalenses.


Os turistas natalenses que aparecem nesta foto feita em 2010, na mata nativa do condomínio Àguas da Serra, em Bananeiras/PB, foram atraídos para este paraíso ecológico por Rinaldo Montenegro Pegado, irmão das duas senhoras que gostaram da região e retornarão breve para rever a região e curtir o clima frio.
O condomínio passa por uma fria "crise" a competência da sua gerência e administração, tendo como fulcro o clube e o campo de golfe. Não entremos em detalhes sobre o problema que será resolvido pelos condôminos, haja vista que o criador do empreendimento, sr. Alírio Trindade Leite, norteriograndense de Parelhas, não pretende ser senhor de tudo como imperador czarista. Muito pelo contrário. Soube que ama Bananeiras e a região do Brejo, tem defeitos como qualquer ser humano, mas saberá negociar uma saída que agrade a todos. Quem já ouvir falar em condomínio residencial conviver com animosidades, divergências e intrigas. O condomínio continuará sendo uma área de convivência pacífica, ordeira e democrática. Por isso, terá que se enquadrar na legislação condominial vigente. Não é verdade?
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